Alice e sua irmã Belly e o resto da sua família sempre viveu com a família da melhor amiga de sua mãe. Juntaram as duas famílias e ficou unida até os dias de hoje. Alice sempre teve um crush em Conrad, que era o mais velho de todos eles ali presente...
Eu entrei dentro de casa e estava tudo escuro, um silêncio. Todos estavam dormindo, apesar, já era de madrugada
Eu caminhei até o meu quarto, entrei nele fechando a porta, eu me encostei nela e respirei bem fundo. Eu fui até o meu guarda roupa tirando um pijama e fui na direção do banheiro
Tomei um belo de uma banho demorado, coloquei o meu pijama e sai dali. Eu encarei a minha cama e tinha uma caixa lá, caminhei até o objeto e abri, a minha curiosidade foi maior
Quando abri, meus olhos se arregalaram quando vi uma coleção inteira de um livro que eu sempre quis, eu abri um sorriso e vi um bilhetinho, meu pai tinha me dado. Eu sorri e guardei meus livros na prateleira, onde tinha outros livros
Eu olhei pro lado e vi o meu esconderijo de droga, era quase perto da prateleira, era dentro do guarda-roupa mas no chão. Eu abri e peguei um pó. Eu olhei por alguns segundos, eu estava pronta pra cheirar
— Conrad: Ali... está acordada ?- escuto a sua voz atrás da porta, em uma rapidez eu devolvo a droga pro lugar. Ele abre a porta e vê me parada ali - o que está fazendo ?
— Alice: nada - digo e vou direto pra cama e me sento nela, eu o encarei que o mesmo estava me olhando fixamente - então... deseja alguma coisa ?
— Conrad: será que dá pra parar de ser forte ? Pode se abrir cmg- ele diz se aproximando e eu continuo o encarando- Ali, pode desabafar.. eu..
— Alice: mas não tenho nada pra desabafar!- eu digo me levantando ficando enfrente da minha janela
— Conrad: Alice para, Vc está tentando fingir ser forte, mas sei que isso está doendo - ele diz e eu fecho os olhos - eu sei que vc está passando por um fase super difícil, mas eu estou aqui
— Alice: eu to bem Conrad, não precisa se preocupar
— Conrad: mas eu me preocupo com Vc. E não vem dizer que está tudo bem, vc está querendo mostrar para as pessoas que aquilo que vc descobriu não te abalou
— Alice: e se abalou hein?- eu pergunto me virando para encara-ló - minha própria mãe me traiu, ou pior, traiu o meu pai! Por isso não confio em ninguém
— Conrad: não confia em mim?- ele pergunta e eu olho pro chão - Alice!
— Alice: pessoas te machucam Connie, eu não consigo confiar, pq as únicas pessoas que eu confiei.. traiu a minha confiança e me machucaram muito
— Conrad: mas a história não é a mesma Alice - ele diz se aproximando e eu encaro seus olhos - as vezes é bom deixar sair
— Alice: mas não tem nada pra sair - digo firme e vejo ele respirar fundo
— Conrad: ok, não vou te pressionar, mas lembre-se, estarei com vc. Se precisar desabafar ou chorar... meu quarto é do lado - ele diz e vem até me dando um selinho e da as costas
Eu fico encarando a porta por onde Connie saiu. Eu olho pra direção da droga e eu fecho os olhos, mas não me aguento. Vou até ela e acabo cheirando o pó
Eu vou até a porta do quarto e tranco ela, vou ate o meu esconderijo e pego uma maconha e começo a usar, enquanto eu tragava, as memórias da palavra de Henrique sobre a minha mãe recuava na minha cabeça
Frases rodeava pela minha cabeça, comecei a ter um leve tontura
"Ninguém te ama de verdade menina"
"Todos te odeiam"
"Nem a sua própria mãe te ama, e vc acha que os outros te ama? hahahahaha"
"Seu pai te abandonou, seu ex namorado te deixou, sua mãe te traiu"
"Sua melhor amiga mentiu pra vc"
"Você é uma inútil, pq não se mata ?"
Eu comecei a chorar baixinho e tragando minha maconha enquanto aquelas vozes falava pela minha cabeça. Eu não aguentava mais... não aguento mais
Eu cai no chão de tanta tontura, eu fechei os olhos indo pro meu mundo... onde eu era feliz do meu jeitinho
Eu odiava aquilo, odiava ter que fingir ser uma pessoa que eu não era, odiava fingir que estava tudo bem, mas na real não estava! Eu mentia para as pessoas, ou pior, eu mentia pra mim mesma
Eu abri os olhos e ainda estava tudo rodando, eu fui andando quase caindo até o guarda roupa e peguei outra droga, nem eu sabia qual era aquela, só sei que era um pó
Eu coloquei em cima da mesinha, e cheirei tudo e comecei a suar frio, eu caí novamente no chão e fechei os olhos fazendo a escuridão vir com tudo e não vi mais nada a partir dali
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