Prólogo

337 26 77
                                    

#ErosLançamento

Eros Hoffner era um leitor assíduo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eros Hoffner era um leitor assíduo.

Havia poucos livros no mundo no qual ele se recusava a ler, e, embora a ideia tivesse incomodado seus pais no começo, ele também era um adorador de romances.

Tudo começou com Orgulho e Preconceito. Eros tinha doze anos quando leu o famoso livro da Jane Austen, e aquele foi um ponto crucial para o que mais tarde se tornaria uma obsessão. Metade de seu quarto era coberto por livros, suas prateleiras quase cediam com o peso deles.

E, além dos livros, havia outra coisa que Eros adorava: arte. Sendo, particularmente, um amante da arte da Era Romancista, Eros adorava desenhar pequenos detalhes de forma, é claro, romantizada. Em seus desenhos, ele eternizava tudo o que se passava em sua mente, o que, por sua vez, em grande parte do tempo eram pedaços de histórias na qual ele lia.

Eros era de fato apaixonado pelo amor. Ele não sabia o que faria da vida se não existisse pela ideia magnífica de se apaixonar, seja por livros, por arte ou por pessoas. E, talvez por essa razão, seu coração tenha ardido de ódio quando o livro do cavalheiro Sr. Lily com a Lady Emma terminou de forma terrível: eles ficam separados no final, por causa de suas famílias!

Isso o deixou com um gosto ruim no paladar por dias, que mais tarde se transformaram em semanas e meses! Ele tinha odiado tanto, tanto, que não conseguia parar de se torturar pensando repetidas vezes naquele maldito final horroroso: Lily acaba ficando com a própria melhor amiga, Isabel, já que ela vinha de uma família afortunada, depois de ter sido persuadido pelos seus pais a abandonar sua outra amante. Emma era deixada para trás em tamanha tristeza que, de acordo com o narrador, recusou-se a sair de casa por semanas a finco. O coração de Eros sangrava todas as vezes em que se lembrava daquelas últimas páginas.

Emma tinha certeza que nunca mais encontraria um amor como aquele. Não havia forma do universo dar-lhe alguém tão perfeito quanto Lily novamente. E, mesmo se lhe fosse dado alguém tão maravilhoso quanto aquele cavalheiro, ela não o aceitaria! Lily era único, e para sempre seria. Naquele dia, o coração de Emma se fechou, e a chave dele apenas Sr. Lily tinha.

Em certo ponto, Eros Hoffner sentiu como se ele próprio tivesse se apaixonado por Lily. Emma o descrevia de forma majestosa, embora nem sempre o homem fosse gentil como deveria, e era isso o que atraía tanto os sentidos do garoto. O fato de ele ser distante e de vez em quando até mesmo arrogante, porém, mesmo assim, abrir o coração de forma tão pura para Emma era algo que Eros sempre admiraria. O autor era incrível! Se ele pudesse conhecer o criador de Lillian Lily algum dia, o abraçaria tão forte até poder absorver um pouco da energia de Lily para si mesmo.

Eros certamente faria isso, é claro, se não fosse por aquele final. Maldito seja esse autor, Eros era seu mais devoto odiador. Nos últimos meses ele se prontificou em aterrorizar a vida do pobre homem nas redes sociais até que o homem tivesse certeza que havia destruído uma vida — a vida de Eros!

EROS [⚣]Onde histórias criam vida. Descubra agora