Proposta

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Bem vindo ao capítulo dois, eu agradeço novamente quem tem lido essa história. Mas bem, esse papel de parede é feito por um artista chamado banishment no Alphacoders, ele faz muitas artes lindas de cenário, recomendo que passem em sua conta.

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Muitos dizem que no campo você pode encontrar paz, talvez seja verdade. Em ver os campos verdes enquanto a carruagem anda me sinto por um segundo em paz, como se o que fosse por vir não fosse nada apenas um sonho ruim... Mas isso é apenas um pensamento de sonhador, na verdade toda essa situação seria considerada de sonhador, não?

- Pensando em quê? - Hikari pergunta, dessa vez trajada com uma roupa digna de uma jovem da nobreza, mostrando seus status, mas simples o suficiente para não ser considerado algo exacerbado. Seu olhar é um de preocupação, talvez ainda esteja tendo dificuldades de acreditar no que eu contei para ela mais cedo sobre eu ter vindo de outro mundo, não a culpo sendo sincero.

- Na academia, em planos para ela especificamente. - Respondo ajustando minha posição no banco da carruagem, a roupa de nobre que eu trajava não era incômoda, pelo menos não mais, virou uma segunda pele a esse ponto da minha vida, mesmo que eu desgoste um pouco desse pensamento, não quero deixar meus status subir a cabeça, não quando tenho muita coisa para resolver.

Um silêncio se instala após a minha resposta, o sol se pondo era até bonito, seria alguns dias de viagem até chegarmos na capital Imperial, mas pelo menos temos a visão das terras que eu nunca me canso. Hikari parece pensativa, a mesma começa a enrolar uma de suas mechas em seus dedos, como se estivesse ponderando seriamente sobre um assunto, eu não vou pressiona-la a acreditar em mim, eu sei o absurdo que propus.

- Digamos... Hipoteticamente que o que você me disse é verdade. - Hikari começa a falar de forma hesitante enquanto seu olhar vira para mim, nós estávamos sentados no mesmo banco, apenas em cantos opostos dele, cada um em uma janela se preferir. 

- Hipoteticamente? - Eu pergunto olhando-a em dúvida, não sei se eu sou o louco por questionar a chance que ela parece estar dando ou ela é a louca por me dar essa chance.

- Hipoteticamente, sim. - Ela concorda fechando um pouco a cara, Hikari odeia que as pessoas façam remarcações óbvias em sua presença, ela acha uma atitude idiota e ela sabe que eu faço com ela apenas para ver essa cara dela, por isso a mesma só fica com a cara mais fechada que o normal, acho que irmãos nunca mudam, mesmo que seja em outra vida e você nunca tenha tido um na primeira. - Como você provaria isso para mim? - Ela pergunta de uma maneira até cirúrgica retirando a cara fechada para uma séria enquanto me encara diretamente nos olhos, a única coisa que consigo ver em seu olhar é julgamento.

- Isso é simples, eu vou te dizer três coisas que irão acontecer no primeiro dia agora e se acontecer você não vai ter mais motivos para não acreditar, não? - Pergunto vendo Hikari apenas confirmar com sua cabeça para segundos depois começar a se aproximar de mim se arrastando no banco.

- E se essas coisas não acontecerem? Em nosso lar, você falou muitas blasfêmias das três maiores figuras da nobreza do Império, você sabe que pode ser acusado de traição e decapitado em praça pública, não é? - A mesma diz enquanto me encara profundamente, a profundeza de seu olhar me intriga, é como se eu tivesse olhando para o fundo mais escuro do oceano, aonde a luz do dia não alcança, eu não esqueci do que esse mundo é composto... Mas ela é minha irmã, ela é diferente, eu sei disso.

- Isso não irá acontecer irmã, pois o que eu vou lhe dizer agora irás acontecer. - Respondo com firmeza, a mesma apenas se afasta um pouco e se ajeita em meu lado, em uma distância mais segura para ambos de nós.

Amor em SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora