Andy Hawke
𝐂𝐇𝐄𝐆𝐔𝐄𝐈 em casa já encontrando Maya no corredor.
— E aí? Como foi? — ela me perguntou, apoiando sua mão nas minhas costas e me virando na direção do meu quarto (o que achei um pouco estranho, mas acompanhei, já que era pra lá que eu ia mesmo).
— Definitivamente estranho. — eu disse, rindo. — Mas divertido. — coloquei minhas coisas em cima da cama.
— Andy, eu te amo, mas "estranho" e "divertido" na mesma frase não se batem. Resolve aí. — Maya respondeu sorrindo, apoiada no batente da porta.
— Não sei, acho que mais estranho do que divertido. — eu disse, enquanto separava uma roupa no meu armário.
— Mason é tão ruim assim? — ela perguntou, confusa.
— Ele não é ruim, só não é uma pessoa íntima, então é difícil puxar assunto. — respondi.
— Te entendo, mas aos poucos vocês vão se soltando, relaxa. — ela me aconselhou.
— Não sei se eu tô muito ansiosa pra que isso aconteça, acho que nunca vamos conseguir conversar sobre algo sem ser constrangedor. — e era verdade, tudo o que falávamos acabava em um silêncio esquisito e nada mais fazia sentido, ou seja, estar com Mason era tudo, menos algo que dava certo.
Separei minhas coisas, entrando no banheiro.
— Tô indo tomar banho! Até depois! — disse, fechando a porta.
Acredito que tudo isso seja muito confuso e estranho, mas eu estou disposta a fazer tudo pela atuação. Atuar é minha vida e é o que dá razão a ela. Sempre gostei de atuar por conta da minha família, mas depois de conseguir o papel em O Telefone Preto, percebi que era muito mais do que isso e simplesmente me apaixonei por esse mundo. Se ele envolvesse momentos constrangedores, silêncios absolutos e relações estranhas, eu não me importava, pelo menos estou fazendo o que gosto.
Assim que coloquei minha roupa depois do banho, senti que provavelmente passaria frio com ela, então resolvi vestir meu cardigan favorito, inspirado na Taylor Swift.
Geralmente fico com muita sede quando saio do banho, e hoje não foi diferente. Vasculhei minha escrivaninha e minha mesinha de canto, em busca de uma garrafa de água. Sem sucesso, resolvi descer para buscar uma.
Me assustei ao notar a casa praticamente escura. Então andei rapidamente até a cozinha, acendendo a luz e então enxergando melhor.
Peguei um copo de água e enquanto bebia, notei que não havia visto minha família. Olhei na direção da sala e não vi ninguém, resolvi começar a procurar.
Quando sai pela porta da varanda, minha visão foi invadida por um enorme clarão de luz. Enquanto voltava a abrir meus olhos, notei que estavam cantando parabéns pra mim, era uma festa.
Caminhei lentamente até a mesa onde todos estavam. Um lindo bolo branco me esperava, com detalhes dourados e uma vela em formato de 14 em cima. Fui até a parte de trás da mesa, aguardando que o parabéns acabasse, já que nunca sabia o que fazer nesse momento.
Após todos pararem de cantar, fiquei confusa, eu realmente não sabia o que fazer agora. Como se reagia a uma festa surpresa? Eu tinha que fazer cara de chocada? Por que se sim, acho que era tarde demais.
Apenas abri um sorriso e agradeci a todos.
Após alguns pedaços de bolo serem cortados e servidos, as pessoas começaram a se dispersar pelo jardim.
Me dirigi até Olivia, minha melhor amiga, — Olivia era a irmã mais velha de Maddy, que por coincidência, acabou atuando no mesmo filme que ela, no caso O Telefone Preto. Olivia interpretou a personagem Lia Bennett, melhor amiga de Emily e Donna, e é chamada por Gwen para ajudar na procura de Emily e Finn, já que Donna e Lia conheciam melhor sua melhor amiga desaparecida e poderiam ajudar com pistas. Seu cabelo era castanho claro assim como seus olhos e longo, levemente ondulado nas pontas. — em busca de uma conversa que animasse meu dia.
Encostei ao seu lado na parede, lhe entregando um pedaço de bolo.
— O que tá achando da sua festa até agora? Você chegou a desconfiar em algum momento? — ela perguntou, curiosa.
— Boa tarde pra você também, viu! — brinquei e ela apenas fez um gesto com a mão como se dissesse "esqueci, mas tudo bem". — Acho que não cheguei a desconfiar da festa em si, mas confesso que não foi nem um pouco normal o Mason me chamar pra sair hoje. De quem foi a ideia? — perguntei.
Ela apenas fez um gesto com a cabeça, apontando para minha irmã, que conversava com Levon perto da mesa.
— Que beleza! Colocada contra a parede pela minha própria irmã! — brinquei.
— Achei legal a ideia dela, mas também acho que vocês que deveriam decidir se querem ser amigos ou não. Sabe, você sendo amiga ou não dele, pra mim não faz diferença, desde que você esteja feliz. — ela disse.
— Realmente não sei. Até temos gostos em comum, mas não o suficiente para quebrar o silêncio por completo. — respondo, com indiferença.
Mason Thames
— Cara, eu realmente tô surpreso! Você é do tipo fechadão pras coisas e simplesmente passou metade do dia com ela, sem nem muito assunto pra conversar!
— disse Miguel, assim que me sentei ao seu lado.
— Já disse, ela não é chata, a questão maior são os assuntos, que no caso são pouquíssimos e principalmente a intimidade. — respondi.
— Isso você conquista com o tempo, sabe? Se quer ser amigo dela só vai, tira assunto de não sei onde, mas tenta conversar! Vocês não vão surgir sendo super amigos do nada, não é? Alguma coisa vocês tem que fazer. — Miguel continua.
— Na real, acho que ela nem vai muito com a minha cara. — respondi, pensativo.
— Eu acho que nem tem como ela ter uma opinião sobre você, já que se falam pouco. Se quer passar uma boa impressão, tem que se esforçar. — ele tinha razão, mas pra que eu iria tentar impressionar alguém pela qual não tenho interesse de amizade e ela também não tem em mim?
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𝐅𝐈𝐑𝐄𝐖𝐎𝐑𝐊 • 𝐌𝐚𝐬𝐨𝐧 𝐓𝐡𝐚𝐦𝐞𝐬
Fanfic𝐀𝐍𝐃𝐘 𝐇𝐀𝐖𝐊𝐄 e 𝐌𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐀𝐌𝐄𝐒 atuam juntos em O Telefone Preto, porém não costumam se falar, até que uma festa surpresa para a garota acaba unindo os dois de uma forma inesperada. "𝐌𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐓𝐇𝐀𝐌𝐄𝐒... Era ele. Sempre foi. Eu e...