Capítulo 4 ⸺ O maligno atrás do lençol.

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Carlos Eduardo estava com o pé dolorido de ficar em pé na capela rezando, até que ele gostava de orar e quando seus pais ainda estavam vivos, ainda era religioso

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Carlos Eduardo estava com o pé dolorido de ficar em pé na capela rezando, até que ele gostava de orar e quando seus pais ainda estavam vivos, ainda era religioso... Mas, as vezes pensava que Miguel tinha razão. Rezar todo dia cansava muito. Ele pedia a Deus que algum dia pudesse sair dali e poder rezar o horário que quisesse com pais novos de verdade. O orfanato não era um lugar bom de se morar, ele nunca tinha se acostumado por completo. João, seu amigo, tornava as coisas bem mais fáceis de serem toleradas. Agradecia por ser amigo dele.

Ao terminar a reza, eles fizeram uma longa fila e foram um atrás do outro em direção ao orfanato. Era comum ouvir os sons dos pássaros esquisitos, Cadu morria de medo, não gostava nem um pouco. Além do bicho ser feio, era barulhento.

— De novo esses bichos! — ele reclamou para Miguel que estava do seu lado.

— Presságio de Morte, lembra? Algum de nós vamos morrer hoje a noite. — ele fez uma expressão sombria enquanto deixava a voz rouca. Logo riu, quando viu que Cadu havia ficado com medo. — Toma vergonha na cara, Cadu!

O amigo revirou os olhos e continuou andando. Ele não queria ficar muito tempo ali fora depois que escurecesse e as freiras estavam mandando entrar. Afinal, já estava infestado de mosquitos lhe picando, mesmo que tivesse passado bastante repelente. Ele odiava ficar no meio do mato.

Quando anoiteceu os garotos estavam dentro do quarto compartilhado, haviam quatro camas para cada um deles, um móvel onde pudessem guardar roupas — eles ganhavam roupa da caridade ou com o dinheiro da igreja — e uma cômoda pequena para cada, possu...

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Quando anoiteceu os garotos estavam dentro do quarto compartilhado, haviam quatro camas para cada um deles, um móvel onde pudessem guardar roupas — eles ganhavam roupa da caridade ou com o dinheiro da igreja — e uma cômoda pequena para cada, possuindo um abajur em cima. As luzes estavam apagadas, os amigos dormiam silenciosamente, pois já havia passado do horário de se recolher. O orfanato estavam em uma quietude absoluta. Dava-se para ouvir os grilos do lado de fora, pousando nas folhas e caçando insetos menores para devorar.

O relógio bateu às três da madrugada, João Santiago acordou de um pesadelo onde estava sendo perseguido por uma sombra negra, com o corpo todo suado e o coração acelerado. Ele raramente tinha pesadelos daquele tipo... Mas depois da história dos pais dos gêmeos, era possível que teria bastante durante as noites. Mesmo com medo e a adrenalina alta, ele sentiu sua boca ficando seca. Ligou o abajur para ver melhor, pois o quarto só estava sendo iluminado pela luz da lua cheia na janela. Assim que acendeu, ele reparou que seus amigos estavam dormindo e teria que pegar água sozinho.

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