A Garotinha Dos Olhos Verdes

Capítulo 14

Conteúdo sensível okay babys, então se não quiserem ler e forem sensíveis pulem tá 🚫🚫🚫🚫

Pov Autora

A semana se passou correndo, e já era sábado e durante esse tempo a relação de Kara e Lena só estava melhorando, Lena ainda sentia muito a falta de Elizabeth e quando ela se permitia chorar a Kara sempre estava ali para ela e era nos braços da loira que ela se sentia segura.

Porém tinha algumas coisas que estava tirando o sono da loira, mas especificamente algumas coisas que Lena soltou quando ela regrediu pela última vez, ela não era tão burra ao ponto de não conseguir ligar os pontos sobre o que tinha acontecido com a morena.

Era tarde de sábado Lena e Kara estavam deitadas enquanto assistia a princesa e o sapo, Lena vinha tendo pesadelos quase todas as noites e isso estava preocupando a loira porque ela sempre acordava com os resmungos de Lena e sua movimentação bruta e Lena só voltava a ter o sono tranquilo quando Kara a abraçava e sussurrava em seu ouvido dizendo que ela estava segura

Quando a mais velha perguntava o que ela tinha sonhado Lena desconversava, dando a entender que ela não queria falar sobre o assunto.

— Lee?. -a voz da loira saiu baixa.

— Sim loirinha? -falou ainda concentrada na televisão.

—Você confia em mim certo? -questionou brincando com os cabelos de Lena.

—Claro que eu confio, você já me provou que é merecedora da minha confiança Kah, porque está me perguntando isso? -levantou o rosto e olhou para a imensidão dos olhos azul da mulher deitada abaixo de si, por um momento Lena se perdeu naquele olhar talvez se perder nos olhos de Kara Danvers não fosse tão ruim.

— Desculpe se estou sendo invasiva, mas você anda tendo muito pesadelos e eu estou preocupada com você amor. O que te assombra tanto que até nos seus sonhos te perturba? -arrumou o óculos um movimento que indicava que ela estava nervosa e Lena reparou isso. — Não pense que eu estou exigindo alguma coisa de você, eu só estou preocupada.

Lena suspirou triste talvez estivesse na hora de compartilhar com alguém sobre seu passado, era difícil ter que carregar aquilo consigo, e Kara falava todos os dias que Lena não estava mais sozinha e que ela não precisava lhe dar com tudo sozinha, a morena permaneceu em silêncio e respirou fundo passando a mão em seus cabelos.

— E-eu v-vou falar tudo okay, só não me interrompa pois não sei se vou conseguir continuar. -murmurou baixo e Kara assentiu e entrelaçou suas mãos. — Desde de que eu me entendo por gente que eu não sei o que é ter amor de um mãe ou de um pai, minha mãe Lilian Luthor nunca demostrou qualquer afeto por mim, pelo contrário ela sempre me rejeitou, quando ela me teve acabou adquirindo depressão pós-parto, então ela ficou mal mas meu pai não ficava um minuto se quer ao lado dela, em seu momento ruim Lionel não estava ali para ela, e Lilian me culpava por isso. Conforme eu fui crescendo seu ódio por mim aumentava as vezes eu me perguntava o que eu havia feito de tão errado para minha própria mãe me odiar daquela forma, qualquer coisa que eu fizesse era motivo para uma surra, seu passatempo favorito era me machucar, sabe essa cicatriz que você tocou e eu surtei quando me deu banho pela primeira vez, Lilian cravou uma tesoura na minha barriga porque eu havia comido um pedaço de bolo, meus pais não me permitiam sair de casa. -Lena respirou fundo ela sentia o nó em sua garganta, suas lágrimas rolavam livremente pelo seu rosto.

Como se não bastasse eu levar surra a todo momento, quando eu tinha 12 anos certo dia eu acordei com mãos ásperas me acariciando, demorei pra raciocinar e perceber o que estava acontecendo, quando eu olho e vejo meu pai com a porra do pau pra fora enquanto apalpava meus seios, minha primeira reação foi gritar e tentar me esquivar dele e então ele sorrio e começou a rasgar minhas roupas ali mesmo... Eu estava tão assustada, e com medo eu estava com muito medo Kara naquele momento eu só queria morrer eu gritei para alguém me ajudar mas ninguém apareceu, quando eu tentava resistir ele me enforcava ou me socava. Aquilo doía tanto Kara, eu implorei para ele parar, ele ficava sussurrando no meu ouvido dizendo que eu era especial e que eu o pertencia ele me penetrou de uma forma tão violenta enquanto tinha uma de suas mãos em volta do meu pescoço me apertando que eu acabei perdendo a consciência por algum tempo e então eu estava ali a mercê dele e ele fez tudo o que queria comigo quando eu acordei meu corpo estava dolorido eu nem ao menos conseguia me mexer os lençóis da cama cheios de sangue e meu corpo estava coberto por sêmen e eu me senti a pessoa mais suja do mundo, minha intimidade ardia muito eu tinha nojo do meu corpo não aguentava me olhar no espelho.