Capítulo 36

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TESSA

Pode conter gatilhos!

Em especial eu era tola por achar que tinha me livrado. Tanto tempo fugindo de Perry e agora ele mesmo fez questão de mostrar que não importa o quanto eu tente, ele sempre estará na frente. Tantas mentiras e fingimento só para as coisas saírem do controle em um dos meus piores momentos.

Naquela noite, eu desmaiei depois de ter consumido metade de uma garrafa de vodka e fiquei doente depois de ter tomado banho até machucar meu corpo. Implorando para que a sensação de sujeira saísse e me permitisse estar bem, mas nada me preparou para o momento em que hardin me entregou o celular.

Eu me sentia sufocar. Como se uma mão apertasse o meu pescoço e me matasse aos poucos, e no fundo eu queria que aquela agonia me permitisse não estar ali. Um pensamento tenebroso que me apavora, como o que vejo em minha frente.

Prendo a respiração enquanto deslizo o dedo pelas fotos e me reconheço nelas.

Solto um grito alto demais, o que também me assusta.

- De onde-onde...

Não pode ser eu.
Não pode ser eu.
Não pode ser eu.
Não pode ser eu.
Não pode ser eu.

Hardin se aproxima e em pânico a única coisa que faço, ainda segurando o celular em minha mão é bater em seu peito para que ele não chegue perto.

Grito de desespero e não tenho controle dos sentimentos ruins que me inundam.

Eu estava deitada na cama, apenas de short e cobrindo os seios com as mãos.
Perry estava ao meu lado, passando a mão em sua ereção. E nas outras ele estava encima de mim, naquele ângulo parecia que ele estava...

Ele armou para mim.

Minhas mãos tremem ao erguer o celular e passar o dedo na tela vendo que tinham mais algumas fotos e por último uma mensagem de Perry dizendo que durante o tempo todo em que eu estive com hardin, era na cama dele que eu me divertia. Era na cama dele que eu era a puta que ele sempre disse que eu era.

Mas eu não era. Não posso acreditar que sou e odeio ver que hardin também pode me ver assim.

- Não. Não. Não. Não. Não. - É o que sai da minha boca enquanto deixo o celular cair no chão molhado, e o pânico toma conta.

Meu corpo estremece e eu passo minhas unhas fortemente em meus braços para que aquele sentimento se desfizesse.

- Ei, não faça isso. - Afasta minhas mãos do meu próprio corpo e me olha nos olhos.

- Não. Eu-eu... Aí meu deus. - Tampo meus ouvidos e me encolho com vontade de sumir.

- Isso é mentira, eu-eu...

- Vocês transaram, Theresa? 

Ele não pode acreditar nisso.

Não foi assim.

- Eu não transei com ele. - Meu corpo treme ainda mais e eu faço de tudo para não me estabanar no chão ao dar alguns passos para trás.

- Você estão em uma cama. Como eu vou acreditar que vocês não treparam quando estávamos juntos? Você mentiu, Thereza. Isso é nojento.

- Por favor, para de falar! - Aperto as mãos nos ouvidos.

Por favor!

As mãos de Perry tocam meu corpo mesmo ele não estando aqui. Minha mente traiçoeira me faz sentir o horror de acreditar que ele está por perto. Em algum lugar de Chicago existe um Perry rindo da minha infelicidade.

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⏰ Última atualização: Jul 20, 2023 ⏰

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