capítulo 02

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Remus, Tonks, Fleur e Peter estão juntos no parque Hogsmeade nesta tarde de domingo ensolarado pouco comum na cinzenta Inglaterra, por isso decidiram aproveitar. Resolvem pedir uns picolés, até que Tonks diz:

   —Ei, Rem, Fleur e eu estávamos pensando e, como já fazem cinco anos desde que nos casamos, achamos que já está na hora de darmos o próximo passo e termos um bebê.

   —Tonks, isso é maravilhoso! —Remus a abraça, enquanto Peter abraça Fleur todo desengonçado por causa do sorvete.

   —Sim, é incrível mesmo. Mas tem mais... —Tonks parece nervosa e com medo de fazer a pergunta seguinte:

   —Você aceita ser o doador do esperma para nosso bebê?

   Remus abraça Tonks de modo muito emocionado e diz, com a voz embargada por causa do choro preso na garganta:

   —Será uma honra! Mas eu tenho uma condição...

   —N’importe quoi! —O inglês de Fleur já estava bem melhor desde que chegou da França, mas quando ficava ansiosa, como naquele momento, antigos hábitos voltavam à tona. —Pardón, digo: Qualquer coisa.

   —Minha condição é que eu seja o padrinho. —Remus ri e Tonks dá um leve tapinha em seu braço.

   —Já iríamos fazer isso, seu besta. —Tonks diz. —Obrigada por aceitar, significa muito para nós.

   —Tudo por vocês. —Remus sorri já se deixando levar pelas lágrimas escorrendo por suas bochechas.

   —Posso escolher os nomes? —Peter diz com animação.

   —Claro. Quais você tem em mente? —Fleur pergunta.

   —Se for menino: Teddy, por causa do pai da Tonks e tudo que ele lutou nos Congressos em defesa do casamento de vocês antes de falecer. E, se for menina: Victorie, porque é um nome bonito, que eu adoro e com um significado forte por trás também.

   Um silêncio respeitoso ronda o grupo depois da fala de Peter. Cada um com seus pensamentos, lutos e sentimentos, até que Tonks diz:

   —Olha, devo dizer que estou impressionada. Pensei que fosse trazer nomes como os que você dá para seus bichinhos.

   —Qual o problema com Wormtail? —Peter franze o cenho.

   —Nenhum, mas é claramente um nome de hamster, não de um bebê. —Tonks diz erguendo as sobrancelhas.

   —Ah bom. —Peter olha de canto para a mulher.

   —Mas, mudando um pouco de assunto, —Fleur vira pra Remus— como vai a nova escola? Se adaptou fácil? Consegue escolher a melhor sala? Já tem um lanche da cantina que mais gosta?

   —Foi bem fácil de conseguir me adaptar ao ambiente, o problema mesmo tá sendo de fazer os alunos conseguirem entender a matéria porque o antigo professor deles não deu aula de nada praticamente, só ficava falando dele mesmo em sala. Vocês acreditam que a última prova que ele passou foi só de perguntas sobre ele, do tipo “Qual é a minha cor favorita? Qual marca de perfume eu mais uso? ”

   —Meu deus que cara idiota. —Tonks diz enquanto estende no chão a toalha xadrez para o piquenique.

   —Pois é. E o Harry ainda me contou que a justificativa dele era de que “um artista precisa conhecer bem as pessoas para que tenha bagagem e repertório”. O que eu não nego, realmente precisa. Porém, uma coisa é conhecer as pessoas, outra é saber de coisas fúteis sobre um cara aleatório que não vai agregar nada pro trabalho das crianças. —Remus fala gesticulando e andando de um lado para o outro em uma clara demonstração de sua frustração com o antigo professor de Hogwarts. —Mas, enfim, deixa pra lá esse assunto que falar desse cara só me deixa irritado.

  —Tô vendo. —Peter dá risadinhas enquanto pega o pote com morangos e coloca na toalha. — Mas quem é Harry?

   —Ah ele é um amor. Meu aluno preferido. Vocês têm que me prometer que não vão contar isso aos outros. —Remus sorri ao lembrar de seus alunos —Ele tem uma animação e uma vontade de aprender sobre arte que eu nunca vi em nenhum outro aluno que eu já dei aula antes. Ele é irônico na medida certa. Brincalhão, mas não do jeito que ofende alguém ou que atrapalhe a aula. Muito pelo contrário, se ele vê alguém atrapalhando minha aula, ele nem espera que eu fale alguma coisa, já vai logo dando bronca na pessoa por mim.

   —Ele parece ser uma graça. —Fleur pega uma das garrafinhas com suco de abacaxi e canudinho colorido e senta em uma das almofadinhas no chão, coisa que os outros logo repetem.

   Remus pega um sanduíche de atum com maionese e diz:

   —Ele é. Só que fica falando do padrinho dele o tempo todo. Ele acha que eu não percebi ele me dando informações aleatórias sobre ele só pra me fazer despertar interesse.

   —E conseguiu? —Tonks pergunta com um punhadinho de uvas em sua mão.

   —Talvez, e se ele perguntar eu vou negar, mas talvez ele tenha conseguido sim. —Remus dá uma mordida em seu sanduíche. 

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⏰ Última atualização: Sep 27, 2022 ⏰

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