Capítulo 2 - " O bicho papão" quer a criança.

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Dia seguinte depois do homicídio...

O mal sempre quer algo em troca, mesmo que o sujeito não tenha a menor intenção de negociar com ele, e o pior ainda é quando você não tem opções de decidir, o único jeito é jogar o joguinho da "criatura" e escolher o  seu próprio lado também. Não devemos brincar com a "mazela", cedo ou mais tarde ela baterá na sua porta e te causará ferimentos mortais, e inclusive, fazer punições a quem mais amamos.
Luciana estava vindo do trabalho para sua casa, pegou um ônibus lotado, ela sempre saía umas seis horas e chegava na sua residência quase sete horas. Mas nas ruas e nos becos do "bairro 101", eram muito esquisitos e escuros mesmo em um horário mais cedo, a pobre mulher estava com um pouco de medo e o pior ainda, ela sentiu que algo estava a observando ou lhe perseguindo, dava uma ou duas olhadas para atrás e não via ninguém, mas depois começou a ouvir passos, ela acelerou mais sua caminhada, então de repente alguém a pega pelo braço com tanta força que Luciana quase caiu no chão. Ela arregala os olhos e treme de medo quando a "criatura mascarada", está atrás de suas costas e com uma faca em sua garganta e sussurrou algo nos ouvidos dela "Calada ou eu te mato", seja lá quem era, deveria ser uma espécie maligna, depois tinha levado Luciana para uma parede em um beco quase escuro só apenas com uma luz lúgubre amarelada para iluminar todo o local.
_Quem é voc... você?! E o que você qu... Quer?!. Luciana gaguejava e sussurrava.
_Me chame do que quiser, e também dependerá de como você irá sair daqui e lembrará de mim!. Disse a criatura com uma máscara aterrorizante.
_Eu sou uma pessoa de bem! E eu não sei o que fiz! O que diabos você quer de mim?! Perguntou Luciana com lágrimas escorrendo por suas bochechas.
_Eu sei que a sua filha viu o meu rosto, e fui eu quem deixou aqueles dois presentinhos para a polícia ontem a noite!.
_Então foi você quem matou aquelas pessoas?! E o que tem a ver minha filha com isso?!.
_Sabe qual é o meu lema?! Eu não deixo rastros e incluindo testemunhas, sua maldita filha me viu pela janela.
_Eu te imploro! Deixe minha filha e eu em paz! Ela não sabe de nada, é apenas uma criança. Luciana pede se ajoelhando diante da criatura mascarada.
_Será que a Emilly adoraria que minha pessoa fizesse uma visitinha a ela? O que acha, Lucinha?.
_Deixe minha filha em paz!. Luciana fala gritando.
A criatura pega Luciana pelos cabelos e arrasta a pobre mulher mais para o fundo do beco, lá o terror acontece! O que definia esse ser é: um "demônio" em "carne e osso". Com uma faca muito afiada na mão esquerda, a "criatura" não pensou duas vezes antes de fazer sua "arte" no braço de Luciana, a coitada era furada e o sangue se escorria do corte, depois disso a "criatura mascarada" ainda tinha a audácia de lamber o braço com sangue da pobre mulher, e disse algo como, "seu sangue é saboroso" e fazer isso me deixa " excitadamente feliz". A "Mazela" ouviu como se fosse passos de pessoas na rua e resolveu fugir, mas ainda disse...
_Isso ainda não acabou, e se você contar o que acabou de presenciar hoje, sua filha já era!. E aquilo some na escuridão...
Um senhor e uma senhora estão passando, mas ela resolve se esconder e esperar que aquele casal não a veja, mas por sorte eles passaram direto e entraram em um beco. Então ela se apressa e resolver andar mais rápido.
Luciana se sentia horrivelmente assutada junto a todos os tipos de emoções ruins que uma pessoa pode adquirir,, o que ela mais sentiu foi "nojo" e "revolta", ela se levantou cambaleando e vai até um lugar mais claro para ver seu ferimento, não parava de sangrar e depois olhou dentro de sua bolsa e lá tinha um lenço, ela conseguiu amarrá-lo em volta da ferida e estocar o sangue. Chegando quase perto de sua casa, a esquina ao lado ainda tinha alguns policiais no local do assassinato, Luciana se desesperou, mas ela foi esperta e colocou a bolsa um pouco mais na frente do braço e já que a rua era um pouco escura, não dava muito para enxergar seu braço ferido...
_Boa noite, Luciana!. Disse um senhor com uma câmera pendurada no pescoço.
_Boa noite, senhor Meireles!.
Luciana abre a porta e entra em sua casa, não tinha ninguém na sala, nem na cozinha, ela começa a ter ataques de pânicos, e por fim, quando ela vai subindo as escadas com um desespero, ela vê Daniela que é babá e Emilly no quarto assistindo, e Luciana fica aliviada.
_Mãe! A senhora trouxe os pães de queijo que eu pedi? Emilly dá um salto e abraça.
_Porque a senhora está tão pálida? Parece que viu uma assombração. Disse Daniela dando risadas.
_Não seja engraçadinha!.
_mãe, a senhora está ferida?. Emilly arregala os olhos.
_Eu caí na rua e me ralei, filha.
_Meu Deus, Luciana! Vai logo tratar e limpar isso.
_Bom, aqui está o seu pão de queijo, e você pode pegar alguns e ir para casa.
_Obrigada! Tenho que ir na casa do meu namorado.
_Ainda namorando aquele cara, o Tiago drogado?
_Ele está se tratando!. Daniela fala como se fosse algo novo.
_Seu namorado deve ser um caso perdido! Disse Emilly.
_O que disse?! Daniela cruza os braços  e arqueia uma sobrancelha.
_Minha mãe disse que ele foi preso por roubo e depois soltaram ele.
_Menina, olha a língua! Desculpe Daniela, essa pirralha fala demais!.
_Sim, eu percebi, bom, até mais, garotas! Então, Daniela vai embora.
_Não sei o que ela vê naquele garoto anêmico! Emilly faz uma cara de nojo.
_Quem vai entender os gostos das pessoas, filha?.
_Sim. Mãe! A senhora não vai limpar isso?.
_Já estou indo, agora vá para a mesa que depois vou servir o jantar.
No banheiro, Luciana está de frente para o espelho olhando aquele corte que ainda sangrava, ela pega curativos e alguns analgésicos para dor e enfaixa o braço. Depois disso, Emilly e ela jantam, e durante o jantar, a mãe aproveita para comentar a real do que tinha acontecido com ela para sua filha.
_ Você comentou com alguém do que viu ontem a noite, filha?.
_Não, mãe! A senhora hoje de manhã foi bem clara comigo.
_Eu tenho que te dizer a verdade para você, minha querida, Está vendo meu braço. Luciana mostra o braço para Emily, a troca de olhares assustados das duas Já tinham falado por elas.
_Me desculpa, mamãe!. Emilly saí de sua cadeira chorando para abraçar a mãe.
_Tudo bem, filha! O pior é que eu tenho medo...
_Do que...
_Daquele negócio vir aqui e te fazer o mal, tenho medo do que aquele negócio pode fazer contra você!. As coitadas estavam chorando.
_A senhora conseguiu ver quem era?.
_Eu não consegui ver porque aquela criatura estava com uma máscara hoje, não entendo o motivo daquilo querer vir te pegar.
_Eu tenho medo que aquela peste possa te matar, minha filha, de hoje em diante, você não ficará mais em casa sozinha, depois dá escola vou te levar para o meu trabalho, a casa dos meus patrões.
_Eles me deixarão ficar lá com a Nina, mãe?
_Irão sim! A gata não será um problema, eles são pessoas descentes e boas, principalmente a filha, a herdeira deles, mas ela não mora na mansão, mora sozinha em outra casa. E também ela é investigadora de polícia.
_Como uma mulher tão rica, é policial?.
_Acho que é a humildade que há no coração dela, minha filha.
_Aposto que ela deve ser bastante legal.
_Sim, ela é muito inteligente e esperta, acho que pedirei para ela nos ajudar.
_Mãe, preciso de contar uma coisa que não contei antes...
_o que é?.
_Aquela "criatura" que eu vi tem uma tatuagem no braço direito, na verdade, é bem mais pior, mamãe! Eu vi aquela coisa por completo!.
Nessa hora, Luciana fica pálida e com medo.
_Então, você sabe como a "criatura maligna" é? Luciana olha nos olhos de Emilly consternada.
_Mãe... A menina dá uma pausa no que iria dizer.
_Fale!
_Eu tive medo da maneira de como aquilo olhou para mim, mãe! Os olhos eram belos e bonito, a cor parecia o céu e o oceano.
_Espera um pouco... Você viu tudo?! Perguntou Luciana com os olhos arregalados.
_sim mamãe!
_Minha amada, você está em sério perigo! Ela coloca as mãos no rosto de horror.
_Bom, mamãe, eu ainda não consegui acreditar no que vi... A tatuagem era como se fosse uma "rosa dos ventos" no braço direito.
_Uma "rosa dos ventos"?. Luciana ficou curiosa.
_Sim! E o pior é que eu vi a pessoa por completo, vi seu rosto, ainda me lembro.
_Santo Deus! Não diga nada sobre isso a ninguém, finja que não viu nada!.
_Entendido!
_Diga para mim, filha, era um homem ou uma mulher?!...

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