Prólogo

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Notas da Autora:

Olá, estou chegando dessa vez com a minha Primeira História Original, inspirada por filmes de romance um pouco clichês como "Um Lugar Chamado Notting Hill" e "O Guarda-Costas" e, principalmente, por K-dramas que andei assistindo recentemente. Acho que ficará bastante evidente nessa fanfic o quanto me inspirei nos dramas coreanos, a começar pela escolha dos protagonistas e por uma parte da história se passar na Coreia do Sul. Essa história vai abordar a diferença de idade entre eles, sobretudo, para a mulher que sofre mais preconceito. Como está na sinopse, Hayun é uns 12 anos mais velha que Dae-jung que também vai sofrer pela questão de se envolver com a sua chefe que, além disso, é uma celebridade. Além dos protagonistas, temos um outro casal que também vai enfrentar alguns obstáculos pela diferença de etnia, já que teremos de um lado um policial coreano e do outro uma afro-americana e acho que vai rolar uma química bem legal.

Apostando no Amor também abordará alguns temas sensíveis e tensos como depressão, saúde mental, racismo e xenofobia. Cada um desses assuntos, tentarei abordar com responsabilidade e, ao mesmo tempo, com leveza.

Por enquanto vou tentar ganhar a atenção de vocês começando com o Prólogo. Ah, e deixarei aqui o trailer de Apostando no Amor. Espero que gostem e comentem, pra gente trocar umas ideias aí!

Por fim, cuidado! As cenas a seguir contém uma tentativa de suicídio.

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APOSTANDO NO AMOR

Prólogo

"Querida Ha-yun,

Possivelmente, você deve estar achando estranho eu ter lhe deixado esta carta agora, depois de tantos anos de um silêncio rancoroso e pesado que deixamos crescer entre nós.

Isso me fez lembrar que quando você e sua mãe partiram, deixaram-me completamente devastado e sem rumo. E eu cheguei a odiar tanto a Ha-ri, por ela ter te tirado de mim. Mas, em algum momento, me recompôs e refiz a minha vida ao lado de Ji-hye. Então, todo esse ódio foi se esvaindo. Ainda assim, meu orgulho não me permitiu pedir desculpas e nem reconhecer os meus erros.

Sei que agora é tarde demais.

Apesar de tudo, vamos admitir que hoje você se tornou uma grande estrela inalcançável. Porém, você só se tornou essa Estrela Inalcançável, graças ao DNA que carrega em suas veias: uma mistura da beleza majestosa de sua mãe e a teimosia e astúcia de seu pai.

Sim, 50% de quem você é hoje, é graças a mim. Portanto, se ainda me odeia, isso significa que você odeia uma parte de si mesma. Entretanto, ainda há tempo para você me perdoar e se perdoar. O primeiro passo deve começar com você retornando para a Coreia do Sul e conhecendo os seus irmãos. E finalmente assumir os negócios da família. Agora chegou a sua hora de cuidar do único bem precioso que deixei para vocês.

A KY, agora é sua responsabilidade. É seu dever cuidar dela e preserva-la para o futuro de seus irmãos. Afinal, quando você estiver lendo esta carta, isso quer dizer que seu pai já partiu desse mundo, com o único desejo de ver seus três filhos reunidos.

Esse é o último pedido de um pai para a sua primogênita. A filha que, mesmo estando do outro lado do mundo, nunca saiu de perto de seu coração.

Por fim, só quero que se lembre, que nunca deixei de te amar.

De seu pai,

Kwon Dong-hae."

Hayun já havia relido aquela carta, várias e várias vezes e aquilo foi o estopim, para deixá-la ainda mais perturbada. Ela estava de volta na sua terra natal, mas se sentia como um peixe fora d'água. Para piorar havia esse sentimento de culpa, frustração e raiva. Raiva por ter que retornar àquele lugar, agora que seu pai havia ido embora. Foi embora sem uma despedida descente, sem se olharem cara a cara e resolverem as suas pendências. Seu pai estava morto e não havia nada que pudesse fazer para mudar aquilo.

Hayun só não imaginava que o seu retorno iria causar uma mudança tão drástica em sua vida, exatamente naquela noite fria, naquela sacada luxuosa de um hotel de Seul. Exatamente, naquele momento em que se sentia tão perdida.

"P.S. O perdão é um sentimento muito nobre e libertador, mas só funciona se for sincero e de coração."

Após refletir sobre aquelas palavras de seu pai, Hayun tomou uma decisão, sabendo que o PERDÃO estava bem longe de seu coração. No momento, o seu único desejo era que as vozes, todas aquelas vozes parassem de perturbar a sua mente. Que aquelas mãos invisíveis parassem de sufoca-la, de fazê-la sentir como se não fosse mais livre nem para respirar. Ela só queria parar aquela dor dilacerante em seu peito e, enfim, não sentir mais nada.

De repente, seus pés começam a se mover insensatamente em direção ao parapeito, onde se debruça. Seus olhos não conseguem ver nada, a não ser a escuridão da noite. Há um vento frio lhe arrepiando sua pele e balançando seus cabelos curtos pintados de rosa, que era o seu novo estilo e que não agradou todo mundo. Mas, dane-se! Agora era a sua hora de se libertar daquele mundo cheio de futilidades, hipocrisias e desilusões.

Ela fecha os olhos, solta um suspiro... Entretanto, o destino irônico resolve enviar alguém ali, bem naquele momento. Um alguém com grandes mãos quentes que se agarram em sua cintura, uma voz determinada e olhos castanhos sagazes que surgem inesperadamente para salva-la e, ao mesmo tempo, bagunçar a sua vida já tão conturbada.

E foi assim que os caminhos de Hayun e Dae-jung acabaram se cruzando, num momento em que ambos pareciam completamente sem rumo.

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