cap 10

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Estávamos todos em silêncio, quando o celular da Marília toca.

Lila- é o Mioto, ele tá me ligando em chamada de vídeo.

Mai- será que ele sabe? Quem contou?-susurro no ouvido da Maraisa.

Mara- claro que não.- ela sussurra de volta

Lila- Iaí, Mioto- ela fala saindo do quarto.

Sinto meu coração acelerar, mas não de uma forma normal, foi como se Gustavo fosse achar algo de mim, por estar grávida do Fernando. Como se importasse o que ele acharia disso.

Todo mundo diz que eu e o Mioto formamos um belo casal. Às vezes, realmente parece que ele gosta de mim, mas eu não sei se é porque eu estava fissurada no Fernando, ou se por outra coisa, que eu o-evitava.

Mas, às vezes também me pegava olhando boba pra ele, meu coração acelerava ao trocar olhares com ele. Eu me sentia tão bem com ele, mas achava impossivel algo entre nós acontecer.

Saio de meus pensamentos com Maraisa falando.

-Ta pensando em que? Em seu love encubado, ou em como vai contar pro Fernando?- ela diz sarcástica.

Mai- Não enche, Maraisa- reviro os olhos.

Mara- tava pensando no love encubado. Se não, não responderia assim.

Marília entra no quarto.

Lila- ele queria saber se nós queriamos ir para a festa que ele vai dar amanhã na casa dele, mas eu não dei certeza. Porque o clima que tá isso aqui, não sei se vocês topariam.- diz se jogando na cama junto com todos.

Meu coração volta acelerar, e Maraisa que estava com o braço sobre mim, sentiu

Mara- Iiii, Irmã, ficou nervosa, foi? Chega acelerou o coração.

Mai- não é nada, é apenas tensão.- tento disfarçar mais pra mim mesma também.

Mara- ahan

Lila- treme não, Mai. Seu amor misterioso não sabe de nada não.

Bruno- Eu vou me retirar - ele fala e sai do quarto

Paulinha- Espera eu-  vai atrás dele e bate a porta.

Mai- Gente, eu acho que eu vou nessa festa.

Mara- Vai ter bebida, Lila?

Lila- vai, quando nao tem cachaça?

Mara- então, qual disculpa vai dar pra não beber?

Mai- Eu não posso beber, porque?
- faço uma cara de desentendida

Maraisa olha minha barriga como jma forma de lembrete.

Mai- Verdade - reviro os olhos e bufo

Mara- Oi, sobrinho, essa reclamona aí, é a sua mãe. Já tô te apresentando logo agora, pra você já ir se acostumando.- ela fala com a boca proxima a minha barriga.

Mai- eu ainda não assimilei essa gravidez.

Lila- oi, afilhadinho eu sou a Lila, sua futura madrinha.- ela chega perto da ninha barriga também..

Mai- gente, para. Eu nem sei se eu quero essa criança- falo nervosa empurrando a mão das meninas de cima da minha barriga.

Mara- Como assim? O que você tá pensando em fazer, Maiara?
- ela se senta na cama ao meu lado. Me olhando séria

Marília me olha assustada e senta na cama também.

Mai- Isso mesmo que vocês estão pensando. Eu acho que vou abortar.- digo quase chorando.

Mara- Não, não vai mesmo. Nós vamos cuidar dessa criança e o pai também vai.  Para com isso, tá doida? Maiara, é seu filho. Uma vida que está dentro de você e você quer abortar esse bebê?

Lila- Mai, pensa. Quando eu fiquei grávida, lembra o que você me disse. Não tem como saber a reação do pai, sem contar antes. Isso me me ajudou e eu contei e olha aí, hoje meu filho vai fazer 2 anos e eu conseguí superar meus medos.

Mai- é diferente!

Lila- diferente como?

Mai: O pai do seu filho, não é um babaca como o pai do meu filho. O Léo tem um pai que sempre fez a mãe dele feliz. Um pai que com certeza ia querer tê-lo. E o meu? O meu filho tem um pai que pode querer que eu mate-o. Ou talvez, pode abandoná-lo.- digo já chorando.

Mara: Mas ele vai assumir, ele vai cuidar o filho dele, independente de estar com a mãe ou não.

Mai: Mas não é assim, irmã. Não dá pra botar uma arma na cabeça dele e obrigá-lo a assumir a criança.

Mara: Nesse caso não dá, porque eu não tenho a arma.

Lila: ah tá, porque você ia colocar uma arma na cabeça de alguém- diz a olhando com deboche.

Mara: Dependendo de quem for.

Mai: Sei que não - reviro os olhos

Mara: Tá, mas você não vai abortar, tá me ouvindo?-  Sua feição era séria.

Mai: Ta bom.- digo enxugando as lágrimas que insistiam em cair.

Lila- tá, gente. Eu sei que foi um baque, mas a gente não pode ficar aqui parada enquanto tem um fim de tarde lindo acontecendo lá fora. Vamo dá uma volta, distrair.

Mai- Vamos, não aguento mais ficar aqui dentro desse quarto.

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Deixa Eu Te Amar [Maioto~Malila] Onde histórias criam vida. Descubra agora