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"Significado de solidão:
substantivo feminino

1. Estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só; isolamento.

2. Caráter dos locais ermos, solitários."

1995

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1995

Se sentir só nem sempre é uma coisa ruim, as vezes gostamos da nossa própria companhia.

Levo sábias palavras do meu pai para a vida: Ficar sozinho é bom, mas se sentir sozinho é péssimo.

Nunca tive amigos, minha única companhia por anos foi meu irmão, até eu ir para Hogwarts, em 1991.

No meu primeiro ano eu fui simplesmente ignorada por todos, eu era só uma menina qualquer que foi selecionada para a Sonserina.

Mas no meu segundo ano, o famoso Harry Potter resolveu salvar a escola e assim todos ficaram sabendo quem era Tom Riddle, o temido Lord Voldemort.

Os mais espertos, relacionaram o sobrenome de Tom com o meu, e foi assim que eu fiquei conhecida na escola.

Depois disso meu sossego foi embora, 99% dos alunos tem medo de mim e acham que vou matar a escola inteira.

Os outros 1% são os sonserinos sangue puro, que são filhos de seguidores do meu pai, para eles foi uma boa ideia tentar fazer amizade comigo para não terem problemas futuros com Voldemort.

Já meu pai, minha relação com ele não é ruim, eu poderia dizer que tem um pouco de amor e cuidado naquele coração frio dele.

Eu já vi um lado dele que ninguém viu.

Mas não é por isso que eu não sinto medo dele, é difícil não temer o homem que mata pessoas por diversão, mesmo ele sendo seu pai.

— Kath, já está pronta? - Escuto a voz do meu irmão do outro lado da porta.

— Estou terminado, já estou descendo.

Não, eu não estava terminando, na verdade eu não tinha nem saído da minha cama.

— Tudo bem, não se atrase.

Escuto os passos dele se afastando e levanto da minha cama em um pulo.

Pego um vestido preto básico do meu guarda roupa e vou direto para o banho.

O bom de ser bruxa é que você usa a magia para tudo, evitando atrasos.

Não que eu possa usar magia fora da escola, mas graças ao meu pai eu tenho alguns truques que me ajudam fora de Hogwarts.

Termino o meu banho e coloco minha roupa, faço uma maquiagem simples e seco meu cabelo com magia, deixando ele liso.

Coloco meu All Star preto e jogo uma longa capa preta por cima da minha roupa.

Olho para o relógio e vejo que me arrumei em 10 minutos, ótimo.

Saio do meu quarto e desço as escadas, indo ao encontro do meu pai e meu irmão.

— Katherine, que bom que está pronta minha filha, lembrem-se, mantenham a calma, não quero ouvir gritarias e choro, sejam fortes e se comportem, um Riddle nunca pode demonstrar fraqueza.

O desespero bate no meu peito quando escuto suas palavras, eu vou virar uma deles e não tenho nem escolha.

Sinto as mãos geladas do meu pai em meu ombro e logo sinto a costumeira sensação de apartação.

Sinto meus pés no chão e me recupero da tontura, olho para os lados e logo vejo que estava em uma casa desconhecida.

Entramos e vejo que estava cheia de homens encapuzados e com máscaras pontudas.

A casa era escura e gelada, os móveis todos de madeira velha e as paredes descascadas.

Era uma casa simples e pequena, mas qualquer um que estivesse ali, conseguia sentir um ar ruim, um ar de morte.

Meu pai cumprimenta os homens e logo começa a andar para uma sala mais afastada, o seguimos e entramos, a porta se fecha e vejo que tinha um homem com a mesma mascara e capa que os outros, ao lado de uma cadeira.

— Mattheo, seja cavalheiro com sua irmã e vá primeiro, certo?

Meu irmão concorda e logo tira sua capa, sentando na cadeira e levantando um pouco a manga de sua camisa.

Meu pai aponta a varinha para seu braço, e sem aviso prévio, começa a murmurar um feitiço que não conheço.

Vejo meu irmão se contorcendo na cadeira, segurando o choro e um provável grito que queria sair de sua boca.

Após alguns segundos meu pai para e é possível ver a marca no braço do meu irmão, que estava ofegante.

Era a minha vez.

Theo se levanta se segurando para não cair, era nítido a fraqueza que ele estava sentido, e era possível ver a dor em seus olhos.

Tiro minha capa e me sento na cadeira, estendo meu braço nu com medo e receio.

Uma dor logo atinge meu braço e vai se espalhando por todo meu corpo, era insuportável, a vontade de gritar e chorar era tremenda.

Não aguento e lágrimas caem pelo meu rosto, o que demorou segundo para ser terminado, pareceu uma eternidade.

Quando sinto a dor diminuir, olho para meu braço e vejo a cobra entrando na caveira.

Era real, eu não tinha mais escolha, agora eu era oficialmente uma deles.

Com dificuldade me levanto, a dor ainda era presente, não tão forte quanto antes, mas ainda sim doía.

Sinto os braços de Mattheo segurando meu ombro, me agarro em sua cintura e seguimos para fora com meu pai.

Estava muito dispersa em meus pensamentos para ver o que estava acontecendo, só saí de meus devaneios quando sinto a sensação de enjôo e tonturas, e logo estávamos em casa novamente.

Nessa noite, a única coisa que eu consegui fazer foi ir até o quarto do meu irmão e chorar até dormir.

Chorar no abraço de uma das únicas pessoas que não faz eu me sentir sozinha.

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• Como vocês estão hein??

• Espero que tenham gostado do capítulo, não esqueçam de deixar seu voto, bjinhos.

The Slytherin Princess | Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora