CAPÍTULO 5 ♡ Pov Samanta

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ATENÇÃO: esse capítulo trata de estupro e pode despertar gatilhos. Se você ja passou por algo, conhece alguém que ja passou, pu simplesmente é sensível com o assunto, recomendo que NÃO O LEIA.

Trilha sonora desse capítulo:

- O que é isso? - Gritei assustada quando senti uma mão me agarrar pelo braço.

- Entra no carro agora. - Uma voz masculina conhecida disse, ja me empurrando em direção ao interior do carro.

Mas que merda. Marcel tinha me avisado pra esperar, que ele le levaria pra casa. Se eu tivesse o escutado não estava sendo sequestrada naquele momento.

- André?! - Reconheci que o homem que me enfiou dentro do caro era o imbecil do meu ex namorado tóxico e abusivo.

- Samanta!! - Ouvi a voz do Marcel me gritando da portaria do seu prédio, mas não pude responder porque naquele momento, André apontava uma arma pra mim.

Tentei manter a calma, mas era quase impossível. Uma crise de ansiedade estava nascendo e tentando explodir a todo custo.

- Por favor, Marcel, me encontre. - Eu repetia baixinho.

André me levou para um lugar que eu não fazia ideia de onde ficava. Me jogou no chão do que parecia um galpão, amarrou minhas mãos e meus pés. Estava louco, repetia o tempo todo que se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém. Ele dizia que ia me foder com tanta força que me mataria.

Eu não acredito. Não acredito que estava passando por aquilo.

Até que uma mulher chegou. Ela era um pouco mais alta do que eu, de pele clara, olhos castanhos, cabelo também  castanho num ombre hair dourado. Sombrancelhas bem definidas escuras.

- Pare de ser idiota, André. - Ela brigou com ele. - Você não vai matar ninguém. Preciso dela viva.

- Precisa de mim pra que?! - Eu tentava não gritar, mas tamanho o meu nervosismo, era impossível.

- Se você morrer, querida, - ela falava enquanto andava na minha direção - o Felipe não vai te esquecer, é capaz que ele fique ainda mais apaixonado. Eu preciso que você faça com que ele se esqueça de você.

- Chegou tarde. Felipe e eu terminamos ontem. - Respondi.

- Eu soube. Mas ele vai continuar apaixonadinho até  que você faça algo para ele te odiar. Só precisamos descobrir o quê.

Vários dias se passaram e eu vá havia perdido a conta de quantos. Em todos eles, André se aproveitava de mim. Passava a mão pelo meu corpo. E era impossível sentir mais nojo de mim do que eu estava naquele momento.

Até que chegou o dia que ele não resistiu mais aos seus instintos animais. Aproveitou-se de um momento que a moça tinha saído.

Rasgou a minha roupa e penetrou em mim de uma vez, o que me fez gritar de dor.

- Isso, Samanta. Grita pra mim. - Ele disse de forma doentia.

Ele agarrou meu pescoço e o apertou com força, enquanto continuava me abusando. Quando eu estava quase apagando, sem oxigênio, ouvi um barulho forte, e senti o peso do corpo do André desabando sobre mim.

Era o Marcel. O Marcel tinha me achado!

Rolou o corpo do meu agressor de cima de mim, me ajudou a vestir o que restava de minhas roupas, tirou sua camisa e a vestiu em mim. E me levou para o seu carro que estava do lado de fora.

Marcel deu partida e começou a dirigir muito rápido para longe dali.

Eu só sabia chorar.

- Me desculpa, Samanta. Me desculpa, me desculpa.

Eu não tinha forças para responder, mas também não entendia o porquê dele se culpar tanto.

- Que lugar é esse? - Consegui perguntar depois de uns minutos.

- Angra dos Reis. - Ele respondeu sem tirar aos olhos da pista. - Preciso te levar pra um hospital.

- Não, Marcel. - Protestei. - Por favor, não.

- Sem negociação, Samanta. Eu preciso ter certeza que você está bem. Meu primo vacilou com você, mas ele te ama. Felipe nunca me perdoaria se eu não cuidasse de você da forma que sei que é preciso. - Ele olhou para mim. Eu não me perdoaria.

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