Capítulo I

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Lembrando para quem está aqui e não leu os avisos e tags: volte lá para ter uma ideia do que esperar, ok?

⚠️ Cena sexual entre o Louis e uma mulher ⚠️

Boa leitura, amo vocês ❤️

Enquanto terminava de lacrar a última caixa que continha seus pertences, Harry acabou perdendo a batalha mental que havia travado com o intuito de não pensar sobre o quão não preparado ele estava para se mudar de cidade

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Enquanto terminava de lacrar a última caixa que continha seus pertences, Harry acabou perdendo a batalha mental que havia travado com o intuito de não pensar sobre o quão não preparado ele estava para se mudar de cidade.

Na verdade, ele tinha total consciência de que, se dependesse dele mesmo, nunca saíria dali, nunca saíria da inércia que o luto o tinha afundado, nunca reagiria com real vontade.

Ele sorria quando era preciso, conversava educadamente quando falavam com ele, mas, por dentro, Harry se sentia morto, sem vida igual o seu pai e, mesmo que soubesse que precisava lutar para seguir sua vida — algo que com certeza seu pai desejaria — ele simplesmente não sabia como fazer isso, e se soubesse, não tinha certeza se gostaria de fazer.

Esse sentimento de apatia com a vida foi o responsável por ele não só desistir da escola como também se afastar de todos os amigos que tinha. Era como se — pouco a pouco — fosse cortando seus laços para que, no fim, ninguém sentisse sua falta.

Ele não queria ter que lidar com outras pessoas, não tinha energia para isso e, a única pergunta que sempre se passava por sua cabeça, era porque Deus tinha levado sua mãe logo quando ele nasceu e, anos depois, seu pai.

O que de tão ruim ele poderia ter feito para merecer algo assim? Quantas outras pessoas que amava ele ainda perderia até não ter realmente forças para nada?

O medo da resposta para essas questões ajudava a crescer a angústia no coração do garoto, apesar de recém completos vinte anos, Harry sentia como se já tivesse vivido demais, vivido dores fortes demais que nunca, nem mesmo se quisesse, estaria pronto para encarar.

Sua sorte foi que não precisou passar pela perda abrupta de seu pai totalmente sozinho, sua madrasta, Madeleine, nunca deixou de dar todo o suporte emocional que podia para o enteado. Mesmo que também estivesse atravessando sua própria dor por ter perdido não só o marido, mas o melhor amigo que a vida havia lhe dado, seu suporte ao garoto era incontestável.

E foi ela, dentro do bom senso e maturidade que Harry estava longe de ter, que percebeu a necessidade de uma mudança brusca para que ele não se afundasse de uma vez por todas naquele luto profundo, tomando a decisão de se mudarem para Londres e deixar, se possível, as lembranças dolorosas para trás.

— Harry? Você terminou aí? Precisa de ajuda? — Ma, como era carinhosamente chamada por Harry, perguntou após dar duas batidinhas na porta, a entreabrindo e o vendo dedicado em fechar uma caixa.

You Gotta Love Me Harder [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora