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l e e k n o w

— Que frio do caralho

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— Que frio do caralho. — Felix resmungou pela milésima vez. — Essa cidade só tem morto de fome.

Acabei rindo enquanto ele pegava mais algumas caixas com pizza indo em direção à sua moto mais uma vez.

— Larga isso Felix, essa é do Hyunjin. — Jeongin apareceu tomando as caixas da mão do meu melhor amigo, que parecia confuso com a situação.

— É a minha vez, ele acabou de ir.

— Acontece que essa é para o meu primo e eu conheço você, sei que vai dar em cima dele.

— Eu jamais faria isso! — Felix cruzou os braços.

Era óbvio que ele faria.

— Você faria sim. — Jeongin revirou os olhos, eu não conhecia o seu lado super protetor. — Diz para ele que eu estou com saudades.

Assenti enquanto conferia o endereço, não era muito longe dali. Guardei as caixas cuidadosamente enquanto Felix continuava discutindo com Yang, subi na moto e então acelerei.

A distância não era longa e então cheguei lá em menos de dez minutos. Buzinei algumas vezes mas não tive respostas, eu odiava quando aquilo acontecia.

Peguei as duas caixas e então caminhei até a porta. Toquei a campainha e assim que ela se abriu, arregalei os meus olhos. O demônio em forma de homem estava bem na minha frente.

— Ah, que palhaçada. — Ele revirou os olhos. — Começou a trabalhar de entregador só pra me irritar?

— Com certeza meu príncipe, o mundo gira ao seu redor. — Comentei irônico deixando ele ainda mais irritado. — Quinze dólares.

— Que cara de pau, meu Deus.

— Eu estou apenas cobrando o que você comprou, deixa de ser doido.

— Aqui o dinheiro, vocês não precisam brigar! — A garota asiática apareceu passando o moreno para trás. — Obrigada, até mais.

— O Jeongin pediu pra te dizer que está com saudades. — Dei de ombros lembrando do recado do meu patrão. — Coragem porque noção não tem.

— Garoto? Não adianta cochichar porque eu escutei! — Ele cruzou os braços. O que ele tinha contra mim?

— Bom 'pra você.

— Meu Deus Lia, me segura, senão eu vou dar um chute nele!

— Você não vai! — A Choi revirou os olhos enquanto equilibrava as caixas. — Vocês dois têm quantos anos? Cinco?

— Ele deve ter três! Ele é aquela criança perturbada que bate nos próprios pais e chuta os professores. — Dei de ombros guardando o dinheiro no bolso da minha jaqueta.

— Pra quem queria me beijar, você está engraçadinho demais.

— Disse certo, queria. — Revirei os olhos, havia sido o maior erro da minha vida ter algum interesse por ela. — Até mais, Lia.

— Até mais...

— Minho.

— Minho, até mais Minho. — Ela sorriu simpática.

Recebi um último olhar mortal do garoto moreno antes que Lia fechasse a porta. Eu estaria definitivamente ferrado se continuasse encontrando aquele demônio nos lugares que eu frequentava.

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