Fantasmas do passado

52 11 0
                                    

Amanda POV

Andávamos pelos corredores cheios de teias de aranhas e insetos que andavam pelo local, assim como ratos. Apesar dos barulhos que os ratos emitiam, aquele lugar era silencioso, podendo ouvir somente os nossos passos.

Minghao: Sauron teria algo a ver com as mortes dos habitantes daqui?

Amanda: Quem necessariamente é Sauron?

Pergunto, olhando para trás, vendo o vampiro vir atrás de mim. Suas mãos estavam nos bolsos da calça que vestia.

Minghao: Sauron era um feiticeiro, foi ele quem criou os três colares. O verde, que permitia o usuário controlar mentes, o vermelho que permite pausar o tempo e o azul, que permite acelerar o tempo. Esses colares foram feitos para seus dois filhos gêmeos e para si. Era muito poder para duas crianças sem preparo físico e mental e controle dos poderes, infelizmente eles não aguentaram e morreram. Talvez seja essa a razão da sua infelicidade. Ele se entregou as trevas, entrando para uma seita, até então desconhecida. Eu acredito que ele tenha amaldiçoado a profecia.

Amanda: Então, Sauron provavelmente faz parte dessa seita. E se foi ele quem introduziu as pessoas daqui nisso tudo?

Minghao: Exatamente, isso que está na minha mente.

Volto a olhar para as paredes, que antes eram preenchidas por desenhos, agora podia ver palavras em latim.

Amanda: Não é tão lindo? O nosso deus nos salvou.

Leio o que estava escrito na parede, parando na frente da mesma. Mas que embaraçoso. Por que acham que um deus da morte os salvou de algo? Suspiro e volto a seguir o caminho pelos corredores. Pude ver ao longe uma porta fechada, a cima da entrada para o cômodo, podia ver em uma escrita bonita a palavra Oferendas em latim. Me apreço em me aproximar da porta, a abrindo. O lugar estava cheio de camas e as paredes pintadas em vermelho escuro. O lugar era simples e complementa livre de restos de corpos de qualquer ser vivo, mas ainda assim podia sentir um cheiro ruim de podridão e um ar frio por todos os cantos do cômodo.

Amanda: Talvez isso reforce a teoria de que para o povo, ser uma oferenda era uma dádiva.

Minghao: A cada coisa que descobrimos desse lugar, fico mais embasbacado com a maluquice de vocês humanos.

Amanda: Nós humanos, não. Nunca que me sacrificaria para um Shinigami. - Digo seguindo o vampiro para dentro do cômodo. -

Minghao: E se você fosse ensinada desde pequena que esse é o seu propósito na terra?

Me viro para trás, vendo o vampiro segurar um caderno em mãos. Me aproximo dele, vendo algumas coisas escritas no mesmo.

Minghao: Parece que Jeon Mari não estava de acordo em ser sacrificada.

Ele diz me estendendo o caderno, que ao pegar, posso ver uma caligrafia bonita e palavras feitas com tinta vermelha. Começo a ler a primeira página de seu diário.

24 de maio de 1909.

Querido diário, hoje tive uma conversa séria com minha mãe. Ela me dizia que meu futuro já estava decidido e que nesse futuro não poderia sentir dor, sofrimento e que nada de ruim poderia me acontecer. Ela me disse que eu estarei ao lado do Imperador Das Trevas e que onde ele vive, tudo é melhor. Ela também me disse que é uma honra para ela ser mãe de uma filha que se tornará uma oferenda... Não gosto de ser uma oferenda, todos me olham de um jeito diferente, os servos se curvam para mim e me tratam tão diferente dos outros. As vezes penso em fugir daqui, mas se eu negar meu futuro e fugir, eles vão me achar de qualquer maneira e me farão de oferenda da mesma maneira, só que depois de ter sido torturada.

𝑇𝐻𝐸 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝑌Onde histórias criam vida. Descubra agora