THIRD TIME | YURI ALBERTO

O PEDIDO.

YURI ALBERTO.

Acordei mais cedo naquela manhã, deixei julia dormindo na cama enrolada no edredom, mania chata que ela tinha de dormir com o ar condicionado no último mas com coberta, me vesti rápido digitando uma mensagem para Eduardo me encontrar sozinho no hall do hotel.

- Fala cara - Du disse assim que me viu.
- Fala moleque, Bianca viu você saindo? - Perguntei
- Não, tá dormindo feito uma pedra - ele disse
- Ótimo, a Julie dormindo também.
- Então vamos!
- Bora!

Pegamos um carro alugado e nos dirigimos até o centro da cidade, queria achar um shopping o mais rápido possível, tinha planos e os colocaria em prática.

- Eu realmente não sei como você conquistou ela - Du começa.
- Como assim?
- Sei lá meu, eu conheço ela a muito tempo, sempre na dela, nunca a vi com ninguém, eu até achei que ela jogava pro outro time
- Eu fui insistente - disse rindo.
- Dá pra ver
- Ela não queria no começo, eu vivia dando piadinha, e em cima real, mas ela fugia, aí eu fui até o apartamento dela e finalmente rolou - expliquei.
- Meu menino é foda, que orgulho - disse ele me dando tapinhas nas costas.

Estacionei o carro e fomos direto na loja em que precisava ir, tentamos ser o mais rápido possível porque ainda teríamos que voltar pro hotel, e torcer pra não gerar nenhuma desconfiança.

- Você realmente vai fazer isso?
- Vou.
- Então está sério o bagulho
- Mais sério do que eu achava que fosse - disse
- O chá que ela te deu, hein rapa!
- Foi forte.

Saímos rindo da loja depois de pagar, falei com Eduardo pra ele não contar nada a Bianca e inventamos uma desculpa que fomos jogar bola em algum campo sintético antes delas acordarem, pedi o café na cama e fui para o quarto quase correndo assim que chegamos.

Entrei no quarto e o barulho do chuveiro preenchia o quarto, guardei a minha compra no bolso e fui até o banheiro, me encostando na porta e vendo o corpo dela pelo box, mas ela não me percebeu ali, até sair do banho.

- Ai que susto Yuri, vai assustar sua mãe - disse

Comecei a rir e fui até ela, que se enrolava na toalha, e beijei sua boca, nunca me canária de beijar ela ou tocar seu corpo, parecia vício, eu estava muito envolvido e sentia que ela também estava nessa vibe.

- Pedi o café no quarto - falei
- Ótimo eu tô com fome - ela responde, virando de costas e me deixando ver seu pescoço.
- E esse roxo no seu pescoço? - perguntei sacana.
- Ah eu caí - ela respondeu rindo.
- Caiu de boca no meu pau foi? - disse a provocando.

Ela não disse nada, só negou com a cabeça e nisso o café no quarto chegou, a funcionária arrumou a mesa, com a bandeja e logo foi embora, algum tempinho depois julia saiu do banheiro já pronta para o nosso último dia, eu estava nervoso, mas estava certo do que iria fazer.

- Vem, vamos tomar café - a convidei.
- Onde você foi?
- Fui jogar uma partida de futebol na cidade, fomos eu e o Du - menti
- Ah, eu acordei e você não estava
- Desculpa, não quis te acordar - disse sentando em sua frente

Tomamos o café, e eu fiquei me enrolando até o último segundo que pude, ficamos conversando sobre assuntos que nem eram tão importantes mas que me faziam ter tempo de pensar em como eu faria o que tinha em mente, eu tinha certeza do que queria fazer, mas não podia dizer que não estava nervoso, vi que ela iria sair da mesa mas a impedi, ela me olhou com o rosto confuso, até nisso ficava bonita, desgraça de mulher.

- Espera - Disse, saindo da minha cadeira.
- O que foi? - perguntou

Eu não falei nada, apenas fiz ela ficar sentada na cadeira, e fiquei abaixado entre suas pernas, tirei a caixinha de alianças do meu bolso, abrindo as mesmas e mostrando pra ela, eu queria essa mulher do meu lado sempre.

- Yuri, o que é isso? - ela perguntou
- Um pedido, quer namorar comigo? - pedi.

Vi seus olhos lacrimejarem, seu sorriso aparecer e depois seus braços me rodeando, enquanto ela dizia "sim, sim" beijando meu rosto, podia ser tudo muito rápido, podia ser tudo recente, mas era tudo tão intenso que eu não podia perder mais tempo, ela era hoje pra mim o que eu queria pra vida, e quando ela aceitou meu pedido eu me senti ainda mais feliz e completo.

Ninguém sabia do pedido já que ele surgiu como uma necessidade na noite anterior, a vendo dormir e pensando que eu não conseguiria ficar sem ela, era bizarro pensar que eu podia me apegar tanto a uma pessoa assim, mas eu me sentia muito bem e envolvido, além de estar em um ótimo momento da minha vida, no meu lado profissional e tudo, e eu só conseguia pensar que não poderia viver isso sozinho, nem tudo se resumia só em festa, e bebidas, eu já era muito apegado com a minha família e minha filha, e desde que eu fui e voltei da Rússia uma necessidade cresceu em mim, eu queria conquistar o mundo, eu queria dar o mundo para minha família e filha, mas eu não queria estar sozinho, e depois que eu a conheci tudo se fez com mais sentido.

E o pedido de namoro só era uma mera formalização de algo, como ela mesmo dizia, nos estávamos juntos, mas colocar o anel no seu dedo e saber que ela era minha, isso era uma sensação que eu não podia me negar, me permiti viver o máximo que eu poderia, e eu viveria, com ela do meu lado.