Qᴜɪɴᴢᴇ

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Andy Hawke

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Andy Hawke

Sexta-feira

𝐉𝐀 estávamos no último dia de gravação do filme, o que com certeza deixou todos extremamente tristes por ter que deixar de gravar. Estar lá era o que sempre me fazia rir e até mesmo fazer muito mais amizades do que eu tinha na escola, eles eram como uma segunda família para mim e deixar de vê-los todo dia iria doer demais.

Cheguei ao set essa tarde com um enorme peso na consciência, mas ao mesmo tempo disposta a aproveitar meu último dia.

Assim que entrei no camarim, já vi meu roteiro do dia em cima da mesa, meu último roteiro desse filme. Eu não queria acreditar que estava acabando...

Peguei os papéis, me sentando para começar a ler, quando a porta simplesmente foi aberta em um baque.

— Você leu?! — Mason perguntou, atordoado enquanto vinha até mim.

— Não, ia ler agora... Por que? — respondi, confusa.

— Acho melhor você ler... — ele continou, se sentando a minha frente.

Cena 28 — Andy Hawke, Mason Thames, Madeleine McGraw, Olivia McGraw e Rebecca Clarke. [...]

Passei os olhos pela folha, lendo o que estava escrito abaixo dos nossos nomes.

— Como assim?! — questionei confusa, arregalando meu olhos e franzindo minha sobrancelha. — Por que não nos disseram isso antes? Achei que íamos interpretar algo como um namorinho de criança! —  protestei.

A cena se baseava neles conseguindo fugir de onde estavam presos. Basicamente iriam se abraçar e depois dar um selinho. Para ajudar, Maddy, Liv e Becca participavam da cena e estariam lá para nos ver passar vergonha. AI MEU DEUS, E MEU PAI? Será que que iria estar lá?!

— Não faço ideia. Fui perguntar sobre e me disseram que é uma cena teste. A cena original é só o abraço, o beijo é um teste que vão gravar para depois ver se se encaixa no filme e decidir se colocam ou não. — ele disse, olhando para baixo enquanto eu passava as mãos pelo rosto.

— E por que estão nos fazendo gravar uma cena teste? Não podem decidir antes? — perguntei.

— Não sei, acho que querem ver nosso jeito de atuar nessa situação para ver se encaixa com o que os personagens fariam no momento... — ele respondeu.

— Ok então, vamos gravar. — eu disse, tentando ignorar o fato de que não gostei nem um pouco da ideia enquanto via ele me encarar, confuso.

— É trabalho, Mason... É só um selinho, os personagens tem 12 anos! Vai ser só atuação, a vergonha vai passar depois de um tempo. Além de que não podemos fazer nada, não vamos contestar o diretor do filme... — continuei, usando toda a maturidade que habitava em mim para passar pela situação sem demonstrar meu nervosismo.

Por mais que eu parecesse tranquila por fora, estava muito nervosa por dentro. Eu não sabia de onde iria criar coragem para gravar isso, além de que não faço ideia de como ele vai ter coragem também.

 Eu não sabia de onde iria criar coragem para gravar isso, além de que não faço ideia de como ele vai ter coragem também

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Mason Thames

Ela estava realmente tranquila com isso? Ia gravar normalmente? Não sei como ela conseguia, mas se tinha uma coisa que eu não estava sentindo era tranquilidade. Eu nunca gravei uma cena de beijo e muito menos sabia como funcionava um beijo técnico!

Além de que tínhamos que ser bons o suficiente para demonstrar um sentimento que não existia e manter a vergonha escondida durante a cena toda.

Assim que voltei ao meu camarim, peguei meu celular, mandando uma mensagem para o Miguel.

Cara
Eu vou beijar a Andy

Oi?!
Sem nem chamar pra sair antes?
Não era você que dizia que não queria nem amizade com ela?

Não desse jeito, ai meu Deus!
É para o filme, vamos gravar uma cena de beijo...

Miguel apenas visualizou a mensagem e já fazia alguns minutos que eu estava esperando uma resposta.

De repente, a porta do meu camarim foi praticamente arrombada por Miguel, que entrou correndo.

— Me explica isso direito que eu não tô entendendo nada! — ele disse apressado, vindo até mim.

— Não tem o que explicar. Tá no roteiro e vamos ter que fazer... — eu respondi, envergonhado com a situação.

— Isso vai ser muito bom de assistir! — ele disse rindo para a minha surpresa. — Melhor ainda do que ver você batendo o braço no rosto da Andy quando gravamos a nossa ligação. — ele continuou, me fazendo rir também, lembrando das gravações de quarta.

— Vai ser "muito bom" por que você vai estar assistindo, não atuando! — retruquei.

— Bom, se eu estivesse atuando, já teria feito amizade com minha parceira de cena desde o começo e então não ficaria constrangido desse jeito. Você começou a falar mais com ela essa semana!Miguel respondeu, levantando suas sobrancelhas.

— Tô ferrado, né? — protestei, jogando minha cabeça para trás e passando as mãos pelo rosto.

— É, cara... Você tá sim. — ele respondeu, dando dois tapinhas no meu ombro.

𝐅𝐈𝐑𝐄𝐖𝐎𝐑𝐊 • 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora