Capítulo 6 ⸺ O nascimento de Margô.

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O plano de procurar os documentos do nascimento de Margô estavam traçados

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O plano de procurar os documentos do nascimento de Margô estavam traçados. João Santiago bateu duas vezes na lanterna para ela funcionar direito, pois as pilhas estavam enfraquecendo. Carlos Eduardo tinha uma reserva, caso aquela apagasse e Hiagão fez questão de roubar uma vela da capela para poder acender e não ter que ir no escuro. Miguel ainda estava pensativo, sentado na cama, ele olhava os garotos animados e esperando dar onze horas no relógio.

— Vocês querem mesmo ficar procurando esses negócios da Cenourinha? — ele andou de um lado para o outro. — Sério... Vocês estão mais preocupados do que ela com essa coisa de maternidade da freira Maria Alice.

— Ah, qual é Miguel! — disse Carlos Eduardo. — Temos que investigar, esse orfanato já é chato demais para ficarmos olhando para as paredes. Não acha?

João sabia que Miguel havia dito aquilo só por causa que não queriam que soubesse que ele se importava um pouquinho com Margarida. Lá no fundo, ele sabia... Mas, não tinha ideia de o porquê.

— Hmm, tem razão. — ele disse depois de um tempo. — Mas, o que vamos fazer se descobrirmos a verdade?

Os garotos se entreolharam.

— Acho que temos que decidir isso melhor depois que acharmos o documento. — Cadu falou em seguida.

— Se realmente existir algum documento... — falou João. Eles estavam tão certos que teria algo que nem esqueceram que aquilo também podia ser só uma suposição ou alguma rara coincidência.

— Você é muito pessimista, mas é claro que vai existir. — disse Cadu.

— A gente poderia passar na cantina pra pegar alguma comidinha antes? — comentou Hiagão, mas ninguém pareceu ouvir.

— Olha só, eu não quero estragar essa euforia toda, Cadu... Mas a gente tem que ser realista. — falou João. — E se a Margaria fosse filha dela de verdade, ela não seria burra de deixar um documento assim em qualquer lugar!

— Ela esconderia com sete chaves. — acrescentou Miguel. — Ah, que freira mais safada!

— Talvez não tenha nada... Mas, precisamos continuar investigando. — Cadu se sentou na cama, com a mão no queixo. — O negócio que elas conversaram na diretoria não me pareceu mentira.

— Pessoal, a gente poderia pegar uns pãezinhos pra levar pra diretoria? — Hiagão tentou perguntar novamente, mas foi ignorado.

— A gente acredita em você, Cadu. — comentou João. — Só que temos que ir devagar com essa história, ainda mais que iremos sair depois do toque de recolher pra conseguir alguma prova de nascença... Isso é perigoso.

— E eu não quero ajoelhar naquele milho ou levar reguada na mão de novo. — Miguel encarou os dois, com uma olhada mortal. — Espero que vocês façam silêncio lá fora!

— Gente... E se a gente pegasse algumas balinhas e-

— Cala a boca! — os três se viraram pra Hiagão em uníssono. O garoto se encolheu.

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