𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐎

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 " Um grito silenciado, um coração partido, um medo que cresceu
O peso da culpa, como uma corrente que a arrasta. Noite após noite, ela encara seus demônios com raiva ardente
As lágrimas secam, a mente se torna uma fortaleza impaciente
Uma vida manchada pelo ato que ela nunca desejou " 

 Noite após noite, ela encara seus demônios com raiva ardenteAs lágrimas secam, a mente se torna uma fortaleza impacienteUma vida manchada pelo ato que ela nunca desejou " 

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— Você se culpa ? —  indagou Morrell, enquanto seus olhos perscrutavam a garota, cujo olhar evitava o seu, perdido em uma dança nervosa pelos cantos sombrios da sala. Ela parecia mergulhada em um oceano de pensamentos turbulentos, os quais se refletiam em cada linha tensa de sua expressão. Seus lábios, entreabertos, buscavam palavras que pareciam se esconder no recanto mais profundo de sua mente atribulada.

— O que ? — ela questionou, sua voz carregada de confusão e um leve tremor, enquanto seus olhos buscavam desesperadamente encontrar o significado por trás da pergunta de Morrell. 

— É bastante comum que pacientes enfrentando essa situação experimentem uma espécie de culpa. — explicou Morrell, sua voz suave carregada de compreensão, como se estivesse oferecendo uma âncora para a confusão e os sentimentos tumultuados da garota.

— Que situação ? — perguntou ela, ainda envolta pela névoa da confusão, sua voz carregada de incerteza e uma pontada de ansiedade. Seus olhos, agora fixos em Morrell, buscavam desesperadamente alguma pista, alguma indicação do que ela poderia estar se referindo

— O seu acidente. — Morrell respondeu suavemente, sua voz um sussurro carregado de cuidado e compreensão, como se estivesse estendendo uma mão para guiar a garota através das sombras que obscureciam sua mente. 

A garota dirigiu seu olhar cansado para Morrell, os olhos marejados carregando o peso de lembranças indesejadas enquanto ela lutava para conter a tempestade de emoções que ameaçava transbordar. Um suspiro profundo escapou de seus lábios trêmulos, como um último suspiro antes de mergulhar em águas turbulentas. Ela fechou os olhos lentamente, como se cada pestanejar fosse uma tentativa desesperada de afastar os fantasmas que assombravam sua mente. Por um instante, o silêncio reinou na sala, pesado e opressivo, como se o próprio espaço estivesse suspenso em antecipação ao desenrolar da cena. Cada detalhe ao redor parecia embaçado, obscurecido pela névoa de tristeza que envolvia a garota. O sol da tarde, filtrando-se pelas cortinas semiabertas, lançava sombras dançantes sobre o chão, enquanto o tic-tac monótono do relógio na parede ecoava como uma batida cardíaca irregular, um lembrete constante do passar inexorável do tempo. No momento em que seus olhos se fecharam completamente, era como se ela se transportasse para um lugar distante, um refúgio solitário onde as memórias dolorosas eram mantidas à distância. Era evidente em sua expressão abatida que ela estava lutando contra um turbilhão de lembranças, cada uma mais dolorosa que a outra. Era como se aquele dia fatídico estivesse gravado em sua alma, uma cicatriz invisível que continuava a sangrar, apesar de todos os esforços para contê-la.

— Suas memórias estão te atormentando — Murmurou Morrell, sua voz suave ecoando na sala como um lamento sutil.

Lua irrompeu pelo quarto como um raio de sol, seus passos ágeis e brincalhões ecoando pelo ambiente enquanto ela corria de um lado para o outro. Com um salto gracioso, ela alcançou sua blusa de frio, cuidadosamente dobrada sobre uma cadeira distante, antes de se lançar de volta para sua cama com um sorriso travesso no rosto. Suas mãos pequenas, mas determinadas, voaram sobre a mala aberta, fechando-a com uma determinação infantil e rápida. A blusa de frio deslizou sobre seus ombros, envolvendo-a em um abraço reconfortante que a fazia sentir-se pronta para qualquer aventura que o mundo pudesse oferecer. Seu rosto se iluminou com um sorriso radiante, uma expressão de pura alegria e antecipação enquanto ela contemplava o que estava por vir. Para Lua, essas viagens em família eram mais do que simples escapadas; eram momentos preciosos de união e felicidade, uma oportunidade de deixar para trás as preocupações do mundo e se perder nas maravilhas do desconhecido.

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐄𝐓 𝐀𝐒𝐒𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍 | ᵗᵉᵉⁿ ʷᵒˡᶠOnde histórias criam vida. Descubra agora