Deixa Eu Te Amar [Maioto~Malila]

cáp. 38

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Maiara on:

Já tinham minutos que Fernando corria com o carro. Eu estava ficando tonta, mesmo estando sentada. O vento batia muito forte em meu rosto e Fernando fazía zig-zag, desde que percebeu que Marília estava atrás de nós. Ele parecia certo de onde estava indo, o que mais me asustava.

— Fernando, por favor, me deixa ir. Para com isso! - eu digo já com um tom de voz falhando de tanto que eu tava passando mal.

— Não! Você vai ser minha. Só minha, Maiara. - ele fala e acelera cada vez mais.

Olho fixamente seus movimentos enquanto dirigia descontroladamente e lhe vejo pronto pra fazer mais um zig-zag e assim que realizado, o carro derrapa pro lado numa velocidade sem fim, me desespero e grito. Eram dois gritos, o meu e o de Fernando, o que me confirmou que ele perdeu o controle do volante e iriamos bater. De repente sinto um tombo me jogar pra frente, ouço barulhos de vidro quebrando e no reflexo me encolho enquanto sentia cacos caírem e me cortarem. Após, não ouço mais nada, apenas sinto meu corpo arder, minha cabeca doer e minha visão se escurecer, desacordo em seguida.

Marilia on:

No carro com Bruno, eu seguia na mesma velocidade que Fernando e tentando cercá-lo sempre. Seu carro ia de um lado para o outro, na tentativa de me despistar, mas era em vão. Em mais uma tentativa de zig zag, vejo o carro que levava os dois ir com tudo em umas enormes árvores e parando logo em seguida. Os cacos de vidro das janelas voaram por todo lado, isso com certeza machucou a Maiara.

— MAIARA!! - Eu grito assustada ao ver a cena assustadora. Minha única reação é parar o carro no meio da estrada. O medo do pior me domina completamente nesse momento.

— Ai meu Deus, a Maiara. - Olho pro lado e Bruno me encarava com os olhos assustados.

Sem mais demora, abro a porta do carro e corro até o carro afetado. Bruno vem atrás de mim.

Ponho a mão pela janela, abro a porta do carona e vejo Maiara desacordada jogada pra frente. Pelo pouco que dava pra ver por causa da escuridão, era visível que a testa dela estava sangrando bastante e com alguns cortes pelo rosto e braço por conta dos estilhaços do vidro que foi quebrado. Fernando também tava inconsciente, mas nem me dou o trabalho de me preocupar.

Eu carrego a Maiara no colo com dificuldade. Dou um tombo leve pra trás, mas não caio. Eu a levo pro meu carro e ponho no banco do carona.

— Bruno, vai tentando acordar a Maiara. Vou ligar pra Maraisa e ver o que faremos com Fernando. - eu digo e pego meu celular pra telefonar para ela.

Ligação on:

— Alô, Maraisa!

— Oi, Marília. Fala. Alcançou a minha irmã?

—  O Fernando acabou batendo o carro, mas a Maiara já tá com a gente.

— Deixa eu falar com ela, Marília.

— Ela tá desacordada.

— Marília, cuida da minha irmã. Traz ela pra cá.

— Vou levá‐la pro hospital. Ela precisa ser examinada, principalmente por causa do bebê.

Antes de obter respostas da Maraisa, ouço a voz de Bruno parecendo assustado, chamando minha atenção.

— Marília... O Fernando. - ele olha para mim assustado.

— Que? - lhe encaro confusa.

— Olha pra trás.

Faço o que foi pedido e vejo Fernando em pé parado próximo ao seu carro. apontando uma arma pra mim. Seu rosto está com alguns machucados