Portgas D. Ace
Ela não perdeu tempo, foi logo para cima de mim com um soco no estômago que desvio. Ela rapidamente me dá uma rasteira e penso que vou cair, mas ela rapidamente se "joga" e a única coisa que percebo logo depois é que suas coxas estão em cima do meu pescoço; meu braço esquerdo entre elas e ela botando pressão com sua barriga para cima. Devo admitir, doeu.
Com um pouco de resistência consigo tirar meu braço e vou pra cima dela, tentando fazer uma "grade" com meu corpo. Com ela por baixo, percebo que estamos perto demais. Não do tipo: alguns centímetros; é do tipo: se eu respirar vou conseguir beijar ela(o que não é uma má idéia).
Anne apoia seus pés em minha barriga me jogando para o lado contrário, fazendo eu sair de cima dela.- já deu?
- não, aquele pudim é meu!
Ouço ela rir , e depois me ajuda a levantar.
Agora pude perceber que ela está descalço, e com o cabelo em um rabo de cavalo bagunçado. A garota levanta a perna no intuito de chutar minha cara, por sorte defendo e agora sim, posso partir pro ataque.
Me ajoelho diante dela e abraço suas pernas, fazendo-a cair, novamente estou em cima dela. Respirando o mesmo ar e praticamente quase a beijando quando ela começa a se debater e tenho que pegar seus braços também, acabei de deixá-la sem saída. Mas, por incrível que pareça ela se solta e vai para as minhas costas sem se soltar nossos corpos; Evergarden me bota em um mata leão difícil de sair.
Mas devo admitir que não quero sair de seus braços.
- ISSO ANNE, ACABA COM ELE! - grita Haruta entusiasmado.
Com um pequeno deslize dela e agora é ela que está no mata leão. Seu corpo grudado ao meu, suado e quente...
" Se concentra Ace".
- eii, Ace. - ela sussurra.
- hmm.
- já deu, quero sair daqui.
- desculpe amor, não escutei.
- ACE VOCÊ VENCEU! - ela grita admitindo a derrota.
Eu ganhei, mas quando a solto sinto que perdi.
...
Anne Evergarden
O navio está em festa, parece que as lutas deixaram todos vivos de novo. Ace ganhou o pudim, mas tudo bem. Eu deixei ele ganhar.
É por volta das uma da manhã que decido ir dormir. Minha cabeça dói, mas ainda me sinto sóbria; rio, porque bêbados falam exatamente a mesma coisa.
Encontro um Ace pensativo do lado da porta onde colocamos os objetos de limpeza. Ele sorri meio desajeitado e sei que está bêbado.
- e aí campeão, não tá na hora de você parar de beber, não?
- eu pararia, mas não posso. Só vou parar quando eu me sentir realmente um vencedor.
Rio um pouco.
- você é um vencedor.
- não me sinto assim. O prêmio que eu queria era outro.
- e qual seria?
Escutamos algo quebrando. Uma garrafa ali perto que cai, e quando volto a olhar o D. ele está perto demais. Me encarando, e a cada vez que olho em seus olhos, ele olha minha boca e assim, vice e versa.
- o prêmio que eu queria era você.
Começo a rir descontroladamente agora.
- nossa... Ace, tu tem que sair da pirataria e ir virar comediante. - digo entre risos. Mas quando volto a olhá-lo, ele está sério.
- eu não tô brincando. - ele encosta um dos braços na parede onde estou escorada. Ficando de frente para mim, olhando em meus olhos e com aquele sorriso de bêbado idiota pra mim, meu coração começa errar a batida.
- você está bêbado. - digo dando um gole em meu saquê e fechando os olhos.
- bêbados não falariam assim, não é?
Verdade.
- não. Mas, você não está 100% sóbrio.
- nisso você tem razão. Me ajuda a ir pro quarto?
O levo pro quarto dele e dos outros caras. Ele deita em sua cama e continua a me observar.
- mais alguma coisa, Portgas?
- sim... Quero que me ajude a ser um vencedor.
- haha, diga. - chego perto, apenas para ele sussurrar para mim.
- eu quero um beijo seu.
- Ace...
- O que foi?
- Acho que você já viu que o Marco é um irmão super-protetor, não é?
- sim, mas é rápido. Apenas um, Anne. Isso me basta.
- você bebeu demais.
- talvez só porque eu sabia que só conseguiria chegar em você bêbado.
Coro, por que ele precisaria beber pra conversar comigo? Somos amigos.
Sem perceber, estou chegando perto de seu rosto enquanto o ajudo a deitar.
- só umzinho?
- sim, não conto pra ninguém. - ele sussurra perto de meus lábios.
Sinto a pele de sua boca na minha, é quente e escorregadia. Meu peito de enche de uma sensação boa e é apenas por isso que não encerro nosso beijo.
Nos separamos e ele olha em meus olhos e diz:
- quero mais um.
E então eu respondo:
- não é só você então.
Continuamos a nos beijar. Cada beijo um pouco mais quente que o último. Não aguento ficar em pé e ele pra melhorar coloca suas mãos em minha cintura, sento em seu colo.
Puta merda. Estou sentada no Ace.
Quando separamos para respirar ele coloca o polegar em meus lábios, fico meio desajeitada perto dele. Ele começa a deixar selinhos em meu pescoço e começo a suspirar.
Aquele era o meu ponto fraco, o pescoço. Qualquer coisa perto dele me deixava arrepiada. No lugar onde ele acaba de beijar, Portgas deposita uma mordida.
- preciso ir.
- porquê?
- vão perceber que eu sumi com você.
Te ajudei?- você não sabe o quanto.
- Thau, Portgas.
- Thau, Evergarden.
...
Autora
No dia seguinte, ambos não lembravam bem o que havia acontecido entre os dois. Só sabiam que haviam dado uns amassos, e por isso, não conseguiam olhar nos olhos um do outro por muito tempo.
Mas uma coisa estava clara: os dois tinham sentimentos um pelo outro e não queriam admitir.
próximo capítulo...
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𝑪𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔 𝑬𝒏𝒄𝒆𝒏𝒅𝒊𝒂𝒅𝒐𝒔 - 𝘗𝘰𝘳𝘵𝘨𝘢𝘴 𝘋. 𝘈𝘤𝘦
RomanceO filho do rei dos piratas, Ace, acaba entrando na tripulação de Eduard Newgate e encontrando Anne, a única mulher da tripulação. Sonhos, amizades, aventuras e um único destino. - você é a chama que eu preciso pro meu coração continuar batendo. "...