𝑇𝐻𝐸 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝑌

Afogando em águas rasas

Sofia pov

Seguimos senhor Gelong até a sala de meditação. O caminho todo foi silencioso, ninguém ousou dizer nada. Quando finalmente chegamos a sala, posso ver uma sala aconchegante, havia alguns travesseiros para se sentar no chão e duas paredes, uma da frente e a outra do lado esquerdo, eram de vidro, o que permitia ver o lado de fora. Seguimos até a sala e cada uma senta no Futon.

Gelong: Primeiro, precisam sentar em postura reta. - Sigo o que ele disse. - Agora, fechem os olhos e respirem e inspiro devagar!

Faço o que o homem diz. Fecho meu olhos e respiro e inspiro devagar. Fico fazendo aquilo por alguns minutos, até ouvir Gelong se pronunciar novamente.

Gelong: Vamos nos imaginar em um lugar calmo. Estamos agora na praia, as ondas vai e vem, podem ouvir o vento bater em seus rostos e o barulho das ondas se quebrando. - Começo a me imaginar no lugar escolhido. - Tudo está calmo onde vocês estão. Nesse momento vocês estão se sentindo em paz consigo mesma... Podem alcançarem memórias boas... Memórias que queiram lembrar.

Posso me ver correndo em um jardim bonito. Me via no quintal de uma casa muito bonita. Corra até duas pessoas, uma mulher e um homem. O homem me pega no colo e me gira no ar.

Sofia: Papi! Podemos ir na lanchonete?

Pai: Claro, meu amor! - O homem me coloca no chão. -

Sofia: Eu vou pedir um lanche bem gostoso.

Mãe: Qual?

Sofia: O meu preferido. Quero o meu preferido. Mom, eu poderei ir com meu vestido preferido?

Mãe: Pode... Já que vamos sair, que tal irmos nos arrumar?

Sofia: Isso, vamos mom!

Digo começando a correr até a entrada da casa. Não demorou muito para eu estar pronta. Estava com o mesmo vestido branco que sempre me vejo em meu pesadelos.

Sofia: Mom, papi! Tô pronta, vamos?

Digo enquanto ando pela casa.

??: Desculpe, senhor Gelong... A senhora de mais cedo precisa do senhor.

Abro meus olhos após minha concentração ter sido rompida. O que era aquilo? Sempre tenho pesadelos sobre meus pais, mas desta vez tive algo bom deles...

Gelong: Bom, meninas... Terei que deixar as duas sozinhas por um instante. Tudo bem para as duas?

Sofia: Sim, senhor.

Gelong: Já volto!

Ele diz se levantando do Futon e seguindo até a saída. Olho para o meu olho, vendo Amanda parada em seu lugar.

Sofia: O que viu? - Ela me olha e então sorri. -

Amanda: Meus pais.

Sofia: Eu também vi os meus... - Sorrio. - Isso é tão legal, parece ser até uma hipnose.

Amanda: Acredita em hipnose?

Sofia: Acredito em qualquer coisa que me faça lembrar da minha vida antes de ir para o orfanato.

Ela confirma e então desvia seu olhar do meu. Olho para a frente, vendo o lado de fora pelo vidro. O lugar era lindo, dava para ver o jardim daqui. Ouço um barulho alto, então olho para a porta, que foi fechada com violência.

Amanda: Relaxa foi o vento!

Ela diz se levantando e indo até a porta. A vejo levar sua mão até a maçaneta e a girar, mas nada acontece.