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Kimberly não me deu uma resposta, ela não era tão idiota assim, como eu fui burra a ponto de pensar que isso daria certo? 

Clark me chamou no dia seguinte, escutei ele reclamar da minha ação durante uma hora, disse que eu não penso antes de fazer as coisas e se quero me dar bem preciso ser um pouco mais inteligente, bom, eu concordei com ele.

Agora vamos para uma festa, Kimberly estará lá e pelo o que soube Edgar não, é uma festa de inauguração de um hospital em uma cidade que fica a 200 quilômetros daqui, vi os convites amassados no lixo, Eliza me disse que Cameron nunca ia em festas formais, mas eu acho que poderia fazê-lo mudar de ideia.

Já havia passado uma semana, Cameron e eu tínhamos nos aproximado mais, não que eu sentisse alguma coisa por ele, estávamos mais para amigos que transam e não desconhecidos.

- Cameron? – o chamei.

- Sim-

- Que tal irmos a uma festa?

- Claro – não tirou os olhos da TV, provavelmente nem tinha me escutado.

- Preciso te dizer uma coisa.

- Uhum.

- Eu estou grávida – ele tirou os olhos da TV e me olhou espantado.

- VOCÊ O QUE?!

- Tolo, é brincadeira – comecei a rir alto – Você... acreditou?

- Nunca mais faça isso, caralho.

- Não vou – respirando fundo, me recompondo – Agora, sério, preciso falar com você.

- Tem toda minha atenção.

- Nós vamos a uma festa, aquela festa que você jogou os convites fora – ele começou a balançar a cabeça negativamente – Por favor, nós estamos trancados aqui há uma semana, precisamos nos socializar!

- Nós vamos à boate!

- Toda santa noite! Podemos mudar a rotina pelo menos uma vez? E será bom para você, diante das fotos em boates, mostrar um lado sério vai causar uma boa impressão.

- Não importa o que eles pensam.

- Então quer ser visto com "o play boy do ano"?

Ele pareceu pensar um pouco, me olhou por algum tempo antes de soltar um suspiro longo e concordar.

- Tudo bem, quando é?

- Amanhã.

- Eu vou, mas acho que preciso de um incentivo – me puxou para seu colo – Acha que pode me dar?

- Eu posso? – aproximei nossas bocas.

Ele não respondeu, apenas me puxou para um beijo e nos deitou, ficando por cima. A partir dali eu já sabia o que viria.

...

Entrei no escritório de Clark, ele estava com os olhos grudados no computador e não reparou na minha presença.

- Clark – ele ergueu o olhar.

- Você veio.

- Sim.

- Só precisamos repassar o plano – se encostou na cadeira e cruzou os braços – Sabe o que precisa fazer?

- Preciso convencer Kimberly de que sou a vitima de tudo, não faço ideia do porque meus pais morreram e vim para cá obrigada, tem alguém me perseguindo, estou apavorada e tentando fazer amigos para que posam me ajudar.

- Certo, e quanto a nossa grande ajuda?

- Vou colocar aquele pó que você me entregou na bebida dela, ela vai precisar ir ao banheiro e eu como boa amiga vou ir junto e me oferecer para segurar sua bolsa enquanto ela coloca as tripas para fora.

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