como muitos gostaram da história, ja resolvi postar mais um capitulo, boa leitura 💜
Ele era um tolo! O abandono da mulher não lhe ensinará nada, ou não teria tocado Jimin. Sentado na escrivaninha, o sol nascendo atrás dele, Jungkook bateu nas teclas, fazendo uma porção de erros, até desistir, empurrando o teclado. Recostando-se na cadeira de couro, fechou os olhos, e quase pôde sentir a maciez daquele corpo que tanto desejava tocar.
Que alfa não desejaria fazê-lo, pensou. O corpo de Jimin era curvilíneo, e ele tinha um jeito de andar que quase o enlouquecia. Jungkook sacudiu a cabeça. Seria mais difícil do que tinha pensado, e sabia que a lembrança de tocá-lo seria tão torturante quanto a própria ação.
Era o babá, lembrou a si mesmo. Foi contratado para ajudá-lo.
Levantando-se, foi até a janela. Que Deus me ajude, pensou. Jimin era o sonho de qualquer alfa. E estaria ali por muito tempo, provocando-o.
Atrás dele, o e-mail soava, o fax gemia, e Jungkook ignorava tudo, os olhos presos à faixa de areia lá embaixo. Havia pegadas no solo úmido, e imediatamente soube que eram de Jimin. Será que levaria Ryujin para longos passeios, à procura de conchas? Será que Ryujin gostaria dali? E do quarto, dos brinquedos? Ou ficaria assustada, com medo? As perguntas surgiam-lhe na mente, e teve que admitir que não soube nada sobre a filha de quatro anos. Mas Ryujin era tudo que tinha no mundo, e faria o possível para que nada lhe faltasse.
Exceto você mesmo, disse uma voz interior, e a culpa dominou-o. E se nada daquilo fosse suficiente, e traumatizasse a menina? Era tão pequena, inocente. No momento, não tinha dúvidas de que Jimin cuidaria de tudo. Era encantador, mesmo com aquela língua afiada, e suspeitava que Ryujin acabasse se divertindo, depois de ter passado de um amigo para outro, após o acidente. Tanto ele quanto Seulgi não tinham família. Soubera da morte da mulher por um policial, e cinco dias depois por um advogado, executor do testamento de Seulgi, que o informara da existência da filha. Com a permissão dele, Hae-won tirara Ryujin do abrigo do Serviço Social, e tomara providências para arranjar um cuidador, e trazer a menina para a ilha. Era tudo tão frio, formal. Seulgi escondera a criança até a tragédia acontecer. Mas ele tivera tempo suficiente para pensar na mulher que havia conhecido num baile de caridade, e com quem se casara, sete anos atrás.
Seulgi tinha sido linda, como uma boneca de porcelana, embora durante o casamento tivesse ficado cada vez mais egoísta e exigente, gostando muito mais do estilo de vida que tinham do que dele. Agora percebia que ela gostava das empregadas e cozinheiros, e que quanto mais The dava, mais queria. Até que ele desejara ter filhos, parar de viajar o tempo todo. Ela havia discutido e reclamado, até Jungkook ceder. Devia ter engravidado naquela noite selvagem, na praia, na véspera do acidente. Apesar disso, quando o acidente o privara da beleza que a atraira, Seulgi o abandonara. Não a culpava por tê-lo feito. Era frágil, imatura, e ele por certo não fora mais o mesmo homem. Nem por fora, nem por dentro.
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O Belo e a Fera • Jikook Version
FanfictionEle se apaixonou por um homem cujo rosto não podia ver. Park Jimin foi contratado para trabalhar como babá da filha de Jeon Jungkook. Os rumores sobre aquele alfa que vivia em reclusão não assustavam Jimin. Sua experiência como vencedor de concursos...