𝐅𝐈𝐑𝐄𝐖𝐎𝐑𝐊 • 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬

ᴅᴏɪꜱ

Andy Hawke

𝐇𝐀𝐕𝐈𝐀 um tempo que eu estava observando minha estante, inquieta.

Eu precisava escolher um livro para levar comigo... — talvez não tivesse muito tempo para ler, já que teria companhia, mas já virou rotina levar um para todo canto que vou. — acabo por levar Percy Jackson, já que eu havia começado esse livro há um tempo e acabei parando.

Por um tempo pensei em como iria me vestir, já que nunca tinha visto Mason fora do set e não queria passar uma má impressão, porém após uns minutos, decidi que isso não importava, afinal era só... Mason.

Coloquei uma roupa aleatória por cima do biquíni, prendendo meu cabelo em um coque um pouco solto e desci as escadas. Fui até a cozinha, pegando um copo de água.

Assim que ouvi o som da campainha, notei minha família virando seus olhares na direção da porta, enquanto eu andava até ela, vendo meu pai vir atrás.

Abri a porta e me deparei com Mason encostado no batente da porta, mexendo em seu celular.

— Oi! — eu disse, sorrindo meio sem jeito, já que não sabia como cumprimentá-lo.

— Oiê! — vi um pequeno sorriso surgir nos lábios dele, que não poderia nem ser considerado um sorriso, de tão discreto. — pronta? — ele pergunta.

Antes que eu pudesse responder, senti meu pai entrando no meio.

— E aí, garoto! — ele disse, enquanto faziam um toque com as mãos. — Juízo hoje, hein! Os dois. — papai disse, enquanto olhava de um para outro.

— Claro! — eu respondi, sorrindo. — Vamos? — perguntei a Mason, que apenas assentiu.

Vi meu pai fechar a porta de casa enquanto seguimos até um carro, provavelmente de aplicativo.

O caminho, no geral, foi em completo silêncio, bem constrangedor na verdade...

Mason Thames

Eu estava a beira de fingir um desmaio pela situação que estava tendo que passar. Caramba, eu nem conhecia ela direito! Como íamos passar o dia todo nesse silêncio ensurdecedor?

Acho que nunca agradeci tanto por ouvir um "chegamos" do motorista!

Assim que saímos do carro, começamos a caminhar um pouco sem rumo, até que comecei a puxar assunto.

— E então... Quantos anos você tá fazendo? — perguntei, um pouco sem opções.

— 14. — Andy respondeu.

— Mentira?! Achei que fosse mais nova do que a Maddy! — comentei, o que não era mentira.

— Muita gente fala isso. — ela respondeu, sem graça.

Novamente um estranho silêncio ficou entre nós.

— Gosta de séries? — ela me perguntou, enquanto colocávamos nossas coisas em espreguiçadeiras na praia, que estava particularmente cheia.

Naquele momento, parei para observá-la melhor. Nunca tinha visto ela fora do set e ela parecia... Diferente, não sei. Não tinha nada a ver com a pessoa que pensei que era. Parecia menos fechada.

— Mason?

— Oi! Desculpa, me perdi um pouco, do que estava falando? — respondi, afastando meus pensamentos que diziam que esse dia não iria ser uma boa ideia.

— Perguntei se gosta de séries. — ela repetiu.

— Ah, sim! Minha favorita é Stranger Things. — respondi, sorrindo.

— Uma das minhas favoritas também! — ela de repente cerrou seus olhos na minha direção. — Conversa séria agora. Jancy ou Stancy? — ela perguntou, ainda séria, mas em tom de brincadeira, me deixando aliviado.

— Sinceramente? Stancy, não vejo graça em Jancy, e espero que não vá me matar por isso. — digo rindo.

— MENTIRA?! COMO ASSIM STANCY??? — ela respondeu, rindo, porém indignada. — Jancy é mil vezes melhor!

Parei por um segundo, encarando o céu e cerrando meu olhos, como se estivesse pensando.

— Hmm... Não é não. — respondi, começando a andar.

— Ainda não concordo com isso, mas para onde estamos indo? — ela perguntou, me seguindo.

— Sabe surfar? — perguntei, andando em direção à uma casinha de madeira, com uma placa escrito pranchas.

— Definitivamente não. — ela riu.

— Pois agora vai aprender. — respondi, entrando na casinha.

— Oi?? Se tem uma coisa que não habita em mim é equilíbrio, isso não vai dar certo. — ela comentou.

— Confia em mim, vai aprender rápido! — disse, enquanto me apoiava no balcão e batia em uma pequena campainha.

— Se você diz, senhor professor. — ela disse, sorrindo ironicamente.

Um homem surgiu de uma porta atrás do balcão.

— Bom dia, queridos! O que desejam?

— Precisamos de duas pranchas, por favor. — Andy respondeu.

O cara passou alguns minutos verificando os melhores tamanhos para mim e Andy, e por fim, nos entregou as duas.

— Pronta para aprender? — perguntei, enquanto andávamos na direção do mar.

— Pronta para cair, só se for. — ela respondeu, me dando vontade de sorrir.

— Não vou te deixar cair. — retruquei, enquanto entrávamos no mar.

— E por que eu confiaria em você?

— Por que sou um ótimo professor. — me virei, correndo de costas até o mar.