𝐈𝐌𝐏𝐄𝐂𝐀́𝐕𝐄𝐋 - 𝐒𝐄𝐒𝐒𝐇𝐎𝐌𝐀𝐑𝐔

Traição...

Era noite quando cheguei da faculdade e descobri que o homem que sempre dizia me amar, estava na nossa cama com outra mulher...

— Amor...não é isso que você está pensando. — O moreno diz se aproximando de mim, o desespero estampado em seu olhar.

— Queria poder acreditar que não fosse o que eu estava vendo... — Cruzei meus braços, a dor no peito e a vontade de chorar eram nítidas.

Nesse momento eu já estava fazendo as minhas malas, estava levando poucas roupas, aquelas que Naraku não havia me dado, e a mulher? Ela havia ido embora, apenas com suas peças íntimas, eu não havia dado nem meros minutos para ela poder se arrumar e sair, queria que ela saísse da minha frente, antes que algo pior acontecesse.

— Eu posso explicar, só quero que você me escute, por favor. — Ele se ajoelha na minha frente, tom de súplica em sua voz.

— Eu não quero mais saber, Naraku, eu vou embora! — Eu disse firmemente.

— Não, você não pode ir... — homem me segurou no braço com força me impedindo de sair. — Amor, isso não vai se repetir, eu prometo pra você...s-só me de mais uma chance. — Eu o olhei com lágrimas. Lágrimas de desprezo.

— Quantas vezes você já fez isso comigo hein? E não me chame de amor, não quero mais ter que acreditar em suas palavras mentirosas. — Eu me solto de sua mão pegando as minhas malas. — Eu já cansei disso, estou saindo da sua vida agora, e não me procure mais.

O homem não falou mais nada, apenas me observou sair dali, eu não deveria mais dar satisfação para ele do que eu iria fazer ou deixar de fazer, Naraku era passado agora, já não fazia mais parte da minha vida, eu queria ele bem longe de mim.

Apressadamente desbloqueio a tela do meu celular e procuro o número da Agome, minha melhor amiga, eu já sabia que ela me ajudaria nessa situação, isso já aconteceu e não foi uma das primeiras. Disco o número dela que começa a chamar e coloco o telefone no meu ouvido.

— Kitsune? Oque houve? — ela atende o telefone

— Eu não posso mais ficar com o Naraku, já dei tantas chances pra ele e ele nunca muda. — Eu falo com a voz embargada por conta do choro.

— Ah...amiga, estou indo te buscar, onde você está agora? — Ela pergunta.

— Eu ainda estou perto de casa, vem me buscar logo, não estou me sentindo bem. —  Eu respondo enxugando umas lágrimas que ainda estavam no meu rosto e encerro a chamada.

— Ei, minha querida, por que está chorando? — Um homem velho apareceu ali dando um sorriso enquanto analisava meu corpo de cima a baixo, que nojo.

— Não está vendo que tem um palhaço na minha frente me entretendo? — Eu o fitei sem paciência.

— Calma aí, relaxa. — Ele diz se aproximando. — Você é bem engraçadinha pra uma jovem mulher que está sozinha na rua com um homem como eu, então quem está em vantagem aqui? — Ele me prensa contra a parede.

— E por acaso você me conhece? — Eu perguntei tentando pensar em algo pra escapar daquele homem.

— Não, mas da pra ver que é bem fraca. —  Ele sorri me olhando e tocava no meu corpo com aquelas suas mãos sujas.

— Você é um babaca, me solta! —  Quando estava prestes a acertar minha bolsa na cara do homem, um carro branco de luxo com o vidro escuro se aproximou devagar.