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GABRIEL

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GABRIEL

Me afastei dos lábios de Eduarda e percebi um sorriso de canto ali. Eu não resisti, sorri também. Que garota ridiculamente atraente. A minha mão ainda estava na sua cintura e a sua no meu rosto. Eu estava esperando ela se afastar, dar menção de que aquilo era o maior erro de sua vida, mas não. Ela me puxou para outro beijo e eu não neguei. Aprofundei ainda mais o ato e nossa... beijar ela era como aplicar a caneta perfeita, seguida de um passe açucarado na direção do gol. Uma obra de arte, onde claramente eu era o artista.

- Bebida nenhuma vai salvar você. - Digo enquanto encosto os nossos narizes de leve. Eduarda riu envergonhada. - Ou vai me dizer que realmente esquece de tudo? - Ela assentiu com o rosto um tanto vermelho.

- Eu realmente esqueço. Pelo menos eu não me lembro de todas as vezes que vomitei. - Respirei fundo ao lembrar dos panos sujos. - Mas lembro dos nossos abraços... olhares e quando recusou o meu beijo pela primeira vez. - Mordi minha língua pelo tom acusatório. Aquilo era verdade.

- Em minha defesa! - Digo enquanto me levanto, mas ela continua segurando uma de minhas mãos. - Cê tinha passado por um dia difícil. Eu não ia fazer nada nessa situação. - Ela concordou com uma careta leve. - Você beija melhor do que fala, continua assim.

- Você que beija muito mal. - Diz em um tom debochado e eu solto uma risada sincera. - É sério! Beija muito, muito mal! - Exclamou com vontade e eu engatei outra risada. A puxei na minha direção e a dei um selinho.

- Se eu beijasse mal mesmo... - a beijei profundamente enquanto pressionava a sua cintura - você não me daria tanta entrada assim. - Me referi aos movimentos de nossas línguas. Eduarda fez um bico manhoso e se escondeu em meu pescoço. - Isso não é um sonho, né? Não vou acordar do nada e você vai ter surtado e dito que se enganou.

- Não, porque se fosse sonho mesmo... - ela riu levemente enquanto me abraçava forte - eu estaria beijando o Arrascaeta, não você. - Tentei me soltar e ela não deixava. - Nossa, cê tá com o perfume dele! Juro! - Ela provocou e eu não conseguia me soltar. - Tô brincando contigo!

- Como cê sabe o cheiro dele tão bem, hein? - Indaguei quando finalmente consegui me soltar. Eduarda deu de ombros e eu respirei fundo. - Vou deixar você dentro de um quadrado a parte de qualquer lugar que o Gio frequenta.

- Pobre dos meus pensamentos mais dezoito. - Ela diz com um tom malicioso. Meu sangue ferveu de forma intensa. - Calma, eu juro que não é sempre ele! As vezes é o Piquerez.

- Faz o que você quiser, eu não ligo mesmo. - Digo ao cruzar os braços. Eduarda riu levemente e me encarou de forma carinhosa. Me virei na sua direção e devolvi o sentimento.

- Gabriel, - o seu tom era diferente, mais intenso - isso não é um sonho. Eu beijei você, e... - ela me puxou na sua direção - eu vou beijar outra vez.

Deixei os seus lábios encontrarem os meus outra vez. Aquilo era doce, calmo e adormecia qualquer ansiedade possível. Consegui sentir algumas gotas de chuva caindo em nós, mas não incomodava. Me incomodava a ideia de não ter mais ela em meus braços. A sua língua era pura aventura. Ela tinha o tato para coisa, a maldita beija bem para um caralho! Desculpe o palavreado, mas fora de campo não tem problema. O seu perfume doce casava com o meu amadeirado. Eu conseguia sentir a sua batida do coração amena.

𝐂𝐀𝐎𝐒 -̲ ᵍᵃᵇᶦᵍᵒˡOnde histórias criam vida. Descubra agora