Mente Diabólica

Capítulo 1 - Rua 101 (São Paulo)

_Vejam como as ruas ficam frias quando eu passo por cada uma delas , ninguém para ver, ouvir e pronunciar a palavra "morte", são minhas regras, ninguém pode me parar. Te darei uma sova tão rápido que te deixarei na sarjeta, agora imagine que você vai fazer uma viagem a um mundo maravilhoso, ao invés de doces, terá enxofre, no lugar de geleias e sorvetes, você terá fogo!.
-Do que você está falando? Me tira daqui!
-Não adianta latir, ninguém dá a mínima para os vermes de ruas, logo você verá que eu sou incontrolável.
-Isso é gasolina? Me tira daqui, porra!
-quanto mais você implorar, mais o fogo vai arder e queimar.
-ahhhhh!!
-Gostou de ver seu amante queimando? Prostituta de merda!
_O que você quer de mim?! Me deixa ir!
_Está bem! Corra, antes que eu mude de ideia.
A prostituta consegue se soltar e sai correndo e mancando, ela disse algo como "psicopata" enquanto corria.
Uma arma é mirada e dispara uma bala na nuca dela, a mulher cai de cara para o chão.
_Ainda continua me chamando de Psicopata? Cuidado com o que você disse, você está obviamente certa. Você me fez fazer isso!.

Há sempre alguém que nos observa, mesmo que você seja um Psicopata, um político ou até mesmo uma pessoa insignificante. Nunca se esqueça disso...
Já ouviram falar que "os olhos são as janelas da alma"?...

_Querida, ainda não está na cama? Feche a janela, já está tarde e amanhã você tem aula. Vamos!.
_Sim, mamãe!.
_ O que tanto olhava, filha?.
_Nada mãe, apenas alguém brincando de polícia e ladrão.
_Você tem uma mente fértil e tanto, querida. Boa noite, quero vê-la dormindo!.
_Está bem! Boa noite, mãe.

Luzes se apagam...

São Paulo, tem um lado Belo e paisagístico, mas nas ruas mais escuras, o medo penetra a alma de quem passa por alguns locais da grande Metrópolis. Sabemos que o mal não tem horário e nem data marcada, basta apenas um lugar, uma brecha, e na Avenida 101, ou bairro e Rua 101, sempre algo de horripilante acontece. Resumindo, qualquer local com essa numeração. Já sei que notaram o número "101", vamos guardá-lo na memória, é apenas um "número", mas os acontecimentos nessas áreas as pessoas chamam de "zona da morte" ou "boca do diabo".
Na delegacia de polícia civil, investigamentos estavam sendo feitos a respeito do assassinato lá no Bairro "101" que tinha acontecido a três semanas atrás, mas nada de pistas do suspeito, seja lá quem matou deve ser muito esperto ao ponto de não deixar nenhum rastro para trás. A polícia haviam encontrado apenas dois corpos no local, fizeram a perícia e descobriram que os dois cadáveres carbonizados  cheirando a churrasco, eram um corpo de uma mulher com mais de 40 anos e o outro corpo era de um homem com mais de 50. Mas o investigador de polícia, Mike, seu nome completo Mikael Silva Braga, 32 anos com  uma boa pinta e bonitão, super inteligente nas áreas de crimes e em pesquisas sobre corpos, ele era muito  bom também em lutas marciais, físicas e ótimo em resolver casos bastantes complicados. O que mais lhe intrigava , era que esse não foi o primeiro caso de carbonização de corpos encontrados pelo departamento de investigação,   tinham mais crimes e assassinatos dessa mesma espécie, e sempre um dos cadáveres de gênero masculino queimados tinham sempre suas cabeças cortadas. O pior era que a polícia não sabia por onde essas cabeças estavam, a primeira hipótese era que só podiam estar enterradas, mas para formar a segunda hipótese ou a terceira, teriam que trabalhar duro. Mike será capaz de encontrar o assassino ou assassina?.
Com seus olhos castanhos grudados nas fotos tiradas pelo senhor Antônio Meireles, um senhor com 58 anos de idade que usava óculos e era bastante respeitado pelo departamento de investigação, apesar de ser o parceiro de Mike, era um investigador  excelente.

_Sr.Meireles, as fotos não revelam absolutamente nada do que queremos, só estão apenas os cadáveres, cinzas e um garrafão de gasolina vazio. Mike franzio as sobrancelhas.
_Eu apenas tirei o que estava em cena, achas que o assassino ou psicopata, apareceria do nada na foto?!. O Sr. Meireles fala em um tom rouco e irônico.
_Precisamos encontrar mais pistas, nós já fomos naquele bairro uma centenas de vezes, falamos com as pessoas que moram naquele local, até com moradores de ruas, e nada! Apenas o que encontramos foi os corpos que estavam ainda pegando fogo. Tenho a sensação de que ainda falta algo. Mike fecha o seu notebook com pesquisas e observa as fotos com calma.
_Tem a casa de esquina da rua 101, a gente ainda não interrogou as pessoas que moram lá, a dona da casa não queria ser interrogada.
_Então, devemos ir o mais depressa possível! Vamos, senhor Meireles!. Mike se levanta em uma postura eufórica.
_Ohhh! Santo Deus! Devo me aposentar o quanto antes.  Disse Meireles ofegante.