Dias atuais

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 Olá descolorides, como vocês estão? Vim aqui avisar que nesse capítulo tem uma cena que QUASE acontece um abuso, eu colocarei um aviso na cena, porém, se for sensível não leia.

Dezessete anos, fiz a pouco tempo, mas nunca acreditam em mim por ser extremamente magro e bem mais baixo que as outras pessoas da minha idade, todos são bombados, altos. Menos Hoseok e eu, ele tem um porte médio e não é tão mais alto que eu.

 Continuamos amigos, eu preciso do meu sol, não sei um motivo certo para querer ele perto de mim, mas sinto necessidade de tê-lo ao meu lado. Provavelmente ele se sinta igual a mim, não se desgruda, estão nos chamando de chiclete, metade da laranja e soul mates, particularmente detesto isso, acho ridículo.

 Vejo o sol bater em minha janela e paro de escrever em meu diário, sempre acordava às cinco em ponto para escrever no meu caderno. Me levanto e olho o relógio que fica pendurado na parede de meu quarto. Seis e cinco.

 Arrasto meus pés com muito cansaço até meu armário e o abro pegando uma toalha, o uniforme e meu sabonete. Vou até o banheiro e tiro minha roupa adentrando o box tomando um banho frio. Logo saio me secando e visto meu uniforme.

 Me olho no espelho e suspiro pesado me depreciando, olheiras grandes por mal dormir durante a noite, cabelo cinza claro, lábios cinza-escuro, pele cinza bem clara quase branca. Um mundo onde é tudo preto, branco e cinza.

 Volto ao meu quarto arrumando minha mochila colocando meu fichário, alguns livros e meu estojo. Desço para a cozinha vendo meus pais sentados na mesa enquanto tomam café, pego minha "lancheira" e a enfio na minha bolsa.

 Meus pais desistiram de tentar me fazer tomar café com eles, detesto ficar perto deles por muito tempo, principalmente se for em silêncio e comendo, então eles simplesmente faziam meu café e almoço para eu levar a escola.

 Saio de casa e vou andando em direção à escola, sempre me encontrava com Hoseok na terceira rua, mas hoje ele não está lá. Reprimi meus lábios enquanto via os minutos passando em meu relógio de pulso, sem sucesso apenas segui meu caminho. Vou andando de cabeça baixa enquanto meus pensamentos vinham em disparada. "Será que aconteceu algo com ele?" "E se ele me deixar na escola sozinho?" "As pessoas vão se aproveitar de mim" "Ele não costuma faltar sem me dizer" "Será que deixamos de ser amigos?" "Ele não gosta mais de mim?" "Eu fiz algo de errado para ele?" "Eu sou um idiota, aposto que fiz merda"

 Quando finalmente parei de pensar, já me vi chegando no portão da escola. O portão era feito de barras de ferro e ele era trilhado, o muro com o nome da escola "Korea University Business School". Segundo Hoseok, as principais cores são: amarelo, azul, bege e branco, nossos uniformes também tem essas cores, mas tem bem pouco azul. Enxergo como, cinza claro, cinza-médio, branco e branco.

 Adentro a escola e passo com a cabeça baixa, conseguia ouvir os cochichos e as risadinhas a minha volta enquanto passava. Apenas suspirei e me encolhi um pouco enquanto apressava meu andar. Chego na sala e me sento em minha cadeira, não mudava durante os anos, era eu e Hoseok todos os anos no mesmo lugar.

 Os minutos foram passando e o garoto não chegava, me sinto abandonado e muito sozinho, detesto ficar na escola quando Hoseok não vem, todos se aproveitam de mim.

 Vejo alguns garotos da minha sala se aproximarem e começam a falar merda, alguns palavrões e outras coisas como "deficiente de merda". Apenas abaixei minha cabeça e após alguns minutos com eles me xingando escuto a voz do hobi e eles parando de falar. Ao levantar minha cabeça alterno meu olhar entre o Jung e seu provável amigo.

 — Jimin! Me desculpa o atraso, não sabia que veria, mas quero que você conheça o Ta-

 Deito minha cabeça novamente e bufo enquanto escuto o pedido de desculpas do hobi para o garoto alto.

 Após minha "birra" passar contei para ele como foi o mês que passei no hospital, e toda vez que ele tentava me falar do tal garoto eu o ignorava ou o mandava calar a boca. Observei o garoto algumas vezes e percebi que ele conversava com os garotos que me xingavam.

 Tava tudo bem, cada um em seu canto, mas no intervalo ele veio até Hoseok e eu apenas quis morrer.

 — Oi Jung, oi... Park certo?

 Reviro meus olhos e cruzo meus braços.

 — O ji não fala com estranhos. Mas já que você está aqui, não quer comer conosco?

 — Já comi.

 O olho e vejo que ele está a me olhar, o garoto mais alto mostra um sorriso quadrado.

 — Sou Taehyung, Kim Taehyung, me disseram sobre você.

 — Interessante. — Digo com o tom de desprezo.

 Ele ficou tentando puxar assunto comigo, mas fiquei desviando o assunto. Tentei ficar o mais longe o possível até ir embora quando o Hoseok me puxou para ir com ele. Nós três indo embora e ele não parava de me observar e aquilo me incomodou em um ponto de me fazer surtar.

 — Caralho, o que você perdeu em mim? Por acaso sou um alienígena ou uma pedra rara?

 Os vejo me olhando surpreso e o mais alto ri sem jeito.

 — Estava admirando sua beleza, você parece ser interessante, adoraria lhe conhecer melhor, gracinha.

 Fico parado por um tempo sentindo meu coração bater forte. Logo chacoalho minha cabeça para manter minha pose séria.

 — Duvido que seja isso, você tava conversando com aqueles babacas, aposto que estão tramando algo.

 Vou andando mais rápido na frente e durante toda a semana foi assim, Taehyung indo atrás de mim, tentando puxar assunto, mas felizmente tenho o hobi e ele cortava o tae tentando o distrair.

 Na sexta o hobi foi comprar lanche para nós enquanto eu ia ao banheiro e os garotos da minha sala me seguiram para me bater, eles me socavam e xingavam, estavam prestes a tirar a minha roupa para abusar de mim quando Taehyung entrou no banheiro.

 — Que porra vocês estão fazendo?!

 A voz grave de Taehyung ecoou no banheiro e eu me encolhi um pouco, pois meus ouvidos doeram um pouco.

 Os garotos saíram dali e o mais alto me sentou no vaso enquanto pegava papel. Ele foi até a pia e molhou um pouco o papel e voltou até mim para colocar em um machucado, e foi assim com quase todos machucados do meu corpo.

 — Está bem?

 — E-eu... Não sei?

 Digo com a voz trêmula e algumas lágrimas caem involuntariamente, pois percebi a gravidade do assunto.

 — Eles iam...

 — Mas não fizeram, está tudo bem ok? Nenhum deles vai encostar em você novamente.

Oii, no final de mais um capítulo, espero que tenham gostado, por favor, votem e comentem sobre o que acharam.

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⏰ Última atualização: Oct 01, 2022 ⏰

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