│❥ Eduarda nunca foi levada a sério quando criança. Ela sempre teve muitos amigos imaginários e era maltratada por muitas crianças da comunidade. Os seus pais sempre tiveram dificuldades de prover tudo o que ela queria, mas sempre existiu amor incon...
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eu sei que muitas pessoas nem esperavam por essa atualização, nem eu! mas cá estou. é simples, pequeno e sincero como cada capítulo sempre foi! terá um epilogo! até as notas finais, desculpem qualquer erro.
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EDUARDA
Fomos até o mesmo hospital. Mesmo quarto. Mesma paciente. Fiquei confusa, perdida e no mínimo desconfiada que aquilo era uma brincadeira de mal gosto. O médico estava falando com o filho mais velho da tia Nina e explicou que ela teve um quadro de pico de pressão e que seriam necessários exames mais sérios, caso fosse necessário o uso de medicamentos mais densos. Fiquei de coração apertado, afinal, ela me fez conhecer o amor da minha vida e me convenceu a deixar Gabriel entrar na minha vida. Sem ela eu não teria toda essa felicidade de agora. Eu só tenho a agradecer a ela.
— Vocês vieram. — Ouço a voz manhosa da tia Nina. Olhei para o lado e percebi Gabriel confuso com aquilo. — Não precisava sair da sua formatura por mim, querida.
— Eu sairia de qualquer lugar por você, tia. — Digo enquanto a abraço forte. — Vocês se conhecem? — Indaguei ao ver Gabriel beijando a mão dela e a encarando com carinho.
— Eu conheço a tia Nina desde sempre. Ela que me deu uma das minhas primeiras bolas profissionais. — Disse com um sorriso sincero. — A senhora não pode morrer, ok? Eu não vou deixar. A senhora precisa estar no meu casamento.
— Com a ED? — Fiquei estática ao ouvir aquilo. — Tenho certeza que vai se casar com ela. — Meu coração parou naquele segundo. Gabriel me encarou perdido. Pareceu ter sido pego no flagra de algo. — E você, Dudinha, vai casar com o GB?
— GB? — Gabriel me indagou ao soltar a mão da tia Nina. — Calma, eu tô confuso, tia, Nina! — Ele encarou ela com medo. — Isso é sério? — O tom dele era choroso.
— Que a Duda é a ED? — Ela sorriu levemente. — Sim. — Levei minha mão até a minha boca e deixei as lágrimas caírem. — Acho que passou da hora de eu contar pra vocês, não é?
Minha respiração ficou pesada e eu só consegui sair correndo dali. Ouvi a voz de Gabriel na minha direção, mas eu não consegui ficar ali. Mil pensamentos passaram pela minha mente. Nossas brigas. Nossos trejeitos. Ele claramente era o GB! Como eu consegui ser tão idiota? Simplesmente... Eduarda! Você é a mais idiota de todas! Uma chuva forte começou e eu tinha deixado o meu celular com o João, então só fui para o lugar mais aconchegante que eu podia lembrar naquela hora: o centro comunitário. Tinham poucas pessoas lá, então eu apenas me sentei em uma das cadeiras e respirei fundo.
