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Boa leitura


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Taehyung abaixou a cabeça envergonhado com a atitude de seu melhor amigo. Havia combinado de encontrá-lo no refeitório para o café da manhã, mas acabou ficando constrangido por causa das reações escandalosas de Park. Era o segundo dia ali e, mesmo assim, já tinham pessoas que os olhavam torto porque o melhor amigo estava sempre reagindo de forma muito exagerada. Quando Kim lhe falava que deveria se acalmar, Jimin retrucava, dizendo que era por causa das emoções que ele não tinha, que sentia pelos dois.

Park era um garoto extravagante desde pequeno e, no começo, era difícil para Kim acompanhar toda a sua empolgação, já que ele era uma pessoa quieta e tranquila, mas, com o passar dos anos, ele se acostumou, mesmo sabendo que estar perto do amigo significava receber olhares de reprovação das pessoas que estavam no mesmo espaço que eles.

Tendo pedido a Jimin pela décima vez naquela manhã para se conter, eles finalmente conseguiram terminar a refeição em paz. Depois do café da manhã, Taehyung foi para seu quarto porque sentia-se cansado, enquanto Park disse que também precisava arrumar suas roupas, que ainda estavam dentro da grande mala que trouxera de casa.

Com a ducha tomada, Kim também arrumou o resto de suas roupas, que havia deixado de lado antes de encontrar seu amigo, e se jogou nos lençóis macios de sua cama. Naquele dia, ele se sentia mais cansado do que o normal, pois o dia havia sido bastante agitado desde que acordara. Ainda não era hora do almoço e Taehyung já havia visitado todo o prédio da Administração e guardado todos os seus pertences que estavam nas duas malas. Normalmente para jovens da sua idade o que ele havia feito aquela manhã não era nada e o achariam fresco por se sentir cansado após poucas tarefas, só que ele não era como os outros jovens.

A verdade é que Kim podia ser considerado uma pessoa especial, não por causa do dinheiro da família, mas porque ele era alguém doente. Muito doente. Quando era criança, sofreu um acidente de carro muito grave que quase o matou. A verdade é que ele tinha tido a sorte de um em um bilhão. Foi também nesse dia que ele perdeu seu coração. O acidente causou danos profundos em seu órgão vital, fazendo com que ele parasse de bater. Kim agora fazia parte do 0,5% da população mundial que usa um coração mecânico. A única solução que o médico particular de Kim encontrou até que a criança conseguisse um coração compatível com seu corpo e, mesmo que conseguisse, não havia certeza de que seu corpo aceitaria outra substituição. Poderíamos dizer que essa criança não nasceu com muita sorte.

Assim, desde muito jovem, ele tinha de ir ao médico uma vez por semana para fazer exames, nunca mais participou de nenhuma atividade esportiva, foi proibido de brincar na neve como as outras crianças, de beber refrigerantes ou qualquer outra bebida que acelerasse o seu coração e até de fazer passeios com a escola.

Race for a Fake Heart || TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora