Uma Pequena Distração

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Notas da Autora: Saindo mais um capítulo fresquinho, só esperando alguém para lê-lo. Ultimamente anda difícil ganhar leitores não sei o porquê. É como se tudo tivesse meio paradão, não importa em qual plataforma eu poste. Será que tem mais alguém aí sentindo essa dificuldade?

Bom, vamos no que realmente interessa, ao capítulo!!!

Crystal Graham

O dia já amanheceu com o tempo fechado, mesmo assim Hayun resolveu ir visitar o columbário onde estava a urna com as cinzas de seu pai. Ela e sua mãe levaram rosas brancas para lhe prestar alguma homenagem e se despedir. E todo aquele ritual fúnebre foi difícil de ver, vendo-a tentar lutar contra as suas próprias lágrimas. De alguma forma, aquilo me fez relembrar de mim mesma, quando eu tinha uns 15 anos e tive que passar pelo luto tão cedo. Perdi minha mãe e tive que amadurecer e cuidar dos meus dois irmãos mais novos, porque nosso pai se tornou um alcoólatra. Eu tive que me tornar forte por todo mundo e seguir em frente.

"Crystal, esquece isso!" Decidi sacudir a cabeça e espantar aquelas lembranças dolorosas. E aí retornei a focar no drama da minha chefe. Afinal, às vezes é mais fácil lidar com o sofrimento alheio do que com a nossa própria dor.

Enfim, as coisas ficaram bastante tensas e pesadas quando retornamos de volta ao hotel. Parecia que aquele grande apartamento estava se tornando pequeno para nós quatro. Especialmente porque nossa amada atriz, estava tão estressada e lutando para controlar as suas emoções que acabou explodindo com todo mundo, o que acabou culminando na sua discussão com a sua mãe. Ela havia decido que queria voltar para Los Angeles imediatamente, porque se lembrou o quanto odiava aquele lugar, o quanto se sentia sufocada ali, o quanto os fantasmas do passado a atormentavam.

— Você precisa se lembrar que, não é mais como aquela jovem de 22 anos cheia de sonhos e de incertezas do futuro, desejando se livrar das amarras do pai. — Dona Shin por outro lado, tentou mudar a sua decisão e, ao mesmo tempo, era um tanto dura em seus sermões. — Agora você retornou como uma mulher bem sucedida e poderosa que já conquistou o mundo lá fora. Portanto, não tem mais o porquê querer fugir assim, como se fosse uma criminosa. —Ela estava tentando dar um choque de realidade em sua filha, demonstrando que fugir dos problemas, ou fingir que eles não existiam, não iria resolver nada.

— Você não entende, mãe... Eu não posso fazer isso?! — Elas estavam trancadas no quarto, mas ainda assim dava para ouvir os gritos de Hayun.

— Fazer isso o quê? Do que você tem medo, filha? — A verdade é que... eu resolvi não ficar para ouvir a resposta.

— Ei, acho que essa discussão, vai longe. — Justin murmurou assim que saiu do banho e me encontrou tentando improvisar num jantar. — Então, o que você acha da gente fugir desse drama familiar? — Ele pegou o celular e terminou de enviar uma mensagem para alguém.

— Pra quem você estava mandando mensagem? Você já tem um novo crush? — Parei de cortar os tomates. A bancada da cozinha estava toda bagunçada de sacolas com alimentos.

— Que tal a gente dar um rolê pelo bairro. — Ele tinha uma cara muito travessa. Enfim, me troquei rapidamente, soltei os meus cachos (que antes estavam presos num coque) e depois saímos do Hotel. Decidimos caminhar pelas ruas de Itaewon que estava bastante movimentada. Pelas informações que tínhamos parecia que as noites de Seul eram animadas, haviam várias boates por ali e aquela região seria fácil de encontrar estrangeiros.

Estava uma noite agradável, nem quente nem frio, o céu estava bem estrelado, mas não havia lua. Caminhamos distraidamente por algumas quadras até chegar ao destino que Justin tanto desejava, era um restaurante chamado Dongjjog. Porém, assim que o sinal abriu e fomos atravessar a rua, um carro veio muito acelerado e quase nos atropelou.

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