Capítulo 3

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Pov Kara Danvers

Vi que Lena não iria conseguir andar até o estacionamento da Catco que era onde estava meu carro, com cuidado eu a peguei no colo me surpreendi com o seu peso era leve demais andei em passos largos, abri a porta de trás do meu carro e coloquei Lena deitada no banco ela resmungou pela falta de contato, a mesma estava realmente cansada pois acabou dormindo. Entrei no carro e dei partida para o hospital, não demorei muito para chegar no local.

—Lena, a gente chegou no hospital acorda. -tirei seus cabelos do seu rosto e vi sua expressão tão relaxada, ela tinha o polegar na boca e chupava o dedo fortemente fazendo um barulho de sua língua se chocando com o dedo.

Lena nem ao menos se mexeu, continuei a tentar acordar ela, depois uns minutos eu havia conseguido a morena abriu os olhos lentamente, saímos do carro e eu entrei na recepção e dei início no preenchimento de sua ficha. Por sorte eu conhecia a doutora que estava ali então não seria difícil convencer ela de me deixar ficar com Lena apesar dela ser maior de idade e não precisar de acompanhante, peguei um copo de água e fui até a morena.

— Aqui Lena trouxe um pouco de água pra você. -ajudei ela a beber água.

— Eu tá com soninho kala, a Lena quer o tum tum. -fez um bico choroso e seus lábios tremeram.

— Não vamos demorar muito, logo eu vou te levar pra sua casa tá eu avisei pra uma de suas colegas que você não iria voltar mais hoje pro trabalho, me desculpe está assim que nem uma louca em cima de você.

— Tudo bem Kah, isso mostla que voxê é uma boa pessoa. -sorrio e balançou as pernas no ar já que ela não alcançava o chão.

— Mas quem é o tum tum? -perguntei curiosa, esse alguém deveria ser muito importante para ela.

— Ele é meu amiguinho, a neném semple foi sozinha uh eu ganhei ele da vovó Elizabeth, xabia que o meu animal favolito é o coelhinho eles são muitoo fofinhos e peludo.

Paramos de conversar quando o telão apitou e era a vez da Lena de entrar na sala.

— Kala a bebê tá cum medo. -suspirou triste.

— Não precisa ter medo, eu vou está lá com você sei que é uma garotinha forte. -falei tentando lhe transmitir confiança.

Andamos até a sala da médica porém uma enfermeira me parou e eu bufei sabendo que ela ia mandar eu esperar lá fora.

— Me desculpe senhora, mas só a paciente pode entrar. -a enfermeira pontou séria e senti um aperto na minha mão, as unhas da Lena fez alguns buracos na palma da minha mão de tão forte que estava o aperto. —Por favor é rápido, ela tem medo de hospitais porém está mal e eu não quero deixá-la sozinha. -tentei argumentar.

Quando a enfermeira iria rebater a porta do consultório foi aberta e Imra saiu para fora da sala.

— Hey Kara, o que está fazendo aqui? -Ela veio me abraçando e eu retribui o abraço sem soltar a mão da Lena. —Pode sair senhorita Lane, eu assumo daqui. -disse e a mulher apenas deu de ombros e saiu pisando duro.

— Ela é sempre tão desagradável assim? Respondendo sua pergunta eu vim acompanhar uma amiga e bom ela ter pavor de hospitais então achei que você pudesse me dar uma ajudinha e permitir que eu fique com ela até ela poder ir embora. -Fiz minha melhor cara de cachorro que caiu de mudança e ouvir uma risada rouca e olhei para Lena que ria de mim. — Está rindo de mim? Uh que maldade. -Cutuquei sua barriga e pude ouvir novamente sua risada.

— Kah naum! -ralhou brava.

Imra tossiu falsamente aparentemente eu esqueci por breve segundos que ela estava ali, minha bochechas esquentaram e Lena se escondeu atrás de mim, pelo menos não era apenas eu que estava envergonhada.

— Bom vamos entrar e você me fala o que está sentindo okay, não precisa ter medo.

Entramos no consultório de Imra e ela foi fazendo as típicas perguntas de qualquer médico e Lena foi relatando tudo o que estava sentindo mas as coisas começaram a mudar quando a médica pediu um exame de sangue, Imra já havia aferido a febre da morena ela estava com 38,5 de febre.

Lena está se recusando a fazer o exame de sangue, a mesma murmurava várias vezes a palavra "não", ela estava em pânico e muito assustada.

—Lena. -a chamei querendo chamar sua atenção, mas não obtive resposta. — Hey Lena, olhe para mim por favor. -segurei em seu rosto e ela fechou os olhos, seu corpo tremia levemente e sua respiração estava ofegante.

— Não, vai fazer dodói... Pu favor eu naum quelo.

— Bebê abra os olhos para mim, você não está sozinha eu estou aqui, não irei a lugar algum é importante fazer o exame e tenho certeza que você sabe disso. -tentei novamente e ela abriu os olhos lentamente e foi se acalmando aos poucos.

— Voxê podi segurar minha mão. -seu olhar implorava pelo meu "sim" e eu concordei.

— Claro que sim Lena!.

Fomos para a sala de medicamentos e uma das enfermeiras deu um antitérmico, Lena deitou na cama que havia ali e eu fiquei ao seu lado segurei sua mão e a fiz olhar para mim enquanto ela fazia o exame de sangue a morena fez um careta fofa quando a agulha entrou em sua pele, a enfermeira tinha coletado dois tubos de sangue.

— Viu foi rápido, e nem doeu tanto assim.

— Mentila doeu xim kala, non foi nem em voxê o dodói. -resmungou manhosa.

Ela estava realmente chateada por ter sido furada e fazia questão de deixar isso claro, depois de uns 30 minutos ali com a Lena enquanto o resultado do exame saía pude conhecer ainda mais a garotinha não contive o sorriso ao ver ela falando alegremente do seu amiguinho tum tum, talvez eu tenha ficado um pouco triste ela não tinha amigos, como alguém não queria ser amigo dela ela tinha 23 anos e trabalhava no Noonan's tinha 2 anos, amava Disney e seu desenho favorito era Bob esponja, sua cor favorita era azul como a cor dos meus olhos segundo ela disse.

Mas eu ainda estava confusa sobre ela especificamente sobre o seu jeito infantil parecia ter dupla personalidade, mais cedo ela não falava de uma maneira tão infantil assim eu não sabia ao certo, pretendia conversar com Imra ninguém melhor do que uma médica para me explicar isso.

Então foi isso babyss, bjs e até depois 💖

Me contem o que estão achando da história

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