December

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O inverno se iniciava, trazendo a neve e as típicas baixissimas temperaturas com ele, mas apesar da depressão que os dias congelantes e nublados causavam em algumas pessoas, os membros da família Maximoff estavam muito bem e felizes pois o que não faltava era o imenso amor que tinham um pelo outro.

O espaço era apertado e isso não se podia negar, mas Wanda e Visão não mudariam nada. Dormir em cama compartilhada com os filhos era o que eles mais amavam fazer, apesar de suas implicações como perda de espaço e os chutes fortes que Tommy dava ao mexer as perninhas quando dormia.

Visão dormia virado de lado, voltado para Tommy, com seus braços postos ao redor do pequeno e frágil corpinho dele. Sendo abraçado por seu papai, Tommy dormia de barriga para cima, com o rostinho virado para Visão, e o mantinha próximo ao rosto dele.

Seus bracinhos estavam abertos em posição "cristo redentor". O direito passava pelo pescoço de Visão e sua mãozinha direita estava no rosto de seu papai, tocando a bochecha dele. Tommy ainda segurava na mãozinha direita de Billy com a sua esquerda.



Billy dormia virado de lado, de frente para Tommy e para seu papai. Estava envolto nos braços protetores de sua mamãe e estava de costas para ela e de frente para seu papai, Tommy e Faísca. Com o bracinho direito estendido, Billy segurava na mãozinha esquerda de Tommy e mantinha sua mãozinha esquerda próximo à boca, com seu polegar nela.

Wanda dormia com Billy em seus braços e exalava o gostoso cheiro de camomila do shampoo infantil com o qual ela e Visão lavavam os cabelos dos bebês. Junto dela e de Visão, além de Tommy e Billy, também estavam seus bebês peludos, Faísca e Nahla.

O inverno estava prestes a começar e a pobre Nahla ainda era traumatizada por ter sido abandonada em meio à neve quando ainda era bebêzinha, apesar de que sempre seria a bebê de Wanda, que amava colocar lacinhos coloridos, roupinha e colar bindis na cabecinha dela, o que a pequena amava.

Logo que se deitaram, Nahla não se conteve e se meteu por debaixo dos cobertores de um jeito apressado, temendo passar novamente o frio extremo de menos cinco graus sobre o qual foi submetida quando Visão a encontrou, encolhidinha e tremendo dentro da caixa de sapatos, e nem ele e nem Wanda tiveram coração de tirar Nahla dali porque sabiam que ela sentia que estaria protegida assim e queriam fazer tudo o que pudessem para que a cadelinha ficasse o mais confortável e sem medo possível. Nahla estava em casa, com a família a qual ela fazia parte, que a amava muito e que jamais a abandonaria.

A cadelinha acabou por ficar assim mesmo, com a cabecinha encostada na barriga de Wanda, e dormia tranquila, protegida e aquecida junto de seus papais, seus dois irmãozinhos humanos e de seu irmãozinho peludo, Faísca, sabendo que ainda teria sua família e casa quando despertasse de manhã.

Por falar em Faísca, ele dormia virado de lado, entre Billy e Tommy, como se esperasse que um deles o abraçasse. Faísca vestia um pijaminha azul, que o protegia do frio, mas ainda sim Visão o cobrira antes de adormecer e somente a cabecinha dele estava de fora dos cobertores.

Eram duas e meia da manhã quando Tommy acorda. Ele solta a mãozinha de Billy e rola para cima de seu papai, subindo encima e colocando suas mãozinhas gorduchas no rosto dele, e fica com o rostinho bem próximo ao rosto de seu papai.



-Da da da



Sonolento, Visão abre os olhos e se depara com o filho mais velho em seu peito, com o rostinho próximo ao dele, e com suas mãozinhas postas em seu rosto. Ele passa os braços ao redor de Tommy, temendo que ele caísse.



-Ei gordo... - com a voz bem rouca e sonolenta, Visão sussurra e toca no narizinho de Tommy, que sorri. Ele sorri de volta e então olha para o lado e vê que Billy e Wanda ainda dormiam. Ele olha para Tommy novamente e seus olhos se encontram com o par acizentado do filho mais velho sobre ele, o observando atentamente.



Depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora