Você NÃO pode se tornar um Herói

cap 10 - Final

Eu sei que faz muito tempo desde que eu disse que não iria mais continuar essa fanfic, mas eu senti que devia pelo menos um desfecho para vocês, e como eu já tinha um esboço pronto eu decidi terminar e postar. É bem pequeno, mas é alguma coisa.
É isso, um bjo da autora ^^

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Deku estava parado em frente à porta de seu antigo apartamento, Max estava ao seu lado, na coleira.
Ele precisava levar Max junto com ele ali para que não fosse à loucura ou caísse em lágrimas novamente. Era sua garantia de que aquele poço de memórias não o afundaria novamente.
Hesitante, abriu a porta devagar.
Todas as coisas estavam exatamente como ele as deixara, apesar de isso não ser exatamente bom.
Tinham embalagens de comida por todo o chão, a pia estava cheia de louça suja, os sacos de lixo fediam e tudo estava bagunçado: A cama, a sala, e até o banheiro.
Torcendo o nariz, Izuku foi até seu quarto.
Ele pegou a antiga mochila do fundamental no fundo do guarda-roupa e de lá tirou um caderno azul com o número 13 todo queimado e com os papéis um pouco frágeis por conta de já ter caído na água.
Ele abriu em uma página qualquer e lá viu o autógrafo de All Might. Midoriya lembrou-se de todos aqueles patéticos sonhos que foram destruídos pelo herói, e seu sangue ferveu.
Ele posicionou-se para rasgar a página, mas sentiu Max no seu pé, deitando-se. Midoriya de repente lembrou porque estava ali. E com um suspiro acalmou-se e não rasgou a página.
Encarando a capa ele percebeu o número 13. Então lembrou-se de seus outros 12 cadernos, guardados em cima do guarda-roupa.
Ele foi até a cozinha e pegou uma cadeira, levando-a para perto do guarda-roupa. Ele subiu e viu três caixas lá em cima. Ele só se lembrava da existência de uma delas.
Uma por uma ele desceu as caixas até o chão, todas cheias de poeira. Midoriya sentou-se no chão, cansado pelo esforço.
E então ele abriu a primeira, aquela que lhe era familiar. Como o esperado, lá dentro ele viu seus outros 12 cadernos de cores variadas. Ele pegou todos e colocou na bolsa preta que trazia consigo.
Hesitou em abrir a segunda. Ela tinha tamanho médio e não parecia ser boa coisa.
Max dormia pacificamente em seu colo, ele se sentia em casa.
Era seguro.
Midoriya respirou fundo e de uma vez abriu a caixa. Dentro dela ele viu várias caixinhas menores com títulos nas tampas. A primeira que ele pegou se intitulava "izukuzinho".
Ele abriu.
Dentro ela estava cheia de fotos dele criança. Usando aqueles antigos trajes do All Might, brincando com bonecos dele e essas coisas. Ao final havia um cartão de memória, com provavelmente vídeos. Ele o guardou na bolsa para ver mais tarde.
A segunda caixa ao lado desta se intitulava "Primeiros dias". Dentro havia fotos dele desde os 4 anos com plaquinhas do tipo: "Primeiro dia de aula do primário!". Ele sorriu ao lembrar-se daquele projeto da mãe que deu errado depois de ela esquecer e acabou aos 12 anos. Em baixo desta e com uma aparência mais antiga e desgastada estava uma caixa intitulada “juventude”. Eram fotos de Inko jovem, em sua adolescência. Izuku surpreendeu-se. Claro que achava sua mãe muito bonita, mas na adolescência ela devia ter sido considerada uma beldade.
Ao lado dessa estava uma caixa com o nome “casamento” e Deku se recusou a abri-la. Outra que ele recusou-se a abrir foi a que dizia: “aniversários de namoro”. Não suportaria olhar para o rosto de seu pai sem surtar.
Ele achou uma intitulada apenas com “aniversários”, e decidiu a abrir. Como o esperado, dentro havia todas as fotos de seu aniversário e as de Inko. As pequenas festinhas que eles davam eram alegres e divertidas, Inko amava guardar o momento sempre. A mais recente fora de seu aniversário, 15 de julho, Mackie e Ektor também estavam presentes nessa foto.
Então ele partiu para a terceira caixa. Esta não parecia tão velha e empoeirada como as outras. Midoriya abriu a caixa de tamanho e médio e se deparou com seu terno, o qual usava em ocasiões especiais.
Em outras palavras, uma muda de roupas limpas.
Ele se levantou - com pena de acordar Max - e vestiu o terno.
Midoriya se sentiu bem usando a calça, a camisa social, o colete e a gravata, então decidiu deixar o blazer de lado. Por algum motivo, ele se sentia abraçado, de certa maneira, usando o terno. Ele se sentia seguro.
Midoriya acariciou Max, pegou sua mochila e partiu dali. Havia ainda muitos objetivos que precisavam ser cumpridos, e ele já os listava em mente.