III.

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como muitos gostaram da história, ja resolvi postar mais um capitulo, boa leitura 💜

Ele era um tolo! O abandono da mulher não lhe ensinará nada, ou não teria tocado Jimin

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Ele era um tolo! O abandono da mulher não lhe ensinará nada, ou não teria tocado Jimin. Sentado na escrivaninha, o sol nascendo atrás dele, Jungkook bateu nas teclas, fazendo uma porção de erros, até desistir, empurrando o teclado. Recostando-se na cadeira de couro, fechou os olhos, e quase pôde sentir a maciez daquele corpo que tanto desejava tocar.

Que alfa não desejaria fazê-lo, pensou. O corpo de Jimin era curvilíneo, e ele tinha um jeito de andar que quase o enlouquecia. Jungkook sacudiu a cabeça. Seria mais difícil do que tinha pensado, e sabia que a lembrança de tocá-lo seria tão torturante quanto a própria ação.

Era o babá, lembrou a si mesmo. Foi contratado para ajudá-lo.

Levantando-se, foi até a janela. Que Deus me ajude, pensou. Jimin era o sonho de qualquer alfa. E estaria ali por muito tempo, provocando-o.

Atrás dele, o e-mail soava, o fax gemia, e Jungkook ignorava tudo, os olhos presos à faixa de areia lá embaixo. Havia pegadas no solo úmido, e imediatamente soube que eram de Jimin. Será que levaria Ryujin para longos passeios, à procura de conchas? Será que Ryujin gostaria dali? E do quarto, dos brinquedos? Ou ficaria assustada, com medo? As perguntas surgiam-lhe na mente, e teve que admitir que não soube nada sobre a filha de quatro anos. Mas Ryujin era tudo que tinha no mundo, e faria o possível para que nada lhe faltasse.

Exceto você mesmo, disse uma voz interior, e a culpa dominou-o. E se nada daquilo fosse suficiente, e traumatizasse a menina? Era tão pequena, inocente. No momento, não tinha dúvidas de que Jimin cuidaria de tudo. Era encantador, mesmo com aquela língua afiada, e suspeitava que Ryujin acabasse se divertindo, depois de ter passado de um amigo para outro, após o acidente. Tanto ele quanto Seulgi não tinham família. Soubera da morte da mulher por um policial, e cinco dias depois por um advogado, executor do testamento de Seulgi, que o informara da existência da filha. Com a permissão dele, Hae-won tirara Ryujin do abrigo do Serviço Social, e tomara providências para arranjar um cuidador, e trazer a menina para a ilha. Era tudo tão frio, formal. Seulgi escondera a criança até a tragédia acontecer. Mas ele tivera tempo suficiente para pensar na mulher que havia conhecido num baile de caridade, e com quem se casara, sete anos atrás.

Seulgi tinha sido linda, como uma boneca de porcelana, embora durante o casamento tivesse ficado cada vez mais egoísta e exigente, gostando muito mais do estilo de vida que tinham do que dele. Agora percebia que ela gostava das empregadas e cozinheiros, e que quanto mais The dava, mais queria. Até que ele desejara ter filhos, parar de viajar o tempo todo. Ela havia discutido e reclamado, até Jungkook ceder. Devia ter engravidado naquela noite selvagem, na praia, na véspera do acidente. Apesar disso, quando o acidente o privara da beleza que a atraira, Seulgi o abandonara. Não a culpava por tê-lo feito. Era frágil, imatura, e ele por certo não fora mais o mesmo homem. Nem por fora, nem por dentro.

O Belo e a Fera • Jikook VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora