𝓣𝓻𝓮𝓲𝓷𝓪𝓭𝓸𝓻𝓪 𝓜𝓲𝓵𝓪𝓰𝓻𝓸𝓼𝓪 ࿐ 𝕶𝖚𝖗𝖔𝖐𝖔 𝖓𝖔 𝖇𝖆𝖘𝖐𝖊𝖙

𝐓𝐞𝐧 ‧₊˚

" A lei da mente é implacável, o que você pensa, você cria, o que você sente, você atraí, o que você acredita, torna-se realidade "

— Buddha

   Naquela ensolarada manhã de primavera, os raios solares colidem contra a vidraça do encanador ateliê de artes, era aquele ambiente harmonioso que dava a devida inspiração à Makino.

   Expressava o que sentia através da arte, os lindos quadros e maravilhosos desenhos eram a prova concreta do seu talento, talento que fora descoberto no último ano do fundamental, quando tudo à sua volta desabou.

   A dinastia dos jogadores da Teiko teve o seu fim naquele tempo, eventualmente todos eles mudaram até o último fio, seguindo caminhos diferentes.

   Jogariam em determinados times para definir qual seria aquele a ficar no topo, e dependendo do resultado, o milagre do time vencedor seria o mais forte.

   Não estava em seus planos que as coisas saíssem do controle dessa maneira, depois das cem vitórias consecutivas o time mudou, mas não para melhor… E sim para pior.

   A arrogância tomou conta de todos da geração, gerando conflitos entre os mesmos, Makino não ficou de fora disso, junto a Tetsuya e Satsuki, eles foram os que mais sofreram com essa constante mudança.

   O avental marrom tinha respingos da tinta de cor azulada por toda a sua vestimenta, a face serena da adolescência denunciava a tamanha concentração.

   Suas pernas doíam pelo tempo que passou de pé, o enorme quadro a sua frente tomava toda a sua atenção, uma mistura de quase todos os tons de azul era o que mais fascinava na obra.

( Imagem representativa )

   Passou horas trabalhando naquele quadro, acordou mais cedo que o normal, o acontecimento de ontem a deixou encucada ao ponto de lhe tirar o sono.

   Vou acabar com todos eles e ser o melhor jogador do Japão. Essa simples frase não saiu da sua cabeça, a tamanha confiança na qual foi dita pelo ruivo a deixou espantada, se perguntava se ele realmente estava decidido em ir até o fim com isso.

   Serei a sombra da sua luz, e farei você o melhor jogador do Japão. Aquela conversa foi de mal a pior, a demonstração disso foi o seu desmaio repentino.

   Lentamente, o pincel fino deixou de fazer contato com o enorme quadro, o olhar analítico passou por todo o espaço coberto por tinta, à procura de um erro ou falta de algo.

  Esboçou um sorriso genuíno ao ver que realmente havia conseguido finalizar a obra, a sensação de satisfação consumiu o seu ser, finalmente pode respirar fundo,

   Aquela adorável íris azul semelhante aos céus lhe era familiar, conhecida pelos membros da família dos Aikyo, a habilidade hereditária da linhagem, God Eye, os olhos de Deus, o que tudo vê.

   Vinda de uma linhagem extensa tanto de jogadores quanto de treinadores, todos eles no rumo do basquete, Makino não saiu ilesa do legado da família, a admiração pelo esporte foi algo inevitável quando seu pai era técnico da seleção japonesa masculina de basquete.

   Sua mãe biológica de alguma forma teve ligação com isso, ela trabalhou como fisioterapeuta do time por determinado momento, até se envolver com o treinador da equipe.

   Uma história clichê que no final não acabou bem, ambos saíram machucados e seguiram caminhos opostos, o fruto desse amor genuíno era Makino.

   Tinha tudo para dar certo, só faltou dar certo.

   O alarme do seu celular tocou, a irritando pelo som repetitivo e alto, fechando rapidamente o semblante, havia de ir para a escola, e infelizmente faltar não era uma opção.

   Não tinha nem um pingo de vontade de ir para o colégio, mas a sua ausência poderia lhe causar sérios danos, claro que não iria testar a paciência do seu pai, dependendo do momento, Katsuo conseguia ser bastante amedrontador.

   Por via das dúvidas seu ateliê seria fechado até segunda ordem, sua mesada cortada e teria de ser trancafiada no quarto, não que esse último não lhe agradasse.

    O caminho até o colégio – Ler-se inferno – foi tranquilo, Kuroko notou o olhar perdido da garota, porém preferiu se manter calado, o forte cheiro de tinta vinda da amiga já dizia tudo.

   Aquele dia foi minimamente bom, até porque era sexta, e depois da sexta vinha o sábado e o domingo, os famosos dias de folga para os estudantes, não era atoa que a Aikyo gostava tanto.

E eu que falei que já ia posta capítulo e sumi por uns seis pra sete dias, mas agora tô aqui, o importante é isso.

Se algo estiver errado pfv me avisem, tô precisando dormir cedo então...

Feliz ano novo atrasado pra vcs, e desculpe o sumiço 😅

Sayonara