Nous voyons quelque chose arriver.

95 15 30
                                    


Mesmo distantes do enorme portão de ferro eles sabiam que encontrariam um ser terrível que não seria derrotado facilmente, mas todos estavam dispostos a acabar com aquela criatura que fez mal a Genós.

—Horreur! Horreur! O que faremos?

O filho de fazendeiro encarou o homem que lhe chamou, logo depois desviou seu olhar para trás, vendo um cavalo cujo um homem carregava um pano vermelho esfarrapado e sujo de sangue, e respirou fundo, com pesar em seu peito ossudo.

— Voltamos... Temos que nos preparar, essa fera deve ser enorme e monstruosa, não podemos atacar assim despreparados.

— Mas Genós!

— Eu sei...— Disse de forma amarga, puxando as rédeas de seu cavalo e se aproximando do homem que segurava o pano.— Genós vai ter que esperar um pouco mais.

Horreur reuniu seus homens e voltaram o caminho da vila, preparariam carrosas e explosivos, detrubariam aquele enorme castelo e matariam a fera que levara Genós deles.

...

— Ghr~ — Gemeu a fera abrindo lentamente os olhos, ele havia caído no sono quando Genós o pediu para descansar.— Oooah- Argh!— Interrompeu o seu bocejo quando sentiu suas feridas arderem quando se esticou.

Assim que a fera virou-se em direção a lareira de seus aposentos, vislumbrou a beldade dormindo ao lado de sua cama, surpreso ele arrega-lou os olhos, ele havia ficado a noite toda ali?

Lentamente a criatura se sentou na cama, encarando Genós, abaixando as orelhas ao ver a sua situação, o vestido branco estava completamente vermelho de sangue, suas mãos estavam com cortes profundos, cujo o  sangue seco não lhe deixava mais sangrar, seu peito ainda tinha aquele corte que não parava de manchar sua roupa.

Por um momento a fera se sentiu mal por ter gritado com ele, Genós estava mui machucado e ainda sim o cuidou, Désdès tinha planos de mata-lo quando o salvou dos lobos, mas no lugar dele qualquer um fugiria e o deixaria sangrando na neve, ele mesmo o faria! Porém, o de vermelho fora diferente, este aparentemente frágil esqueleto, lhe ajudou sem olhar para si mesmo, o belo era realmente seu completo oposto.

Dédès, ainda admirando o seu rosto, estendeu a mão na direção de seu crânio e alisou a sua bochecha com delicadeza, ouvindo o mais novo gemer levemente, pois suas covinhas estavam arranhadas assim como suas mãos.

— Hm~ — O de capuz vermelho abriu levemente o seu único olho encarando a fera na sua frente que lhe alisava o rosto, ele o afastaria, mas estava exausto demais, para o afastar.

— Você está quente...— Comentou a fera afastando a mão da beldade com cuidado, então olhando ao redor, não vendo nenhum servo ali por perto para cuidar deles.

Ele Bufou insatisfeito e levantou de sua cama, arrumou os tecidos da mesma, saltando os olhos do colchão para o belo, que apenas virou o rosto para a lareira gemendo de dor, encolhendo-se na tentativa de dormir novamente.

O coração da criatura apertou novamente, indo até a cadeira onde ele descansava e o pegou no colo com delicadeza, o colocando na cama em seu lugar, Genós acordou na hora que fora tirado do móvel duro e posto no colchão macio.

— Ah, seigneur Dédès...— Reclamou tentando afastar as mãos gigantes da fera, mas sua mão reclamou, então ele a rencolheu a encostando em seu peito — Hm~

— Descanse, não lhe farei nada, juro...— Disse a fera encarando as feridas de Genós com um olhar triste.— Só quero ajudar.

— Por que isso derrepente?— Sussurou exausto, sem nem abrir os olhos.— Antes não parava de rosnar para minha pessoa.

Afther Life-O Conto do Belo e A Besta.Onde histórias criam vida. Descubra agora