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ALERTA

Terá citação de um assédio! Caso seja sensível, pule esta parte.

Boa leitura, desculpem os erros.


EDUARDA

João foi na minha casa buscar algumas coisas para eu poder dormir na casa de Gabriel e ir trabalhar pela manhã. Ele trouxe duas coisas que eu pedi, papel e caneta. Meu corpo gritava: cama, mas o meu coração queria escrever uma carta. A saudade do GB estava difícil de aguentar. Minhas mãos suavam um pouco e eu podia jurar que o meu coração estava acelerado. Eu não sei porque, mas a minha mente não queria cogitar colocar o nome de Gabriel na carta. 

Eu falava sobre todo mundo nas minhas cartas, contava a minha vida toda, mas Gabriel era diferente dos outros. Me propôs algo que eu jamais aceitaria antigamente, e eu não sei se vou conseguir aguentar por muito tempo esse "namoro", ele não é o pior ser humano do mundo, mas também não é o melhor. Admito estar um pouco cansada essa semana. GB fez um drama enorme pela minha carta ter sido curta, então, dessa vez, teriam seis páginas. 

"Você é tão irritante, GB.” Eu sei que escrevi pouco semana passada, mas acabou sendo assim. Adivinha onde eu estou? Não posso contar com todas as letras, pois é segredo, mas fica aí que é na casa de alguém que você morreria para conhecer, mas não vou falar mais do que isso. Eu fui no jogo hoje. 

Foram menos gols do que eu imaginei, pensei que o Flamengo era "o" melhor time de todos, apesar de ter aquele atacante super chato na frente. Menos o Arrascaeta, gosto muito. Mas o meu ponto hoje é que, eu acho que posso ter encontrado uma pessoa tão implicante quanto você. Me irrita na mesma intensidade e não para de falar de si mesmo o tempo todo! 

Chega ser sufocante. Mas hoje ele me mostrou ser uma pessoa extremamente diferente do que cogitei. Me senti conhecendo você pela primeira vez. Foi legal. ED.

Escrevi duas páginas inteiras e as guardei na minha mochila. Eu fiquei fazendo isso na sala e depois de deixar as minhas coisas no quarto de hóspedes, desci para comer alguma coisa e encontrei Gabriel tomando uma garrafinha de água por inteiro. Pensei no quanto sofro para tomar pelo menos um litro e meio por dia e cá está ele tomando tudo em menos de meio minuto.

— Tô esperando você. — Ele diz ao encher a garrafinha outra vez. Pisquei algumas vezes enquanto ele a guardava na geladeira. — Pra dormir, Eduarda. Você vai dormir comigo. 

— Não. — Corto rapidamente. — Vou dormir no quarto de hóspedes. — Ele negou ao balançar a cabeça. — Como assim, Gabriel? — Meu tom era irritado. Ele ia começar a falar, mas um barulho alto nos chamou a atenção, estava vindo do andar de cima. 

— Não, não e não! — Ele diz enquanto sobe a escada correndo. Vou atrás dele na mesma velocidade, pelo menos tento. 

— Água?! — Gritei ao ver o chão do quarto completamente inundado. — O que está ligado? — Corri na direção do banheiro, estávamos no quarto de hóspedes. — A banheira? 

— Meu carpete! — Ele se ajoelha, choraminga e desliga as coisas da tomada. — Fecha essa torneira, Eduarda! — Grita e eu levo um susto. Corro até a banheira inundada e fecho a torneira. 

𝐂𝐀𝐎𝐒 -̲ ᵍᵃᵇᶦᵍᵒˡOnde histórias criam vida. Descubra agora