CAPÍTULO 6 ♡ Pov Samanta

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Trilha sonora do capítulo:

Eu estava desidratada e com déficit de vitaminas e minerais, por isso, fiquei internada por 10 dias. Marcel nunca saia do meu lado.

Ele me contou que viu o André me enfiar dentro do carro quando saia do elevador do seu prédio. Correu para porta pra tentar me ajudar, mas já era tarde. Por sorte, o carro dele estava estacionado bem perto, então seguiu o André com cuidado, para não ser visto.

Ficou rondando o galpão que eu estava presa, até conseguir achar uma oportunidade segura para me tirar de lá.

- Eu esperava que eles te deixassem sozinha em algum momento, mas não acontecia. Quando ouvi você gritar... Não tinha mais o que esperar... - Ele explicou. - Me desculpa, Samanta. Desculpa não ter entrado antes.

- Não precisa se desculpar. Você salvou a minha vida, Marcel, obrigada.

Mandei uma mensagem pra Vi dizendo que estava com a minha mãe. Mandei mensagem pra minha mãe dizendo qie estava com o Felipe. Não queria preocupar ninguém.

Eu tinha esquecido o celular na casa do Marcel quando desci pra ir embora. E ele desceu justamente para me entregar. Foi quando viu tudo.

No hospital, ele me devolveu o celular. Três dias depois de internada, nós dois recebemos a mesma mensagem de um número desconhecido, com uma foto minha, dormindo na cama do hospital, e do Marcel cochilando, com a cabeça apoiada em mim.

📲 Vocês viram do que o André é capaz. Nós sabemos onde vocês estão e estamos por perto. Se não colaborarem, matamos vocês e o Felipe.

Encarei o Marcel e ele me encarou. Eu não poderia estar mais apavorada.

Mais tarde, na mesma noite, recebemos outra mensagem de um número diferente.

📲 Faltam dezessete dias para as férias da Samanta acabarem. Vocês voltaram para empresa e dirão que estão namorando. Estarão sempre perto um do outro e bem melosos. Destruirão o coração do Felipe. Nem pensem em falar com a polícia ou, já sabem, ele morre.

E mais duas fotos, outra foto nossa no hospital. E uma foto do Felipe brincando com o Mike. Provavelmente, era recente.

Não tinha muito o que fazer. Não poderíamos por a segurança dele em risco. Seguiriamos o plano.

Felipe me enxeu de mensagens quando eu ja estava na empresa, em direção à sala dele. Acho que eles já tinham descoberto o meu sumiço. A última mensagem ele dizia que prestaria queixa do meu desaparecimento.

- Não precisa prestar queixa. - Cheguei na porta dele me pronunciando .

Apesar da traição, eu ainda amava o Felipe. Não poderia deixar que nada acontecesse com ele. Precisava convencê-lo!

- Pelo amor de Deus, Samanta!
- Pelo amor de Deus, Samanta!
- Pelo amor de Deus, Samanta! - Bruno, Vi e Felipe gritaram ao mesmo tempo quando me viram.

Droga. Eu não queria fazer isso na frente deles. Mas não tinha jeito.

Felipe gritava comigo, não por arrogância, mas era sua forma de dizer que estava extremamente preocupado. Marcel entrou na sala de uma vez.

- Felipe, eu vou te pedir só uma vez, e na maior cordialidade do mundo. - Ele disse. - Abaixa a voz pra falar com a minha namorada.

Porra, Marcel. Também não precisava ser assim. Eu sentia que iria desabar a qualquer momento, não parava de gritar de tanto desespero, mas pra disfarçar, fingia desdém e arrogância.

- Mas como assim? - Vi perguntou.

- Esses dias, passamos juntos em Angra. Mas não queremos expor pro público, nem pra minha mãe. - Deixei logo claro. Eu não queria de jeito nenhum preocupar minha mãe com o ocorrido, e muito menos por a vida dela em risco.

Felipe parecia estar mergulhado dentro de si. Mal ouviu o que falamos antes.

- Felipe? - Bruno o chamou.- E ai?

- Hm? E ai o que? - Ele respondeu completamente sério.

- Como o quê? - Falei gritando outra vez. - Posso continuar trabalhando ou vai me demitir?

- Claro... Claro que pode... - Ele respondeu. - Tá na empresa? To descendo. Vou pra casa. - Felipe mandou um áudio no celular. Provavelmente para seu motorista.

Saiu da sala sem dizer mais nada.

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