Incolor | Vmin

Escola e Hoseok

Olá descolorides, me desculpem pela demora, pela enorme demora. Eu não tava conseguindo conciliar a escrita com os estudos mas agora incolor vai voltar e tenho o compromisso de postar um capítulo a cada 15 (quinze) dias. Inclusive irei mudar algumas coisas aqui no perfil e vou fazer um perfil no tt pra falar somente sobre as fics, espero que gostem desse capítulo, ele é um fechamento do passado do jimin.

São poucas as coisas por qual sou grato, mas se eu não tivesse saído da minha cidade natal eu não teria conhecido ele.

01/03/2002

Minha mãe me balançou enquanto me chamava, eu estava longe, mas ela me puxou e começou a me vestir, me deu minha mochila e fomos para o carro, lá ela me deu um misto quente e eu comecei a comê-lo enquanto ouvia minha mãe dizer que era para tentar agir normalmente, talvez eu realmente fosse estranho e diferente, mas não sei como fingir, não sei se devo tentar fazer amigos ou devo ficar na minha. Bom, a maior parte do caminho ela estava falando, mas minha mente ficou repetindo a mim mesmo "estudar, comer, estudar e ir embora", não deve tão difícil.

Realmente, não é difícil, é terrível. Todos os olhares caindo sobre mim, nem a professora quis me apresentar direito, sentei bem afastado da lousa e já me deparei com uma atividade de ligue os pontos e depois pinte. A professora me deu nota cinco na atividade, cinco pontos porque liguei corretamente e não ganhei mais nota, pois minha pintura ficou desarmônica. Que culpa tenho? Pelo menos ela não conseguiu me deixar mal, eu acho que não conseguiu, não senti vontade de chorar nem nada, mas meu coração doeu.

No recreio, me sentei ao lado de uma mesa com alguns garotos barulhentos, rindo alto até que o ruivo veio falar comigo.

— Oi! Eu sou o Hobi e você?

Ele disse em um tom animado com um sorriso largo em seu rosto

— Eu sou Park Jimin.

— Você é o que apareceu na televisão?

— Sim

Eu disse cabisbaixo.

— Eles foram maus com você! Jimin não merece isso sabia?

— Você acha?

— Sim! Você tem que ser tratado com amor e carinho, igual um gatinho!

— Eu não ligo muito.

— Mas eu ligo! Todos tão te chamando de estranho mas você parece incrível!

— Obrigado, eu acho.

E após isso eu e ele ficamos inseparáveis, para onde eu ia ele ia atrás, não se importou em perder quase todas as amizades, logo comecei a seguir ele, é como se fosse um raio de sol aquecendo e amolecendo tudo que endureceu aqui. Não demorou para marcarmos um almoço na casa dele, bom, ele disse que não tinha como recusar e que já havia preparado tudo. Assim que cheguei em casa e fiz minhas lições, fiquei pensando freneticamente em como falar isso aos meus pais. Por sorte ele já tinha uma carta de convite feita pelos pais dele.

No jantar coloquei a carta sobre a mesa e abaixei minha cabeça, mas vi pelo canto do meu olho eles abrindo o papel. Não sei o motivo, mas senti uma leve angústia, meu coração bateu um pouco mais rápido e eu logo os encarei e eles estavam fazendo o mesmo

— Você quer isso Jimin?

A voz de meu pai cortou o silêncio horrendo, mas antes de eu conseguir falar algo minha mãe começou.

— Um amiguinho, hein? Isso é bom, é ótimo estar se socializando, deveremos ir!

— Não acho que seja um problema ir, só não consigo o entender, o motivo dele ser tão... Doce?

  Meus pais se encararam e começaram a murmurar algo, não deu para escutar, mas apenas concordamos em ir. No sábado a 13:15.

O dia chegou, meus pais se arrumaram e me arrumaram, havíamos feitos pratos das nossas famílias e levamos até casa de Hoseok. Ao chegar lá, os pais dele, nos receberam muito bem, e Hobi me recebeu com abraços e beijos por todo o rosto.

O almoço começou em silêncio, mas o mini Jung começou a falar.

— Sabe, mamãe e papai, o Jimin é incrível! Ele não é como as outras crianças, ele é tão quietinho, e acho que deve ser enchido de amor!

A conversa se desenrolou, os pais dele falando bem de mim, e que não havia problema nenhum comigo, então meus pais decidiram manter contato com eles. Falaram-me que a família Jung é uma ótima influência para mim, e até hoje em dia conversamos, mais inseparáveis que nunca, consigo confiar de olhos fechados em Hoseok, e toda vez que ele faltava, eu faltava junto. Nossos acentos na escola são sempre lado a lado, por recomendações médicas. Eu não sei o que sinto por ele, mas tenho certeza que não é ruim.

Mais um capítulo concluído e agora vou voltar dia 30 deste mês para dar notícias e postar um novo capítulo de incolor.