Tokyo Revengers x Leitora.

Especial Halloween, Sanzu Haruchiyo.

A fumaça de seu café embaçou seus óculos de leitura, enquanto você aproximava os lábios da xicara para bebericar o liquido.

Seus olhos desviaram do texto do livro por alguns segundos, apenas para se deparar com os olhos azuis de um rapaz, sentado ao seu lado.

Ele realmente era bonito e por um minuto você se perdeu naqueles olhos azuis hipnotizantes. Você acenou para o garoto, enquanto ele apenas balançava a cabeça.

Você virou para seu livro novamente e alguns minutos depois olhou na direção do homem, não o vendo mais ali. Bom, ele devia ter ido embora e para sua tristeza você não veria mais aqueles lindos olhos azuis.

Dando de ombros, você apenas saiu do café alguns minutos depois, recebendo um olhar confuso de um dos garçons.

Você seguiu para seu apartamento, correndo para escapar das primeiras gotas de chuva que caiam. Novamente você se encontrou com aqueles olhos azuis enquanto corria pela faixa de pedestres para alcançar o outro lado da calçada.

Aqueles olhos azuis a encararam por alguns segundos antes de você alcançar os pés na calçada e virar para trás, não encontrando aquele cabelo rosa e nem aqueles olhos azuis.

Ok, aquilo era realmente estranho.

Você pisou em seu prédio, entrando rapidamente. Quando você apertou o botão do elevador e as portas se abriram, lá estava o estranho de olhos azuis bem ali em sua frente.

Algo em sua mente a dizia para correr, mas ao invés disso você mal conseguiu se mover.

- Você não vai entrar? – O outro morador perguntou, enquanto a olhava confuso.

No segundo seguinte você entrou no elevador, vendo seu vizinho. Você balançou a cabeça e adivinha? Nada do garoto de cabelos rosas e olhos azuis.

Aquilo era realmente bizarro.

E seria muito ruim se eu te dissesse que você começou a ver aquele estranho todos os dias? Bom, sinto muito em dizer isso.

Em uma noite, você ouviu passos do lado de fora de seu apartamento e silenciosamente andou até a porta. Para sua sorte, a porta estava trancada e você não teria perigo de alguém entrar.

Bom, seria normal receber visitas, mas não de madrugada.

Quando você olhou pelo olho mágico de sua porta, se deparou com aquele estranho de cabelos rosas e olhos azuis a encarando, como se soubesse que você estava ali, olhando para ele.

Aquele rapaz estendeu as mãos diretamente para o olho mágico e você se assustou, caindo para trás no mesmo minuto. Para sua surpresa, quando você foi olhar novamente, não tinha ninguém ali.

Você sabia que não estava ficando louca, definitivamente.

As coisas, no entanto, só pioraram quando misteriosamente você acabou caindo em um site com uma notícia um pouco antiga de seu prédio.

Você correu os olhos pela foto do rapaz que estava na matéria e ele era exatamente igual ao que você viu no dia da cafeteria e em todos os outros dias. Sua curiosidade foi maior quando você leu a matéria.

- Sanzu Haruchiyo... – Você olhou a matéria no computador.

Aquele estranho era um criminoso procurado, que morreu de overdose no apartamento em que você estava, apenas poucos meses antes de você alugar o lugar. Você estranhou como o preço estava baixo para um lugar tão caro e achou que fosse sorte, mas nunca seria sorte naquelas situações.

Mas como aquele rapaz que você viu no café estava morto? Você jurava que tinha o visto em quase todos os lugares. Bom isso realmente explicava muita coisa.

Você foi interrompida por um barulho em seu quarto e se assustou ao olhar diretamente para o corredor, vendo o rapaz de cabelos rosas em pé, bem ali, a encarando.

Você não disse nada ao observar ele caminhar lentamente até você, como se estivesse gostando do terror psicológico que estava fazendo com você. Seu corpo não conseguia se mover e você rezou para que aquilo não passasse de uma alucinação infeliz, mas aquilo era bem real.

Aquilo foi bem real.

Um último sorriso com aquela boca de cicatriz e um grito foram as últimas coisas que ficariam gravadas em sua memória.

31 de outubro, S/n foi encontrada morta em seu apartamento sem sinais de agressão. Os policiais encontraram frascos de drogas ao lado de seu corpo, mas em seu apartamento não havia sinais de arrombamento. Ainda estamos procurando por respostas.