A vida profana de Vicky

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A curiosidade tomava conta de mim, mas eu não havia tomado conta de perguntar à Andy o que aconteceu naquele dia. Já se passaram semanas e eu continuo com essa puga atrás da orelha.

— Vicky! — Jacob joga uma bolinha de papel em mim e eu o olho brava.

— O que você quer? — falo a jogando de volta e o mesmo sorri.

— Onde vamos depois da aula? Falta vinte minutos.

— Você eu não sei, mas eu tenho treino falo e me viro na cadeira para o olhar.

Estavamos esperando o professor voltar para que pudessemos ir embora.

— Você é tão chata. — Ele faz beicinho.

— E você é tão mimado, querido. — Faço beicinho para o mesmo que ri no mesmo instante.

Me viro para frente assim que o senhor Ross adentra a sala e joga uma pilha de papéis sobre a mesa.

— Quem houver finalizado até questão dezoito poderá sair, as outras questões faremos juntos na próxima aula. — ele anuncia ainda olhando a pilha de papéis.

Todos se levantam e eu faço o mesmo pegando meu livro e canetas. Jacob como um "ótimo" aluno não havia trazido materiais então apenas pegou sua jaqueta pesada ao se levantar.

— Vicky, fique. Precisamos conversar uma coisa. — ele anuncia assim que haviam poucas pessoas na sala.

Assinto e olho para Jacob que se sentou novamente como sinal que ficaria para me esperar.

— Jacob, saia. É particular. — o professor adverte rispido e Jacob o olha irritado antes de levantar e beijar o meu rosto.

— Espero você no ginásio.

Ele sai da sala e eu caminho até a mesa do Senhor Ross, o mesmo remanga as mangas e eu foco minhas mãos sobre as tatuagens um pouco pesadas sobre os punhos dela. Ele parece procurar uma folha e me olha atento no momento seguinte.

— algum problema, senhor? — pergunto e o mesmo me olha atento antes de jogar a folha sobre a mesa.

— Nenhum querida. — o olho confusa — Gosto da sua nota, gosto muito.

Ele sorri apoiando as mãos na mesa e eu foco meus olhos na prova, ela não estava perfeita. Um 9,5 nunca seria perfeito. Céus... o que eu faria com os meus pais.

— Você é a minha melhor aluna, sabia? — ele pergunta e eu nego — pretende seguir advocacia, certo?

— C-como o senhor sabe? — pergunto confusa.

— Ouvi você comentar isso com Jacob à um tempo. — ele se senta na cadeira e me olha como se estivesse procurando por algo — Sabe, é bom que você seja amiga de Jacob. O pai dele é o melhor nesse ramo do país, ainda não entendo o porque dele ter aceitado dar uma pausa na sua carreira para dirigir essa escola.

— Desculpe, mas não entendo on-...

— O que quero dizer é que o pai dele é o melhor, mas Jacob vai afundar você. Ele tira seu foco nas aulas e não quero que você fique no mesmo nível dele, entende? Seria baixo demais para você. — Ele indaga calmo e eu pisco algumas vezes.

— Jacob tem um ótimo futuro ele é o capitão d-...

— Capitão do time, sim sim. — ele me adverte e respira fundo olhando a folha.

Ele estava decepcionado? Assim como meus pais ficariam? Eu deveria ter tirado dez, estudado mais... droga droga...

— Só quero que saiba que tem um brilhante futuro, não estrague o que pertence à você ao andar com as pessoas erradas.