Capítulo 9

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- Não consegue pedir? - Luca diz com os olhos nos meus.

- Odeio homens como você. - Ele sorri estreitando os olhos, meus pés mal tocam o chão, ele mantém o braço envolvendo minha cintura.

- Acho que você não está acostumada a homens como eu Barbie. - Reviro os olhos e sinto o aperto dos seus dedos.

- Eu nunca vou beijar você. - Disse encarando seus olhos e senti meus pés tocando o chão.

- Você que decide, mas saiba que você mente muito mal. - Encaro seus lábios e ele pisca.

Seu tom de voz faz um arrepio percorrer meu corpo, a intensidade do olhar de Luca me deixa maluca. Às vezes fico me perguntando se ele sabe quem eu sou, todos se aproximaram por interesse, por isso meu pai escolheu Adrien, afinal ele é rico e poderoso também.

Luca me deixa sozinha perdida em meus pensamentos, balanço a cabeça espantando e sigo limpando a bagunça, estou abaixada juntando o resto da almofada quando solto um grito ao sentir algo passando na minha perna.

- Cuidado com o D'Artagnan. - Luca diz sorrindo.

- Idiota! - Jogo o que restou da capa de almofada em cima dele.

- Eu sei que você me ama Barbie. - Grita da porta.

- Amo nada! - Devolvo com um sorriso.

Depois que terminei de limpar a sala nonno Emilio entrou e foi direto para o banho, como a casa só tinha um banheiro fiquei na sala encarando o teto esperando. Virei meu rosto e encontrei Luca me olhando, estava tão distraída que nem percebi ele se aproximando.

- Pensando em que Barbie? - Bufo.

- Eu tenho nome.

- Eu sei, mas prefiro te chamar assim. - Sorrio balançando a cabeça. - Não me respondeu.

- Em nada, por incrível que pareça. - Voltei a encarar o teto. - Achei que fosse ficar mais dias fora.

- Eu também, mas graças a Deus foi tudo rápido.

- Próximo. - Nonno grita quando estou prestes a perguntar o que ele foi resolver.

- Eu vou, porque você quando entra no banheiro leva um ano para sair. - Luca levanta, pego uma almofada e arremesso na sua direção.

- Não demoro nada! - Ouço sua risada do quarto.

- Aposto que quando você sair ja estaremos na mesa comendo.

- Vai perder a aposta. - Cruzo meus braços.

- Duvido. - Pisca e entra no banheiro fechando a porta.

Sorri.

Por mais chato que ele seja, Luca está conseguindo sorrisos sinceros, coisa que só Meg conseguia. Nonno sentou ao meu lado, sorri porque ele segurava um pequeno pente preto, uma toalha e uma tesoura.

- Quero que você apare minha barba. - Diz com um sorriso.

- Nonno nunca fiz isso.

- Muito fácil, e eu confio em você. - Minhas mãos tremem enquanto pego as coisas.

Ele se ajeita no sofá enquanto coloca a toalha sobre o corpo. Nonno Emilio fecha os olhos enquanto eu fico penteando sua barba branca por um bom tempo. A porta do banheiro abre, viro e Luca sai enrolado na toalha, mordi o lábio enquanto meus olhos percorrem seu corpo.

Seus cabelos estão molhados, assim como seu peito e abdômen, ele se aproxima sorrindo enquanto olha para o avô.

- Não têm medo de ela cortar seu rosto nonno?

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