Capítulo 3

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Márcia POV

— Bom dia, Márcia — Kauan se encostou na porta e acendeu a luz e ficou, esperando Márcia se mexer.

— Eu disse, BOM DIA MÁRCIA! — Kauan gritou, e no susto, Márcia rolou pro outro lado da cama, caindo.

— Está bem frio, tá fazendo 7 graus lá fora — Kauan deu um gole no chocolate quente. Márcia sentou no chão raciocinando o que tinha acabado de acontecer e se levantou do chão. Márcia olhou a porta escutando o choro de uma criança e foi em direção ao quarto.

— Eu espero que você se exploda, Kauan — Márcia falou com a voz grossa por conta do sono. Márcia entrou no quarto da menina e viu ela descendo da cama.

— Bom dia, minha princesa — Márcia sorriu pegando ela no colo. A menina deu um beijo desengonçado na bochecha da mãe e encostou sua cabeça no ombro da mesma.

— Kauan, quantas horas? — Márcia perguntou deitando a menina na cama.

— 04:00 da manhã em ponto — Kauan virou seu pulso para olhar em seu relógio.

— Como é? — Márcia virou sua cabeça lentamente para ele.

— Seu merda — Márcia sussurrou pegando uma pedra que sua filha tinha pegado uma vez e cismou que era um quartzo, mas era só uma pedra comum e jogou no Kauan.

— Que isso mulher? Tá ficando louca é? — Kauan se desviou da pedra e olhou para a menina que começou a rir.

— Vai, Márcia, me taca mais uma pedra, homofóbica — Kauan disse pegando a pedra do chão.

— Credo Márcia, você rachou a parede, sua mãe tem uma força no braço — Kauan colocou a pedra no lugar.

— Some da minha reta, Kauan — Márcia disse sentada na cama da menina esfregando o rosto.

— Sustenta aí, Sapatona, ninguém mandou inventar de ter filho comigo não, sustenta — Kauan deixou um beijo na cabeça de sua filha e dá um tapa na testa de Márcia que não pensou duas vezes antes de pegar o chinelo e jogar em Kauan.

— Ó, PARÔ! — Kauan se esquiva e aponta o dedo na cara da policial e mastiga um chiclete imaginário, levantando a sobrancelha e passando o dedo por trás da orelha, ajeitando o cabelo.

— Você tá muito estressada meo, vou fazer um cházinho de folha de maracujá pra ti, meo — Kauan sai andando de ré e fecha a porta rápido se protegendo do outro chinelo que Márcia tinha jogado.

— Mamãe — A menina a chamou.

— Oi, Maia — Márcia se virou pra ela.

— Mamãe vai deitar comigo? — Maia perguntou sonolenta.

— Vou, minha princesa — Márcia deu um mini sorriso e se deitou com a menina. Maia se deitou de costas para Márcia e chegou mais perto dela, se aconchegando no corpo de sua mãe, Márcia beijou o topo de sua cabeça e arrumou o cobertor e segundos se passaram e o sono já havia vencido as duas.

Márcia levantou às 06:30, tomou um banho rápido e comeu qualquer coisa que achou na geladeira.

— Que frio da desgraça — Márcia sussurrou e sentiu uma mini pessoa agarrar sua perna.

— O que tá fazendo acordada? Vai dormir, filha — Márcia pegou Maia no colo.

— Eu tenho que ir pra escola, mamãe — Maia deitou sua cabeça no ombro de Márcia.

— Não tem não, tá um frio da porra lá fora, eu duvido que você saia de casa hoje — Márcia disse abraçando o corpo quente de sua filha.

— Mas mamãe, eu não quero faltar — Maia disse.

Eu esperarei por você - Marinês Onde histórias criam vida. Descubra agora