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Eu estava levemente decepcionado com o lugar onde eu estava, afinal Felix havia feito parecer que era um paraíso incrível mas bem no fim, era apenas uma balada comum.
— Você não fica cansada de ficar aqui todo santo dia? — Perguntei para a garota loira, que estava limpando o balcão.
— Ás vezes sim! Porém o Noah, meu namorado, costuma vir aqui para não me deixar no tédio.
— Hm, entendi.
Peguei um dos drinks e então me virei para a pista de dança, afinal eu não iria ficar incomodando a garota do bar durante toda a noite.
Corri meus olhos por todo o local, enquanto sugava a bebida pelo canudinho. Meus olhos logo pararam em um garoto moreno dançando junto a uma garota asiática.
Ele era tão bonito e dançava tão bem, que eu simplesmente não conseguia parar de olhar para ele. Alguns minutos depois, ele percebeu os olhares e parecia levemente incomodado com aquilo.
— O que você 'tá olhando? — Felix apareceu de repente enquanto seguia o meu olhar. — O moreno ou a asiática?
— O moreno, ele é lindo.
— E não foi falar com ele por quê? Se quiser, eu posso ir falar com a amiga dele.
— Ai caramba, ele está vindo pra cá. — Me senti nervoso, enquanto o garoto começava a caminhar em minha direção.
— Aja naturalmente.
Felix desviou o olhar e então eu levei novamente o canudinho até a minha boca. O garoto logo se aproximou e eu percebi que de perto, ele conseguia ser ainda mais bonito.
Eu estava tão nervoso diante daquele anjo, que não consegui dizer uma só palavra.
— Qual é o seu problema comigo? Porque a gente pode resolver isso agora! — Arqueei as sobrancelhas, enquanto ele cruzava os braços e me encarava com aquela expressão de ódio.
— O quê?
— Faz horas que você está me encarando e eu não estou gostando nada disso.
O garoto continuou aumentando o tom de voz e então encarei Felix, que estava tentando ao máximo, segurar a sua risada. Porém ele não aguentou, deixando uma gargalhada escapar em seguida.
— Eu estava te olhando porque te achei bonito e não porque queria briga, seu maluco.
O garoto arregalou os olhos em seguida e aos poucos aquela expressão assustadora, sumiu do seu rosto. Ele parecia sem graça pelo mal entendido enquanto eu tentava entender onde eu havia me metido.
— Ah se esse for o caso, valeu. E então, você quer me beijar?
— Agora eu nem quero mais.
— Ah não, você vai me beijar sim!
— Caramba garoto, qual é o seu problema? — Aumentei o tom de voz, era cada louco que aparecia na minha vida.
— Se ele não quiser, eu quero. — Felix brincou fazendo com que eu revirasse os olhos.
— E um socão na sua boca? Você também quer levar?
— Misericórdia Jisung, vamos voltar a dançar. — A garota asiática sorriu sem graça, seria cômico se não fosse trágico. — Me desculpem pelo transtorno.
— Imagina! Você é solteira?
— Meu Deus! Foi mal, até logo.
Puxei Felix enquanto ele fazia um sinal para que a asiática ligasse para ele, meu Deus do céu. Aquela noite estava sendo louca e mais do que aquilo, completamente constrangedora.
