Capítulo 29

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TESSA

Entrei no carro toda sorridente e emocionada. Eu já amava aquela bolinha dourada em meus braços.

- Ele é lindo, não é? - Perguntei toda boba.

- Você gostou mesmo?

- Sim, acho que esse bebê é uma das melhores coisas que você poderia me proporcionar. Agora eu sou mãe de pet e você é o pai. - Divertimento surgiu em seus olhos.

- Eu sou o pai?

- Claro que é. - Coloquei o cinto e me encostei no banco. - A Stella ficaria chateada se soubesse que você rejeitou esse lindinho. - Levantei ele nas mãos e ele soltou pequenos latidos alegres.

- Você acha que dá para passar no veterinário ainda hoje? - Questionei.

Ele era muito novinho e eu queria ter a certeza de que estava tudo indo bem. A Rebeca me deu um pacote da ração que ele costumava comer e disse que mesmo que o veterinário já tivesse visitado ele há semanas atrás, seria ótimo levá-lo para ter certeza.

- Eu não sei se você conseguiria levar o mini Scott para o veterinário, sem ter marcado antes, você não acha? - Meus olhos brilham com a menção do “ mini Scott ”

É isso!

- O nome dele vai ser Scott. - Hardin me encara por alguns segundos. - Não é por você idiota. - dou um leve soco em seu braço. - Scott é um nome forte e bonito como ele.

Hardin ri com minhas palavras e eu sei que ele acha que o nome é por ele, e foda-se, talvez seja mesmo. Afinal é só um nome, não é?

- Isso não é fofo? - Aponto para os brinquedos na prateleira.  - Qual você quer Scott? - O coloco no chão e aproximo cinco brinquedos esperando que ele escolha pelo menos dois.

Scott olha atentamente para cada uma deles e com a patinha direita movimenta o brinquedo maior e logo depois junta o escolhido com outros dois, mostrando que quer levar os três.

- Ele quer os três. - Afirmo e Hardin me abraça por trás, beijando a minha nuca.

- Como você sabe?

- Você não está vendo? Ele aproximou os brinquedos e demostrou interesse e curiosidade por eles.

Pelo menos era isso que eu via.

- Agora precisamos procurar uma caminha para ele. - Sai de seus braços e peguei Scott.

Hardin entendeu o recado e pegou os brinquedos do chão, colocando no pequeno sexto, onde eu já tinha colocado alguns itens para as refeições do Scott.

- Eu não quero estar aqui pra ver quando você for mãe de crianças barulhentas.

- Isso só vai acontecer daqui há dez anos, então você não precisa se preocupar. Espero ter mais dinheiro para dar aos meus filhos tudo que eles quiserem e mostrarem que merecem.

Me perdi no momento que a conversa sobre cachorros foi parar em um diálogo sobre os filhos que pretendo ter no futuro. Tenho muitos anos para me adequar mais ao pensamento do que quero. E é óbvio que quero ter filhos, mas essa conversa parece ter se iniciado cedo demais.

- Então você pretende ter muitos filhos? - Não consegui identificar o tom de sua voz e muito menos consegui identificar a sua expressão.

- Talvez uns cinco. - Revelo a minha vontade.

Amo crianças e nunca vi problema em demostrar a minha vontade para as pessoas, mas Hardin me olha estranho e se eu pudesse voltar no tempo para desviar do rumo dessa conversa, eu juro que faria.

Se Você Me AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora