Linhagens - Safira e Lucien

Capítulo 4

Safira estava muito mais excitada depois que a festa "acabou", resolver todas as situações pendentes a tinha tornado muito mais consciente de seu desejo físico sobre Lucien. Ela ignorou o fato de que eles tinham uma casa e um quarto e arrastou seu companheiro para um dos quartos do hotel que havia sediado o evento. Lucien sequer teve tempo de processar o que ela pretendia antes de ser empurrado contra a porta que ela fechara.

-Safira, devagar, princesa - ele pediu.

Não era por ela que ele queria que Safira abrandasse, era por ele, desde pegou o cheiro da excitação de sua companheira seus instintos o tinham colocado em uma corda bamba. Mas, Safira parecia estar pouco ou nada preocupada com isso. Ela o mantinha preso, uma mão ao redor do pescoço dele enquanto a boca mordiscava e beijava o máximo de pele que ela conseguia alcançar, ele podia sentir a outra mão se desfazendo da gravata e do paletó dele. Ir devagar era a última coisa que ela queria, Safira deixava seus dentes marcarem cada centímetro de pele que sua boca beijava, os sons que Lucien faziam a ligavam em uma espiral cada mais rápida desejo. Ela não fazia ideia de que sua língua se sentia como um chicote contra a pele quente de seu companheiro, Lucien achava que era capaz de perder a sanidade se ela continuasse. E ele jurou que o fez quando a viu se ajoelhar na sua frente.

-Merda!

Safira não esperou que ele tivesse um segundo pensamento antes de lamber a gota de pré sémen que escorria e o colocar na boca como se fosse o melhor doce que já provara. Ele a interrompeu quando percebeu que estava muito perto e a levou para o quarto, prendendo-a apenas por tempo suficiente para que seu cérebro voltasse a funcionar.

-Você precisa abrandar, sua virgindade vai tornar as coisas mais dolorosas - Lucien falou.

-Eu sei que sou virgem, mas não é como se eu estivesse me guardando pra Cristo.

-Ótimo, porque eu odiaria competir com alguém que morreu a mais de dois mil anos.

Quando Lucien começou a beijá-la, Safira esqueceu que ia revidar o comentário, deixando sua mente vagar pelo limbo durante os curtos segundos que teve antes de entender que alguém batia desesperadamente na porta.

-Isso deve ser foda uma brincadeira! 

Safira deixou Lucien sair de cima dela e ouviu o respirar fundo dele, mostrando que também não estava nada feliz com a interrupção. Ele reconheceu o cheiro de Lorien antes de Safira abrir a porta.

-Eu espero que o mundo esteja acabando, é o único motivo pra aceitar você ter batido nessa porta - Safira reclamou.

-Felizmente, o mundo continua intacto.

-Sun está bem?

-Dormindo em minha cama como a própria Bela Adormecida.

-Então qual a porra do problema?

-Ravi.

Lucien levantou da cama assim que ouviu o nome do humano, sempre que havia um conflito entre Safira e o representante dos humanos ela saia muito irritada.

-Ele não nos deixa interrogar o humano que tentou atirar em Lucien, de acordo com ele é um problema dos policiais humanos.

-Eu vou matar esse homem! Onde está Laurent?

-Essa é a parte em que eu preciso que Lucien venha comigo.

-Por que? O que aconteceu com meu pai?

-Ele está bem, mas tem uma multidão de humanos com repórteres querendo satisfação sobre os cidadãos exemplares que entraram na Land para um evento e não saíram.

-Merda! - Lucien xingou enquanto vestia a camisa.

-Vá encontrar seu pai e eu vou resolver o problema com Ravi.

Lucien assentiu e correu porta afora, Safira seguiu Lorien até o prédio onde os homens estavam sendo mantidos, ele a atualizava dos principais pontos sobre eles, mas não havia nada demais, a coisa mais surpreendente que acontecera na vida deles foi assistir o jogo da vitória de um time de futebol. A visão de Ravi e de seu filho foi a primeira coisa que ela viu quando entrou no corredor do andar em que eles estavam, os dois estavam na frente da porta que a levaria ao homem que havia tentado matar seu companheiro, Lorien conseguiu passar por eles e entrar na sala, depois que ela chamou a atenção dos dois.

-Com todo respeito, Safira, mas você não faz parte da equipe de segurança, não é recomendável que você interrogue o homem - Ravi intervir quando ela chegou no prédio de segurança.

-Com todo respeito, eu não precisaria fazer isso se você tivesse feito seu trabalho direito - Safira revidou.

-Isso não está dentro das minhas responsabilidades.

-Então por que quer opinar em quem interroga ou não o homem?

Ela cruzou os braços e esperou por uma resposta que não veio. Safira estava prestes a rir quando viu Lorien sair da sala onde o homem estava.

-Por que você ainda está aí? - ele perguntou confuso.

-Achei que argumentar com uma parede seria divertido - Safira parou ao lado do homem, ela estava quase da altura dele por causa dos saltos - Eu começaria a rezar se fosse você, conheço as leis e cada brecha delas, se eu ao menos sonhar que você está por trás disso... bem, tenha uma boa noite, Ravi.

Lorien mordeu a parte interna da bochecha pra não rir da expressão de pânico do humano, a Land inteira podia concordar que nenhum deles quer ser o alvo da ira de Safira, ela transforma Félix em uma princesa delicada quando está irritada.

-Você realmente acha que uma mulher vai me fazer falar? - o desconhecido perguntou.

-Oh, cara! Você tá tão fodido! - Lorien riu - Estarei de volta em uma hora, por favor, não suje as paredes, elas são mais cansativas de limpar.