Capítulo um

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  *Me informem erros, eu não fico brava, pelo contrario, agradeço muito. Comentem muito, votem e indiquem pros amiguinhos, Beijinhos.

Quando vou para a cozinha todas as crianças já estão sentadas na mesa conversando e comendo cereais. Verônica está no balcão preparando torradas e fazendo nosso café. Ela está silencio e distante, mas as crianças nem notam, eles já se acostumaram a não questiona-la sobre suas crises, não incomoda-la era o único jeito de agradecer por tudo o que ela fez por nós.

   Verônica não só matara José, ela também enlouquecera por isso. Eu fui vê-la no sanatório uma vez, antes de ir para Londres. Seu olhar estava perdido e ela olhava para as mãos procurando algo. As enfermeiras não me permitiram entrar, mas me informaram que ela buscava constantemente por sangue nas mãos, dizendo que era uma assassina e que suas mãos estavam cheias de sangue.

    Era para ser eu, se eu não tivesse esperado de mais, talvez José não teria a enlouquecido daquela maneira. Quando eu via as cicatrizes dela me lembrava de que foi por minha culpa, ela ficou para salvar minha família.

– Oi amor. – Inalo o pescoço de Verônica e sinto seu cheiro característico, ela tinha um cheiro de rosas silvestres e um pouco de canela. – Como você está hoje?

– Estou... – Ela demora a responder, sei que está pesando se deve dizer a verdade ou mentir. – Bem. – Ela preferiu mentir.

– Ótimo. O que você planeja fazer hoje?

– Depois que eu levar o Luiz para a escola estava pensando em dar uma passada na minha mãe.

– Está bem. – tento beija-la, mas ela desvia friamente. – Quer que eu passe pegar você?

– Claro. – Sorri.

    Bebo um gole de café e me despeço das crianças e então vou para o trabalho.

    No tempo que eu fiquei em Londres investi meu dinheiro em ações e acabei ganhando muito dinheiro assim, quando voltei para o Brasil montei uma ONG de apoio a vitimas de agressões e dou palestras em escolas e universidades sobre como superar ou denunciar os agressores. Não ganho muito dinheiro com isso, a maioria das atividades são voluntarias, mas a herança que me foi deixada era suficiente para termos uma vida muito boa e eu continuava investindo em ações, nada pagava aquele olhar de gratidão das pessoas que eu ajudava.

   Estaciono meu carro na minha vaga e entro na ONG consulto minha agenda e vou para o escritório esperar pela reunião às dez da manhã. Faltam algumas horas até lá e aproveito para pensar no que farei no aniversario de Verônica, ela vai fazer vinte dois anos no final de semana e eu estava preparando uma festa, convidar os amigos e a família para comemorar mais um ano da pessoa que havia mudado minha vida.

   Vivian está me ajudando com a festa, já fez uma lista de convidados e até contratou um Buffet e está enrolando Verônica, para que ela não desconfie de nada.

   Bato a mão no bolso do paletó e sinto a caixinha de veludo preta. Dentro está uma aliança feita de ouro com uma pedra de diamante dando um toque de elegância e importância. Eu queria que toda vez que Verônica olhasse para aquela pedra soubesse que meu amor por ela não tinha limites. Eu sabia que riqueza não era importante, que mesmo sem um diamante ela sabia que eu a amava, mas quando vi aquela aliança, o diamante tão lívido e puro, achei que combinava com ela.

   Pego a caixa e analiso a aliança, o brilho do diamante parece muito com o que vejo nos olhos de minha amada. Ela é tudo para mim, não imagino uma vida sem a presença dela, não importa quantas crises de pânico terei que suportar, não importa o quanto tenha que esperar para toca-la.

Refém do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora