Boa leitura amores míos
Pete on
— Macau? O que houve? – Fiquei extremamente preocupado quando vi o rapaz descer de sua moto apressadamente e jogar o capacete na grama do jardim. Ele vinha em minha direção abalado e à procura de conforto.Como meu cunhado não respondeu minha pergunta e se jogou de imediato em meus braços, chorando, entendi que ele não precisava de um interrogatório, ele precisava de compreensão, carinho e um amigo para desabafar. Claramente seria mais fácil ajudá-lo se soubesse do problema, mas, por agora, percebi ser suficiente apenas o abraçar e esperar que sua tempestade interna passasse; assim como era com seu irmão, Vegas.
Estávamos sentados no sofá da sala; enquanto esperava que o choro cessasse eu afagava seus lindos e macios cabelos. Passaram alguns minutos e eu senti que Macau se arrumou confortavelmente em meu colo, ele havia dormido de tanto chorar. Ficamos assim por um longo tempo, até que eu também acabei tirando um leve cochilo.
Abri os olhos e senti meu estômago revirar, minha boca amarga e o enjôo que ando sentindo me atingiu com tudo. Pulei do sofá e fui correndo para o banheiro mais próximo; Macau foi atrás de mim extremamente preocupado.
Enquanto eu vomitava tudo que comi nas últimas horas, o rapaz segurava meu cabelo entre seus dedos; ele tinha a manha de puxar os fios exatamente como meu marido, o que fazia com que eu pensasse comigo: "Kim e Porchay são bem sortudos."
O pensamento se esvaiu quando senti meu estômago se revirando novamente. Essa maldita intoxicação alimentar está me matando.
— Está tudo bem, cunhado? – Macau me ajudou a sair do banheiro me carregando nos braços, esse negócio de comer e botar tudo pra fora, tá me deixando muito fraco e sensível.
— Está sim; pelo que eu pesquisei no Google, é apenas uma intoxicação alimentar.
— Já passou pela sua cabeça que você pode estar grávido? – O rapaz sugeriu tão naturalmente que parecia que ele sabia de algo.
— Claro que não! Digo… talvez não. – Parei um pouco para pensar, e só de imaginar me deu vontade de chorar.
— O que acha de fazermos um teste de farmácia? É rápido e bem prático. Se você quiser eu mesmo posso ir buscar. Não é tão longe e estou de moto.
— Eu não acho que seja necessário meu querido Macau, creio que não estou… – Fui interrompido.
— Ótimo, só saberemos se testar.
O rapaz saiu de casa sem me escutar e foi correndo para o encontro de sua moto; a família Theerapanyakul tem a tendência de ser teimosa, todos eles são, sem exceção.
Quebra de tempo — Vegas on
Cheguei em casa e os guardas me disseram que Macau havia saído há apenas alguns minutos. Esse garoto não tem jeito, sai, não me fala para onde, volta bêbado e dias depois; espero o dia que teremos uma conversa sobre isso, mas, por enquanto, não vou discutir com ele; fiquei sabendo que Kim voltou e que eles já se encontraram, vou lhe dar um tempinho.
— Você voltou bem rápido mesmo. – Pete me recebeu com essa frase e se virou sorrindo, mas creio não ter sido para mim, já que ele parecia surpreso em me ver mais cedo em casa. — A-a-amor, você chegou cedo.
— Sim, tudo bem?
— Como?
— Você parece estressado e está pálido.
— Comi algo que me fez mal, só isso, não se preocupe. – Meu marido sorriu tranquilizador e, por um instante, eu acreditei em si; até ouvi o som da moto de Macau se aproximando.
Quando me virei para vê-lo, percebi que em uma de suas mãos estava um remédio e na outra um teste de gravidez.
— Pete, eu comprei o test… Maninho!?
Ele se assustou e jogou os dois itens dentro da sacola e a colocou para trás.
— O que está escondendo aí, rapazinho?
— N-nada. É só que… – Parecia que ele havia desistido de continuar a fala no meio do caminho e suspirou derrotado. — Acho que estou grávido e vim pedir ajuda do Pete. Aproveitei pra comprar um remédio para sua "intoxicação alimentar".
Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir, meu olho começou a tremer desesperadamente e se ninguém fizesse algo eu infartaria de tanto estresse.
— Como é que é? – Estava atônito. — Você sabe a merda de vida que levamos e quer ter uma criança nessa altura do campeonato? No meio de uma guerra?
— Além disso… – Continuei. — Qual o nome do desgraçado que fez isso com você, ein? Eu vou matá-lo para aprender a não mexer com o irmão de Vegas Theerapanyakul. Ai desse canalha se ele não quiser assumir meu sobrinho ou sobrinha. – Me estressei ainda mais quando vi seu sorriso debochado e desacreditado.
Só dei fé que havia sacado a arma quando Pete se colocou em minha frente, entre mim, Macau e a porta.
— Calma querido, nem sabemos se… Macau está realmente grávido.
— Mas… – Tentei argumentar, mas não deu tempo.
— Mas nada; abaixe essa arma, ok? Teremos uma conversa civilizada, só que mais tarde. Agora, está na hora do almoço, faremos uma refeição em paz, pelo menos uma vez; por favor.
Nem eu, nem Macau, tivemos coragem de contender com Pete, ele com fome é uma verdadeira fera e não importa a situação, ele manda aqui e em mim também.
Autora on
Pete e Macau ficaram para trás enquanto Vegas se lavava para o almoço.— Obrigado por não contar a ele. – O rapaz mais velho agradeceu com o semblante abatido e o outro balançou a cabeça negando.
— Tudo bem… eu vou te ajudar! – Ele sorriu e abraçou o cunhado pelos ombros. — E não é como se você não tivesse entrado em desespero atrás do Vegas quando ele viu o teste.
— Mas você não tinha a obrigação de me ajudar…
— Tá de boa; só tenta não me meter em problemas muito difíceis de sair, por favor, é sua especialidade. – Ele zombou do rapaz.
— Eu vou tentar, mas não prometo nada. – Pete disse sério e depois os dois caíram na risada.
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Kimchaycau
FanfictionKIM × PORCHAY × MACAU um ano se passou desde que Kim foi embora da Tailândia afim de esquecer sua vida antiga, e estava tudo bem, até que o mesmo recebe uma mensagem preocupante sobre seu amado Porchay; ele só não sabia que Macau, seu primeiro amor...